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Literatura e memória: Em podcast, Saulo Barreto faz um mergulho na arte de escrever e na pesquisa histórica

Durante entrevista em podcat do canal Hipertexto, o poeta e filósofo Rogério Rocha promoveu um bate-papo enriquecedor com o escritor e pesqu...

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Escritora Juliana Monteiro lança romance “Nada lá fora e aqui dentro”, sobre pandemia e luto

A escritora e jornalista Juliana Monteiro lançou no último dia 11 o seu primeiro romance. A obra intitulada “Nada lá fora e aqui dentro”, foi publicado pela Editora Patuá, com cerca de 248 páginas, e nela a autora mergulha nas profundezas da alma humana, explorando a solidão, as memórias e as transformações pessoais de uma mulher em meio ao caos do mundo exterior durante a pandemia.

Ambientada no início da pandemia de Covid-19, em 2020, a obra conta a história de Loretta e traz temas como perda, memória, identidade, relações familiares e luto, explorando a travessia da personagem ao lidar com a morte repentina da mãe, Olivia, uma escritora premiada. O livro traz ao leitor uma perspectiva íntima do período e das dinâmicas de um país, a Itália, em quarentena.

Entre as paredes do apartamento da mãe em Nápoles, Loretta se vê confrontada não apenas pela morte da matriarca, mas pelo isolamento forçado, enquanto resgata memórias da infância e expõe as lacunas afetivas que marcaram sua relação com Olivia. Ao mesmo tempo, a personagem encara um percurso interior, questionando o sentido da própria vida, do casamento, das escolhas e do seu papel no mundo enquanto filha e também mãe.

Nessa estreia, Juliana Monteiro cria um retrato íntimo, que expõe a profundidade psíquica de uma mulher comum em crise, sobretudo nas descrições da dor e da solidão - inerentes à condição humana. “Nada lá fora e aqui dentro” propõe uma reflexão sobre o tempo, a fragilidade dos laços humanos e a construção da identidade feminina frente à perda e à mudança.

Com uma linguagem que alterna entre o delicado e o brutal, Juliana Monteiro conduz os leitores por um fluxo narrativo que vai da dureza do luto ao reencontro consigo mesma. A obra é rica em referências literárias, desde Clarice Lispector até Hilda Hilst, que pontuam o romance com epígrafes e inspiram os questionamentos existenciais da protagonista.

“Para onde vão os trens, meu pai?” — este verso de Hilda Hilst, que abre o romance, ecoa no desfecho da história de Loretta, em que o movimento externo contrasta com a imobilidade emocional e a introspecção. O cenário da pandemia amplifica esse paradoxo, criando uma atmosfera claustrofóbica onde o exterior e o interior se tornam reflexos um do outro.

Com a sensibilidade para explorar temas universais a partir de uma experiência profundamente pessoal, Juliana Monteiro apresenta uma obra que dialoga com o nosso tempo e convida o leitor a refletir sobre o papel das relações familiares, da memória e do próprio corpo em momentos de ruptura.

Juliana Monteiro é jornalista e escritora. Por quase 10 anos, foi livreira e curadora de um espaço cultural que manteve em Brasília (DF), sua cidade natal. Em 2014, mudou-se para Roma, onde vive com os dois filhos. É coautora do livro Ao Brasil, com amor, escrito em parceria com o jornalista Jamil Chade e publicado em 2022. O seu livro “Nada lá fora e aqui dentro” está disponível para venda por cerca de R$ 70,00 pelo site da editora Patuá (www.editorapatua.com.br/nada-la-fora-e-aqui-dentro-romance-de-juliana-monteiro/).

Novo livro da autora Alexandra Vieira de Almeida traz reflexões sobre isolamento e esperança

Um livro que mostra o desejo do poeta em busca da comunicação com o mundo para compartilhar seus simbolismos, dúvidas e mensagens de esperança. Essa é a proposta de “O pássaro solitário”, obra de Alexandra Vieira de Almeida, publicada pela Editora Penalux. Em um dos textos, a poeta apresenta um vislumbre de como seria o planeta após a pandemia, numa mensagem de esperança e beleza, transfiguradas pelo seu dom poético.

O sétimo livro da autora traz 33 poemas, que transitam do místico ao erótico, ao quadro de interrogações existenciais com o embate entre ser e mundo. Segundo a autora, a obra é elaborada a partir de um imaginário cheio de questões sobre a própria existência, trazendo uma potência vibrante sobre o ser e a vida, enaltecendo o trabalho com a palavra em sua literariedade, não buscando a facilidade de uma linguagem que leve à obviedade e ao simplismo.

O prefácio é assinado pelo poeta, contista, crítico, jornalista, compositor e letrista Tanussi Cardoso, que faz um itinerário da figura desse pássaro solitário ao longo da mística, já que era uma expressão recorrente, tanto no poeta indiano Kabir, que escreveu um poema com o mesmo título da obra de Alexandra, como no religioso espanhol San Juan de la Cruz. Para Tanussi, a escritora “busca constantemente o outro ou alguém para compartilhar a vida e fugir do isolamento, embora exista sempre um elo perdido, na possibilidade do encontro consigo mesmo”.

O posfácio é escrito por Claudia Manzolillo, escritora e mestra em Literatura Brasileira, pela UFRJ, e revisora do livro. Ela ressalta a habilidade de Alexandra em abordar o processo simbólico nas páginas de sua nova obra. Para Manzolillo, “a linguagem, matéria-prima, inesgotável fonte de trabalho da autora, se alinha ao universo imagético que percorre o livro, a partir de seu título”.


Alexandra Vieira de Almeida é professora, poeta, contista, cronista, resenhista e ensaísta, além de ser Doutora em Literatura Comparada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). É professora na Secretaria de Estado de Educação (RJ) e professora mediadora no Consórcio CEDERJ / UFF / UAB (Letras). Publicou sete livros de poesia, sendo o primeiro 40 poemas e o mais recente O pássaro solitário. Também tem um livro ensaístico, Literatura, mito e identidade nacional (2008), e um infantil, para crianças de 6 a 10 anos, Xandrinha em: o jardim aberto (Penalux, 2017). Segue o link para comprar “O pássaro solitário” em pré-venda: https://www.editorapenalux.com.br/loja/o-passaro-solitario.

“Roda-Gigante” e o símbolo da serpente que morde a própria cauda


No atual contexto de pandemia e crise econômica, a população brasileira (bem como o mundo) se vê presa numa verdadeira caixa de pandora, enfrentando seus demônios e mordendo a própria cauda. E é no meio desse conflito-armado de emoções, que surge o livro “Roda-Gigante”, coletânea de poemas de Rique Ferrári, escritor gaúcho. A obra, publicada neste mês pela Editora Penalux, se propõe a representar a grande metáfora da vida e do conhecimento, por meio da qual a realidade humana é expressa em sua mais crua face.

Ousada e inovadora, a poesia de Ferrári leva o leitor a uma jornada pelos ciclos inconstantes da vida, fazendo-o refletir, principalmente, sobre o atual momento. O universo é cíclico. “Assim também somos nós”, declara o poeta. “O livro traz muito disso: os ciclos que vivenciamos, as tantas linhas de partida e de chegada”, continua Ferrári, “onde um encerramento traz sempre algum início”.

Para o autor, os poemas dessa coletânea buscam trazer “uma normalização das pequenas mortes de nossas vidas”. E acrescenta: “Assim como a desmistificação de que há apenas um ciclo: em que se nasce, cresce, reproduz e morre; como nos ensinaram quando crianças”.

O livro prega também “o incrível e estrondoso superpoder de se iniciar um ciclo a qualquer momento”. Sempre iniciamos um novo ciclo quando começamos um novo aprendizado. “A vida é uma natureza plural”, sentencia. “Uma força em constante mutação”.

Sobre a escrita de Ferrári, Waldemar José Solha diz no prefácio: “Todo criador busca uma nova forma de criar, ou não se sentiria bem ao ser saudado com esse nome”. E para falar de criação, Solha recorre à simbologia do oroboro, um conceito simbolizado por uma serpente que abocanha a própria cauda. “Evolução voltada para si mesma”, continua ele. “Tendo isso em mente, criar fica muito mais difícil. Mas Rique Ferrári cria.”

Ronaldo Cagiano, que assina o posfácio do livro, comenta: “Rique Ferrári utiliza seus artefatos para alcançar aquilo que de mais dinâmico e comunicador pode e deve deflagar numa obra literária, imbuída em seu compromisso estético e em sua dimensão ética. ‘Roda-Gigante’ reafirma um autor em pleno domínio de sua arte”.

O poeta também declara que seu livro “não tenta e nem quer impressionar. Quer apenas ser o que é, trazendo seu próprio leque de percepções, despreocupado de que seja bom ou ruim”. Ferrári acredita que ser real na arte é maior que ser bom, levando em conta apenas argumentos e visões literárias. “Penso que na literatura, como em qualquer âmbito, é especial encontrar algo genuíno. E de fato me esforcei para isso. Às vezes é necessário um esforço muito maior para ser quem se é; e isto vale para o poeta e para o poema”, finaliza.

No atual cenário da poesia brasileira, a escrita cíclica de Rique Ferrári em Roda-gigante é um sopro de ar puro. A obra possui 90 páginas e está por cerca de R$ 40,00 pelo site da editora (https://www.editorapenalux.com.br/loja/roda-gigante).


Rique Ferrári, 36 anos, nasceu em Bento Gonçalves – RS. Reside em Porto Alegre e peregrina pelos hemisférios a fim de aprofundar os estudos socioculturais das civilizações. Neste Roda-gigante traz alguma inspiração da europa ocidental, e já planeja o próximo passo, a explorar o continente africano. Ferrári também é produtor de vinho e colecionador de antiguidades, muitas delas encontradas nas andanças pelo mundo.

Poeta maranhense Mateus Borges lança dois novos livros em meio às dificuldades causadas pela pandemia


Mesmo em meio às dificuldades causadas pela pandemia da Covid-19, o poeta maranhense Mateus Borges, natural da cidade de Cururupu, conseguiu publicar mais dois livros, assim como o primeiro, de forma independente. As obras reúnem poesias escritas ao longo de anos, sendo a primeira, com o título “Rabiscos”, com textos escritos na época em que ainda era adolescente. Já a segunda, cujo título é “Versos Adormecidos”, vem com poemas românticos, em uma linguagem voltada mais para o público jovem. Os livros estão com um evento de lançamento previsto para o dia 26 de outubro de 2020, a partir das 19:30hs, na Spazio-Casa da Pizza (Rua Dr. José Pires, s/n – Centro, próx. ao antigo Restaurante Samambaia), em Cururupu/MA.

“Rabiscos” é uma obra composta por antigos textos poéticos da época em que o autor ainda era adolescente. Revirando algumas coisas antigas, Mateus encontrou textos escritos quando passava pela fase de descobertas, de amores e desamores, de paixões e ilusões. Foi então que indagou a si mesmo: “por que não publicá-los, se foi meu próprio ‘eu-lírico’ quem me levou a escrevê-los?” Achou os poemas interessantes e viu que não poderia deixá-los de fora da sua coletânea, já que foram textos que fizeram parte, de certa forma, da sua trajetória. Estes “rabiscos” foram escritos por inspiração, ou por aquilo que o poeta passava, via, ou em paixões que outras pessoas viviam, e pediam para que ele escrevesse.

Enquanto que o livro “Versos Adormecidos” traz poemas românticos, numa linguagem jovem e de fácil entendimento, tentando aproximar os leitores à poesia, de forma que, ao ler, sejam envolvidos pelo romantismo contido em cada texto. Nos textos o autor acorda sentimentos através de poesias e coloca-os no papel para que possam ser sentidos. Uma forma de expressar, em versos, aquilo que se sente mas não se fala. Escrevendo poemas e deixando que o vento os levem e os façam voar até outros corações adormecidos e assim possam acordá-los e tenham o prazer da poesia e o bem que é quando se expressa o que sente.

Foi na escola que Mateus começou a dar os seus primeiros passos na estrada literária, rumo à carreira de escritor. Sempre incentivado pelos seus colegas e professores, quais foram de fundamental importância para que ele pudesse dar continuidade a essa trajetória. “Em todos os intervalos, o lugar que eu mais gostava de ir era à biblioteca e lá era envolvido por esse mundo da leitura, e me encantava com tudo ali, e sonhava em poder ser também um escritor reconhecido”, revela o poeta. “Na sala de aula eu, ainda bem novo, abria os cadernos dos meus colegas e assinava meu nome imaginando poder autografar meus futuros livros”, continua.

O poeta sempre gostou de ler e com isso criou o hábito da escrita. Começou a dar os seus primeiros passos literários no ano de 2008, aos 11 anos, quando participou do nacional “Olimpíada de Língua Portuguesa”, onde, através da poesia “Cururupu, terra bonita” foi representar o estado do Maranhão na semifinal ocorrida em Fortaleza (CE). Lá foi classificado e seguiu para a a fase final em Brasília (DF), onde conquistou a medalha de prata, trazendo o título de segundo lugar para a sua cidade e estado. “A partir daí fui incentivado a publicar meus poemas. Foi então que surgiu a ideia de criar livros de poesias para divulgar meu trabalho”, cita.


Mateus Borges, jovem protagonista e inspirador, nasceu em 18 de setembro de 1997 na cidade de Cururupu, interior do Maranhão. Publicou seu primeiro livro de poesias “Gemidos da Alma” aos 18 anos, e aos 22 publicou “Rabiscos” e “Versos Adormecidos”. Formado em Letras, além de ser poeta e escritor, atualmente viaja ministrando a palavra de Deus através do ministério que lhe foi concedido, ministra também palestras motivacionais e sobre a importância da literatura na vida das pessoas. Todas as obras do autor foram publicadas de forma independente e podem ser adquiridas pelo seu perfil oficial no Instagram (@mateusg.borges).

“No Vale dos Lírios”, novo romance de lançamento da Letramento escrito em 1968, é publicado pela primeira vez


“No Vale dos Lírios” é o novo lançamento do Grupo Editorial Letramento. Escrito por Maria do Carmo Fidelix em 1968, a obra conta a história de Aurélia, uma jovem governanta que, com suas virtudes, socorre o médico Dr. Lelhís em um momento difícil da sua vida. A obra encontra-se em pré-venda pelo site da editora, com previsão de envios para o mês de novembro deste ano.

O romance traz a tona o amor platônico oculto entre a jovem Aurélia e o médico Dr. Lelhís, por vários anos até que as suas lutas internas vão sendo dissipadas na bucólica região do Vale dos Lírios. Uma história de amor muito bem entrelaçada que adiciona uma lição de empatia entre os protagonistas de raça e posição social distintas.

“Em uma viagem pelas páginas desse formidável romance a autora consegue de forma singular nos envolver em uma trama enigmática e repleta de emoções nos levando a acompanhar a vida dos personagens como se estivéssemos No Vale dos Lírios”, escreve Kátia Sueli Gonçalves.

Maria do Carmo Fidelix começou a trabalhar como empregada doméstica aos 13 anos e já notava a ausência de personagens negras como protagonistas em romances como aqueles que ela lia. Em 1966, aos 27 anos, carregando pedaços de papel e caneta no bolso do avental de trabalho, começou a escrever o livro “No Vale dos Lírios”, concluindo-o em 1968. Hoje aos 80 anos, o publica pela primeira vez. Os exemplares da obra estão em pré-venda por cerca de R$ 64,90 pelo link www.editoraletramento.com.br/.

Autora maranhense, Brenda Rafaela, publica segundo livro após superar momentos difíceis durante depressão

Em um tempo de extrema dificuldade, os livros foram a saída para a autora maranhense Brenda Rafaela livrar-se da depressão. Neles, ela encontrou forças para continuar e resgatar o que havia perdido: a escrita. Com isso conseguiu publicar o seu segundo livro, intitulado “Fé & Poesia” (Chiado Books). Uma obra que retrata vários momentos da sua vida através de escritos que falam profundamente aos conflitos mais diversos da alma. Nele, Brenda usa as palavras certas, por meio da poesia, para expressar dores, anseios e dependência de Deus. O livro é uma união de fé, psicologia, música e poesia. O seu lançamento aconteceu em setembro de 2019 em Imperatriz (MA), durante a campanha Setembro Amarelo.

“Fé & Poesia” é mais que poesia, e sim uma coletânea de sentimentos expressos através das palavras. O livro foi escrito ao longo dos anos, quais a autora passou distante do mundo literário, escrevendo esporadicamente, engavetando os textos e deixando de publicá-los. Ela teve que enfrentar uma depressão, oriunda de um trauma seguido de um luto (morte da mãe). Com a fé abalada, compreendeu, através dos livros, o que estava acontecendo. Leu mais de vinte obras de teor cristão e não-cristão, voltadas para as questões psíquicas, acreditando buscar compreensão em algo superior daquilo que estava vivenciando. “Aprendi muito e também refleti sobre momentos de solidão, tristeza, alegrias e frustrações que talvez eu e você não sabemos expressar somente sentir”, revela.

“A literatura, de forma genérica, é arte: umas das formas de expressão humana, válvula de escape, pois ajuda a transcrever e processar a realidade, tem o poder de amenizar dores, traduzir sentimentos e adoçar dias amargos, acaba por ser uma tentativa de descrever nossa breve e complexa condição humana. Sendo específica, preenche lacunas da nossa existência, o que não sabemos, não compreendemos e às vezes ficou subentendido. A habilidade de falar sobre questões existenciais é que perpetua os poetas como ‘aqueles que sabem escolher bem as palavras’. Não é de se admirar, encontrarmos psicólogos citando em seus livros, versos para uma maior compreensão das nossas relações cotidianas”, da sinopse. O livro conta com cerca de 86 páginas e encontra-se disponível por R$ 33,00 pelo site da Editora (www.chiadoeditora.com/livraria/fe-poesia) e em livrarias brasileiras como Cultura, Travessa e Livraria - ME.

“No aspecto emocional, não sou diferente: nos medos, na incerteza do futuro e na tentativa de compreender a magnitude de Deus. Escrever com amor, além de ser uma forma de compartilhar conhecimento é a maneira com a qual consigo me reorganizar”, revela a autora.

Brenda Rafaela Maria Nascimento Brito é natural de Imperatriz-MA. É graduada em Letras-Inglês pela Universidade Estadual do Maranhão e funcionária pública de dois municípios. Também é autora de dois livros: o primeiro intitulado “Poética: A expressão do Amor” (2007, Ética); e o segundo “Fé & Poesia” (2019, Chiado Books). Brenda também é co-autora de quatro antologias da mesma editora.

Iniciou uma pós-graduação em Psicopedagogia (não concluída) que estudou a importância das terapias para o tratamento de problemas emocionais, sejam as medidas acompanhadas por um profissional ou a que tomamos para o nosso reequilíbrio emocional. Nos artigos científicos encontrou a escrita como terapia, uma forma de ressignificar, assim voltando a escrever. “Analisando meu segundo livro, posso dizer que é uma união de arte, fé, do que aprendi com os livros de psicologia em linguagem poética”, diz ela.

Suas primeiras poesias foram publicadas no jornal “O Progresso”, em 2004, na página dos estudantes, apoiado por Livaldo Fregona, organizador da página e membro da Academia Imperatrizense de Letras. Essas poesias futuramente iriam compor sua primeira obra poética: “A expressão do Amor” (Editora Ética, 2007, Imperatriz-MA). Foi impresso de forma digital e lançado na V Feira do Livro (embrião do que viria ser o SALIMP). O livro não possui sinopse, mas de antemão pode-se dizer que se trata de um livro romântico filosófico.

Autora Rachel Ventura Rabello lida com o tema da transitoriedade em seu segundo livro

Todos já ouviram a palavra “triz”. Geralmente associada à expressão “por um triz”, que, em linhas gerais, significa ficar sob a eminência de algo. Espanta, portanto, que uma palavra de aparentemente tão limitadas acepções possa ser tema de um livro, como é o caso da obra “Triz”, segunda publicação da autora Rachel Ventura Rabello, em lançamento pela Editora Penalux com 76 páginas. O livro se propõe a explorar poeticamente o amplo campo semântico da palavra que lhe dá título.

“Foi por um triz”, dizemos quando querendo expressar que foi “quase”, foi “por pouco”, “faltou um tantinho assim, ó”. Mas “triz” também significa “átimo”. Significa “quase nada”.

Indo mais fundo na acepção, a obra tem como proposta promover a reflexão sobre o medo de viver plenamente (um momento, um sentimento, uma experiência) e também sobre o medo de nos entregarmos a alguém. Afinal, estamos “sempre a um passo da total entrega”, como diria o poeta Paulo César Pinheiro.

Diversos poemas no livro contemplam essa definição da palavra triz. Outros são mais despretensiosos, dando enfoque à definição menos usual da palavra (“pequena diferença, quase nada”), e chamam a atenção para o fato de a vida ser também repleta desses vazios, desses momentos ínfimos, íntimos e, quase sempre, banais.

Mas, como a acepção mais conhecida da palavra é dentro da expressão “por um triz”, há diversos poemas do livro que dialogam com essa acepção.

“Os gregos acreditavam que existia uma linha invisível que separava deuses e mortais”, explica a autora. “E que os artistas eram os únicos mortais capazes de cruzá-la e voltar dela sem enlouquecer. Deste modo, o livro flerta com o perigo, com a famosa frase de Riobaldo, em Grande sertão: veredas: ‘viver é muito perigoso’”, reflete. “Estamos sempre por um triz, por uma linha...”

Para Masé Lemos, poeta e Doutora em Letras, Rachel explora “novas possibilidades da lírica contemporânea”. Ela vai “além da melodia clássica, da tradição romântica ou da impessoalidade moderna”. Em sua nova obra, um “livro delicado, mas perigoso, predomina a poética do instante e do quase nada. A simplicidade vocabular escolhida pela poeta cria um mundo muito próximo e concreto, mas sua dicção lírica singular provoca enervamentos rítmicos pelo uso preciso e sutil da rima e dos cortes e cesuras presentes em seus versos. O livro constrói uma lírica no feminino, mote principal deste livro inteligente”.
A autora enxerga seu trabalho poético como uma exploração subjetiva e metafísica. Explica: “Embora a questão do feminino esteja muito presente, a abordagem que traço é menos política que visceral, explorando questões anímicas a partir do corpo e da escrita”.


Rachel Ventura Rabello nasceu no Rio de Janeiro em 1990. Autora do livro "Em mãos" (In media Res, RJ), é poeta, mestra em Teoria da Literatura e Literatura Comparada (UERJ) e professora. “Triz” é seu segundo livro de poemas, cujos exemplares já se encontram em pré-venda, podendo ser encomendados por meio da livraria on-line da editora por cerca de R$ 38,00 (https://www.editorapenalux.com.br/loja/triz).

Em seu segundo romance escritor Pedro Torres Lobo traça um drama de perdas e reencontros

Que drama maior pode acontecer a uma mãe do que o de perder um de seus filhos? É esse o tema central da nova obra do escritor Pedro Torres Lobo, que está em lançamento pela Editora Penalux com cerca de 288 páginas. Em "Vinte Anos", segundo romance do autor, são contadas vidas que se aglutinam e se desenvolvem - imbricadas - em torno de um evento: a separação entre mãe e filha, no dia do seu nascimento, para ser entregue à adoção.

O fato de perder a filha, em vida, faz com a mãe biológica busque conhecer-se melhor, saindo de casa ao encontro de um destino desconhecido. Graças ao talento do romancista, esse enredo aparentemente singelo se transforma em uma trama psicológica que nos mostra o quanto os laços familiares – mais fortemente, o laço sanguíneo entre a mãe e sua prole – podem ser inquebrantáveis e dotados de grande força misteriosa.

O autor monta sua narrativa intercalando capítulos que, como um quebra-cabeça, são tecidos no presente e no passado da vida de cada um dos personagens, revelando os antecedentes do fatídico dia e suas ramificações e consequências.

“Todos vivemos emaranhados”, diz o escritor. “De alguma forma ainda desconhecida, talvez estamos interligados. Essa ligação não se quebra nem por uma ordem judicial, nem pelo tempo, tampouco pela distância”, assegura.

“A obra é de uma sensibilidade ímpar”, atesta Waldemar Menchik Jr., poeta e escritor que assina a orelha do livro. “Deve ser degustada aos poucos, mas, havendo sido cinzelada pela pena espirituosa do autor, será lida, de um só fôlego, pelos leitores que, emocionados, constatarão que as inescondíveis tintas da emoção é que constroem o caráter incomum de um grande livro, que merece ser lido e reconhecido.”

Para o escritor, os principais efeitos desse seu novo romance são o desencadeamento de emoções e de reflexões, que talvez encontrem ressonância na vida de cada um. “Ainda que cada pessoa que venha a ler a obra não tenha passado por nada do que nela se narra”, pondera. A obra busca causar no leitor um natural exercício de empatia por todos os envolvidos na história. “Uma leitura de impacto emocional”, define, por fim, Pedro Torres.

Pedro Torres Lobo é escritor e Defensor Público. Em 2018, publicou seu primeiro romance, “As Aves que Conduzem o Barco” (Autografia Editora). O livro “Vintes anos” está à venda por R$ 42,00 pelo site da editora (www.editorapenalux.com.br/loja/vinte-anos).

“Com o corpo inteiro”, romance de Lucila Losito Mantovani que permeia entre o feminino e a história do Brasil

“Com o corpo inteiro” é o primeiro romance da autora Lucila Losito Mantovani. Publicado pela Pólen Livros com 168 páginas, ele faz um paralelo entre relacionamentos tóxicos e o divórcio entre cultura e natureza. Para além da relação entre a protagonista e um homem chamado Paco, o romance trata de um mergulho interno desta mulher, que vai aos poucos juntando seus pedaços em busca do que é essencial. Ao permitir-se a indagação, ela se afasta de extremismos simplistas revendo a História do Brasil a partir de uma perspectiva tentante, íntima, curativa e feminina. O livro teve seu primeiro lançamento São Paulo, em dezembro de 2019, e o último na Câmara Municipal de Cultura, em Março deste ano, na cidade de Águas de Lindóia (SP).

“Em Com o corpo inteiro, Lucila empreende a grande obra de escrever a partir do feminino, verter para a estética literária aquilo que está inscrito no vazio criativo do ventre. Em um gênero dominado por grandes cabeças pensantes, é empolgante ler um romance que brota das vísceras, da pele, dos ossos. Este é um livro que fala sobre a própria coisa da qual é feito. A corporalidade aqui não é meramente uma decisão estética, mas a própria matéria prima a partir da qual a autora constrói e desconstrói a protagonista-autora e suas personagens [...] Com um pé na dor e outro na delícia, a escrita de Lucila perfura a linearidade e desenrola sem pressa os próprios nós, com aquela elegância desordenada que é própria das coisas vivas”, escreve Mariana Bandarra, idealizadora do Talvez Seja Isso, podcast sobre o livro “Mulheres que correm com os lobos”.

Foi através da escrita que Lucila começou a investigar seu corpo e achar dores, perguntas, inquietações, memórias fragmentadas. Ao desatar este nó foi percebendo que o feminino dentro de si estava esvaziado. Que acontecia com seu corpo o que aconteceu com a terra e com as comunidades indígenas e afrodescendentes aqui no Brasil. Que o masculino dentro de si era tóxico, autoritário e invasivo como agiram os homens europeus que chegaram aqui. “Para muito além do egocentrismo e incapacidade de amar que percebia nos homens com quem me relacionava, eu mesma me traía e me sabotava diversas vezes”, diz.

“Quando meus pais se divorciaram eu estava entrando na adolescência e foi um grande choque pra mim. Não queria ter que escolher entre as duas coisas mais importantes da minha vida. Então fui crescendo e percebi que a própria cultura havia se divorciado da natureza. Que meu trauma pessoal era também um trauma social. Então toda vez que a vida me oferecia duas opções insatisfatórias eu procurava por uma terceira, ainda que fosse mais demorado ou difícil. Remei muito, caí e me afoguei muitas vezes. Até encontrar uma forma redonda de levantar, relata a autora”.

Para reintegrar essas partes todas que haviam sido separadas e distorcidas, Lucila Mantovani precisou se reaproximar da natureza e de suas próprias origens. Viajar muitas vezes para a Amazônia, se mudar para perto da Mata Atlântica, participar de rituais indígenas e afro, reencontrar uma babá negra que não via há 25 anos, ler muito. “Investiguei a história da minha cidade natal. Me questionei. Pesquisei. Juntei meus pedaços. Meditei. Aprendi a me separar do que não me fazia bem. Revisitei a origem do meu nascimento e estabeleci uma nova relação com meus pais, depois de adulta. Entendi que a minha essência está ligada à capacidade de integrar coisas que pareciam não poder caminhar juntas”, comenta.

Lucila Losito Mantovani nasceu em Águas de Lindóia (SP) em 1978. Hoje mora entre São Paulo e Boiçucanga, onde cofundou a residência Kaaysá. É formada em Economia pela USP, cursou pós-graduação em Ficção no ISE Vera Cruz e frequentou o programa CLIPE para escritores da Casa das Rosas. Foi contemplada pelo prêmio PROAC - Estímulo à Criação Literária PROSA. É formada em diferentes linhas de yoga, meditação e terapia sistêmica fenomenológica integrativa. Participou das coletâneas “Curva de Rio” (Giostre, 2017), “Naquela Terra, Daquela Vez” (Quelônio, 2017) e “Carne de Carnaval” (Patuá, 2018). Em “Kairós: tempo trans-sensorial” (Editora Quelônio), traz poemas que se juntam aos desenhos de Tânia Ralston para explodir significados num tempo espiral, diferente do cronológico, onde fantasias, sonhos, vivências e memórias se confundem, homem e natureza se mesclam, o Eu e o Outro se misturam. “Com o corpo inteiro” (Pólen, 2019), seu primeiro romance, custa cerca de R$ 45,00 pelo site da editora (www.polenlivros.lojavirtualnuvem.com.br/produtos/com-o-corpo-inteiro/).

“A busca por me tornar mais inteira é diária. Começou por perceber que o corpo, a alma, o espírito e o coração são tão importantes quanto a mente. Que dormir bem e sonhar são coisas fundamentais. Que o dia e a noite são em proporções exatas não por acaso. Que precisamos tomar as rédeas da vida nas mãos, mas também saber soltar tudo e dar espaço a mistérios e incertezas. Que aceitar as próprias sombras e imperfeições é o começo de um grande reencontro com a vida e o prazer. Que o silêncio, o caos e o espaço são tão importantes quanto o diálogo, a ordem e o encontro”, diz ela. Todo este processo de mergulho e aprendizado permeou a escrita e o lançamento do seu romance “Com o corpo inteiro”.

Novo romance de Carvalho Neto transita entre a vigilância humana e suas inevitáveis consequências

Nossa necessidade de observar, avaliar e vigiar é matéria de pesquisa em vários campos de estudo. E isso também se reflete na literatura, visto que os escritores são tidos como as antenas do seu tempo: captam várias tendências, capturam comportamentos e visões de mundo que se formam à sua volta. Carvalho Neto, que também é professor de Literatura, está lançando pela Editora Penalux seu novo romance, “Quando nos observam”. A obra, com 208 páginas, aborda exatamente esse aspecto.

No livro, a presença do narrador em segunda pessoa e o nome do personagem central foram escolhidos para esse propósito também. O personagem central é observado por essa voz externa, narradora, e ele será o vigilante insone numa ala psiquiátrica. Seu nome, Gregório, significa “o acordado”, “o alerta”, “o vigilante”. “Há essa voz que fala com o personagem central e o observa quase que constantemente”, explica Carvalho. “Mas ele não a ouve, não pode; é a voz do narrador em segunda pessoa ajudando a construir a história”. Gregório, o personagem em questão, e também narrador, é “aquele que vigia, o alerta, o acordado”. Daí temos o arquétipo para a trama do livro: observar e ser observado”, conclui.

A ideia do título se relaciona com o constante observar humano e suas consequências. “O nosso olhar para o outro e quando o outro também nos observa”, conta o escritor. “Essa troca gera, entre as pessoas, medo, incerteza, insegurança, vaidade, controle, poder, fragilidade, falsas impressões e até mesmo loucura”. O enredo do romance vai por esse caminho. Após treze anos de ausência, Gregório regressa ao seio da família. Encontra-se com o pai — e seu peculiar universo — e se depara com o sumiço repentino do irmão mais velho. Vivendo entre uma estranha alameda e o hospital onde trabalha, Gregório tentará manter o sono e a sanidade mental em equilíbrio; e isso, muitas vezes, não é tão simples assim de se conseguir.

“A obra de Carvalho Neto nos lembra, com uma ironia desconcertante, que não há batalhas reais entre esses mundos, mas somente momentos de continuidade e descontinuidade, não havendo aqui, portanto, vencedores”, escreve o escritor José Manoel Ribeiro, que assina o texto de orelha do livro.

Pedro Anselmo Carvalho Neto é professor de literatura e escritor de contos e romances. Natural de Jequié-BA, é graduado em Letras Vernáculas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e mestre em Literatura e Diversidade Cultural pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). É autor de mais três livros: “Casa pétrea de dois alpendres”, “Plástico bolha” (romances) e “No caminho de volta” (contos). A obra “Quando nos observam” já está à venda por R$ 40 pelo site da editora (www.editorapenalux.com.br/loja/quando-nos-observam).

Recortes da memória de um menino, vítima de violência sexual, é pano de fundo para o primeiro livro de Volnei Tavares

“O primeiro estupro – A morte de minha alma – Fragmentos” é um drama de ficção de autoria do sociólogo gaúcho Volnei Tavares. A obra é sua publicação de estreia e traz uma narrativa baseada em recortes da memória de um menino, vítima de violência sexual. A edição, de 100 páginas, é da Chiado Books e o lançamento está previsto para o mês de agosto deste ano. Mas os exemplares já se encontram em pré-venda em contato com o autor. Após o lançamento o livro estará na loja online e com os parceiros da editora.

A maneira de uma película, as lembranças brotam a sua memória, vívidas: da primeira violação de seu corpo infantil aos 5 anos de idade, até a última aos 13 anos. O tabu do estupro de meninos é abordado de forma crua, através de suas vivências e a hipocrisia de nossa sociedade é revelada na dicotomia antagônica de quem estupra, ao mesmo tempo em que condena, valendo-se de prerrogativas, autoridade e preconceitos.

Esta obra surgiu a partir das vivências que o autor teve trabalhando na Assistência Social, durante sete anos, junto a meninos e meninas em situação de vulnerabilidade social em Porto Alegre. “Não obstante, outro grande motivador deste, que pretende ser o primeiro livro de uma série de dois volumes, foi - em especial - a experiência em tratar um paciente com 10 anos de idade, internado numa unidade de terapia intensiva, vítima de violência sexual”, afirma Volnei.

Volnei Tavares é o pseudônimo Joaquim Manoel da Silva, nascido em Porto Alegre (RS) em 1973. É filho de uma empregada doméstica e de um pintor de paredes, foi entregador de jornais e trabalhou na assistência social do município de Porto Alegre, junto a adolescentes em situação de rua ou cumprindo medidas socioeducativas. Graduou-se em Sociologia em 1999 pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e em Medicina em 2006 pela mesma instituição. É especialista em Medicina Interna e atualmente, estuda violino na Universidade Federal de Pelotas.

Coletânea de poemas do diretor de teatro Paulo Williams é lançada pela Editora Penalux

O diretor de teatro Paulo Williams, que há anos atua na capital paulista, está para lançar seu primeiro livro: uma coletânea de poemas cuja proposta do autor é fazer o leitor sentir e enxergar as coisas de outra maneira, sob outros ângulos. “Paisagens Invertidas”, obra que sairá pela Editora Penalux, é constituída por 70 poemas, divididos em 7 partes, pelas quais perpassam as paisagens poéticas que o autor costura em seus versos. O evento de lançamento ainda não tem data marcada, mas a obra já se encontra em pré-venda pelo site da editora.

“A ideia é levar o leitor a experimentar uma vertigem causada pelo assombro da poesia diante da vida e do amor”, diz o poeta. Para Williams o valor de uma obra de poética consiste em criar para o leitor “uma ponte de atravessamentos e afetos”. “Por outro lado”, continua ele, “produzir poesia é também resistir. Não devemos nos calar, principalmente em tempos sombrios como o nosso”, adverte.

Nas palavras da escritora Aline Bei, que assina o prefácio do livro, “a precisão na escolha das palavras é notável, além da delicadeza e da sofisticação”. Ela ainda diz: “Fiquei pensando, depois de ler o seu livro, no quanto nos misturamos com as Paisagens que miramos... Não é possível olhar algo sem a lente do eu”. O livro também traz forte o tema do amor. “Amor como busca, amor como desejo, amor como devaneio, loucura”, complementa Willians.

Segundo Alexandra Vieira de Almeida, crítica e poeta que apresenta a obra na orelha do livro, a poesia de Paulo Williams começa pelo meio selvagem e natural até chegar à cidade com seus revezes. O poeta produz uma poesia que transforma o ambiente, revelando-nos uma íntima relação entre o interior e o exterior, o dentro e o fora. “Com relação à estruturação poética”, destaca a crítica, “Paulo Williams consegue com grande proeza unir a poesia à prosa, rompendo com o purismo dos gêneros. Além disso, o jogo com as palavras e suas combinações é inventivo, revelando-se na sua poesia a criação do verbo em êxtase estrutural e imaginário”.

Paulo Williams nasceu em Salvador (BA) em 1977, mas hoje vive em São Paulo. Formou-se em Filosofia e Artes Cênicas e estudou Dramaturgia na Escola SP de Teatro. O interesse pela poesia e filosofia vem desde cedo, resultando em inúmeras experimentações no teatro, tendo a literatura como foco de criação. Foi fundador do Grupo Tecelagem de Teatro, com o qual ganhou diversos prêmios como ator, dramaturgo e diretor. É autor das peças “Monóculo”, “Onoff”, “A Maçã”, entre outras. Atualmente desenvolve a ideia original dos roteiros das séries: Insólitas; Desaparecidos e Estranho Modo de Andar No Meio-Fio. O seu livro “Paisagens invertidas”, conta com 132 páginas e o valor dos exemplares na pré-venda estão por R$ 38,00 (www.editorapenalux.com.br/loja/paisagens-invertidas).

Em novo romance, William Soares dos Santos, nos relembra tristes histórias vívidas nos anos da Ditadura Militar

Em seu mais novo livro, “Memórias de um triste futuro”, o escritor carioca William Soares dos Santos se afasta do lirismo, que caracterizou seus trabalhos anteriores, e nos leva para uma viagem difícil, mas sempre necessária aos anos da ditadura civil-militar, mas que deixou marcas que permanecem até hoje na sociedade brasileira. O livro procura, dentre outros elementos, mostrar que ainda sofremos e que ainda carregamos as marcas das múltiplas violências perpetradas nesse período. A obra é um romance publicado pela Editora Patuá e foi lançada no último dia 15 de fevereiro na Patuscada – Livraria, Bar e Café, em São Paulo (SP).

Embora seja um romance, o livro é formado por várias histórias (e vidas) que se cruzam a fim de dar uma pequena dimensão do terror do período, mas, ao mesmo tempo, mostra que o nazifascismo, a violência da ditadura, a vontade de interdição sobre a vida do outro continuam presentes na sociedade brasileira. Através de um texto que se constitui por meio do alinhavar de diferentes histórias de personagens sem nome, somos apresentados a situações de violência e desumanização perpetradas sob os auspícios do Estado, seja no contexto institucional, seja no ambiente aparentemente restrito da família. Durante toda a narrativa, a violência é um ato sempre presente. Ela pode até ser elemento central nos porões da ditadura, mas se esparrama, também, no lar do dito cidadão de bem.

Para esta obra, William fez uma pesquisa que o levou a muitas histórias do período da ditadura. Histórias de violência e de dor que, pela sua formação humanista, tem certeza de que precisam ser relembradas para que as barbaridades cometidas naquele período não se repitam mais em nossa história. “Foi, antes de tudo, a minha inquietação como ser humano e a minha obrigação de educador e escritor que me levou a um mergulho literário tão difícil ao ponto de eu chorar em muitos momentos em que estava escrevendo. Chorar pela dor do outro que sentia em mim mesmo, pelo momento de terrível incompreensão em que vivemos e pela barbárie que insiste em dominar a humanidade não obstante a sua longa jornada civilizatória. Preferi focar em histórias e não em personagens, por isso (como já havia feito em meu livro de contos Um Amor) evitei qualquer menção a nomes”, ressalta ele.

“Sempre que lançamos um novo trabalho, muitos escritores tendem, amparados por todas as justificativas, a considerarem este seu último trabalho como o mais importante. Eu também estou nesta fase. Acho que Memórias de um triste futuro é o meu trabalho mais importante até agora, porque ele é fruto de muita reflexão e pesquisa sobre alguns movimentos que o Brasil e o mundo já viveram e estão revivendo atualmente”, revela o autor. “Falo, particularmente, do recrudescimento de ideologias nazifascistas e da existência de pessoas que, por desconhecerem a história, ou por falta de ética, desejarem a volta de governos que se ancorem em ideologias nazifascistas como o da Ditadura Civil-militar que governou o Brasil entre os anos de 1864 e 1985”, continua.

William Soares dos Santos é um escritor e professor carioca (UFRJ) nascido em 1972. Dentre os seus trabalhos literários se destacam os livros de poesias “Rarefeito” (Ibis Libris, 2015), “Poemas da meia-noite (e do meio-dia)” (Editora Moinhos, 2017), “Raro - poemas de Eros” (Editora Urutau, 2018), “Três Sóis” (Editora Patuá, 2019) e o livro de contos “Um Amor” (Ibis Libris, 2016). Traduziu o romance “A Cidade do vento” da escritora italiana ganhadora do Prêmio Nobel, Grazia Deledda (publicado em 2019 pela Editora Moinhos). William foi ganhador do Prêmio PEN Clube do Brasil de 2018 e finalista do 3º Prêmio Rio de Literatura 2018 com o livro “Poemas da meia-noite (e do meio-dia)”. O livro “Memórias de um triste futuro”, torna-se o seu último trabalho publicado. O livro está à venda por R$ 40,00 pelo site da editora (www.editorapatua.com.br/produto/114227/memorias-de-um-triste-futuro-de-william-soares-dos-santos).

Escritor Raul Marques entra 2020 com novidades na Literatura Infantil, lançando dois novos livros

Mais duas grandes obras do escritor Raul Marques, entram para o rol dos novos livros de literatura infantil. No início deste ano, o autor chegou com novidades em seu acervo de publicações. Através dos livros “A revolução das crianças” (Editora Penalux), ele nos apresenta um tema atual, importante e que pode ser trabalhado desde cedo: a imigração. Enquanto que na obra “O menino que reinventou o mundo” (Editora Letramento/Bubble), Raul usa o filho (João) como inspiração para o personagem principal, que desenvolve brinquedos lúdicos ao usar algo simples e sempre à disposição: a imaginação. As duas publicações foram lançadas no último dia 18 de janeiro, em São José do Rio Preto (SP).

A narrativa do livro “A revolução das crianças” trabalha a importância de incentivar a criança a receber, com humanidade e braços abertos, tanto os colegas que vieram de outros países como os que mudaram de estado, de cidade e até de escola. “Quando as mãos são estendidas sem preconceito, a adaptação é mais simples”. A obra foi ilustrada por Vanessa Alexandre e a edição é da Editora Penalux.

“O menino que reinventou o mundo” foi inspirado em seu filho João Pedro, de 4 anos. Ao observá-lo no dia a dia, Raul notou que as crianças não precisam de grandiosa infraestrutura, com dispendioso custo financeiro, para brincar, aprender e se divertir. As brincadeiras podem e devem contar sempre com apoio da imaginação, da criatividade e do lúdico. O público infantil é bombardeado em todas as plataformas com sucessivos lançamentos de brinquedos, de novas tecnologias e de objetos que, muitas vezes, não acrescentam muita coisa. É possível se divertir de outras formas. João, apresenta, com exemplos práticos do seu cotidiano, como é possível transformar uma meia em bola de futebol, a cortina em esconderijo e um cobertor grande em cabana. O livro tem ilustrações de Felipe Tognoli e foi editada pelo Grupo Editorial Letramento.

Para a obra “A revolução das crianças”, a história foi criada após sucessivas mortes de refugiados na Europa, a vinda de haitianos para o Brasil, em busca de uma vida mais digna, e a morte do garoto Alan Kurdi, no ano de 2015, na Turquia. Já o livro “O menino que reinventou o mundo” narra a jornada de João, um menino esperto, criativo e que enxerga o mundo a sua maneira.

A recepção dos livros tem sido positiva e já foram adotados em três escolas da cidade de São José do Rio Preto. E em resposta a essa aceitação, o autor fez uma ação que lhe comoveu, com a distribuição de 80 exemplares dos seus livros infantis em uma favela do município, chamada de Comunidade da Vila Itália. “Foi um momento ímpar, de incentivar a leitura, de mostrar às crianças a importância das histórias e de usar a literatura para transformar a realidade. Nos livros, tento passar mensagens positivas para os pequenos leitores. As histórias transformam”, destaca ele.

Nascido em São Paulo, capital, Raul Marques hoje vive em São José do Rio Preto (SP). É formado em jornalismo e trabalhou como repórter durante 12 anos. Escreveu mais de 500 reportagens - a maioria focada em contar histórias humanas. Desde 2016, dedica-se aos livros, tendo 15 livros já publicados, entre os quais três são infantis.. Sua produção se divide em duas vertentes: de um lado, há o material autoral, em campos como biografia e literatura infantil; do outro, obras para empresas.

Em dezembro de 2019, lançou o livro “Asa Branca – A biografia”, pela Editora Letramento, sobre o narrador de rodeios Asa Branca, que inovou ao chegar de helicóptero às apresentações, narrar em meio aos animais, apresentar ao público brasileiro o microfone sem fio, dar voz aos peões nas entrevistas, inserir DJ e rock internacional à festa até então exclusivamente sertaneja. A biografia refaz a história do locutor sem qualquer censura, defesa ou julgamento. Até porque, com Asa Branca, não existe meio-termo: sua figura nunca passa incólume.

Os exemplares das obras “A Revolução das Crianças” e “O menino que reinventou o mundo”, estão disponíveis por 35,00 e 34,90, respectivamente, pelos sites das editoras (www.editorapenalux.com.br/loja/infantil/ e www.editoraletramento.com.br). O primeiro conta com 28 páginas e o segundo com 32.

Resenha: A casa do lado de lá - Mag Moa

Livro: A casa do lado de lá
Autora: Mag Moa
Ano: 2020
Páginas: 487
Gênero: Ficção
Editora: Clube de Autores
Classificação: 5/5 estrelas
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Sobre a autora: Mag Moa é uma mineira da gema. Nascida na cidade de Coroaci, carrega em seu coração o amor pelas montanhas de Minas e pelas letras. Adora passar férias no campo, ao lado da família e dos amigos. O que a autora tem em comum com a personagem principal? A perseverança!

Sinopse: Judith Louise Muller é uma adolescente destemida e que necessita sobreviver a uma situação terrível. Judy, como é chamada, com sete anos incompletos, levava uma vida simples e feliz ao lado de sua família e de uma boneca de pano. Porém a vida encarregou de dar destinos diferentes a cada personagem. O desaparecimento da mãe, a ausência do pai e a presença de uma assistente social pra lá de estranha, complica ainda mais a vida da adolescente. Um dia Judy acorda no CTI. Quando todos acreditavam que ela não sobreviveria, e, daquele dia em diante, sua vida junto dos seus irmãos nunca mais foi a mesma na grande cidade de Linópolis. 

Resumo: Em um apartamento apertado, Judy mora com seus cinco irmãos. Com sua mãe desaparecida e o pai sempre ausente, ela tenta sobreviver a cada dia, não deixando seus irmãos passarem fome, sempre lembrando da sua infância, onde a realidade era muito diferente daquela em que ela está vivendo. Certo dia, depois de ter feito mal uso de um chá com “buchinha da Índia”, acaba parando no hospital. Depois que finalmente acorda, muito debilitada, começa a perceber que sua vida irá mudar completamente, e que as verdades que ela mais temia, podem vir à tona.

Opinião: O livro consegue nos envolver em sua trama e sentir as emoções de cada personagem de forma única. Todos os elementos-chave para resolução de cada mistério foram bem distribuídos pelos capítulos. Definitivamente o melhor livro de ficção que já li. Recomendado para todos os tipos de leitores.

“Como a água que bebo”, novo livro do carioca Igor Calazans, fecha ciclo de poemas escritos há anos

“Como a água que bebo” é o terceiro livro do poeta carioca Igor Calazans, e fecha um clico de poemas que começaram a ser escritos desde 2014. O título desse novo livro sugere a poesia como fonte de vida do poeta, permeando os seus sentimentos mais plenos e profundas reflexões. De poemas métricos, principalmente sonetos, aos versos livres, o poeta aborda temas sobre a vida, a morte, amores, cotidiano, além de críticas sociais, sempre de uma maneira confessional e original. A obra foi publicada pela Editora Viés com 86 páginas e teve seu lançamento no último dia 31 de janeiro no Centro Cultura Paschoal Carlos Magno - CCPCM, em Niterói (RJ).

Além da sessão de lançamento do livro ocorrida em Niterói, houve ainda, no dia do evento, um sarau de música e poesia, com show da dupla Bruno D’Ávila e Daniel Franco, além do microfone ter ficado à disposição para convidados e poetas da cidade. O evento teve entrada livre e aconteceu a céu aberto no terraço do CCPCM. Os exemplares do livro estão à venda por cerca de R$ 40,00 pelos sites Recanto do Poeta (www.recantodopoeta.com/), Amazon, Livraria Fantástica Borges (online) e Livraria da Travassa (online). Além de poder ser encomendados com o próprio poeta pelo seu Facebook (www.fb.com/calazanspoeta) e Instagram (@calazansIgor).

“Os livros sempre estiveram próximos a mim por causa do meu avô que era poeta e romancista. Então, a leitura, as histórias, as capas dos livros e, até mesmo, o cheirinho das folhas me fascinavam. Não tinha em mente publicar um livro meu, mas, depois que os anos foram passando, junto a uma maturação intelectual e uma forma própria de escrita, passei a querer publicar”, revela o poeta, que despertou o interesse em publicar um livro depois de ter participado da antologia nacional “Sarau Brasil”, em 2014. “Ver um poema meu impresso, assinado, dentro de uma obra, instigou muito essa vontade. Mas só admiti publicar mesmo quando senti que já tinha uma construção poética sólida”, conclui.

Igor Calazans Abreu, mais conhecido na poesia apenas como Igor Calazans, nasceu em Niterói (RJ) no dia 22 de abril de 1986. É jornalista de profissão, mas carrega a veia poética desde muito jovem, pois seu avô, Nemecio Calazans, foi um importante poeta em sua cidade e presidente do Cenáculo Fluminense de História e Letras. Passou a publicar os seus primeiros poemas em 2010 pela internet e a boa aceitação foi um começo importante para essa formação. Daí, participou, em 2014, do prêmio literário nacional “Sarau Brasil”, em que ficou em terceiro lugar dentre mais de 3.500 poemas inscritos, sendo incluído em uma antologia. Isso lhe abriu portas e, no ano seguinte, publicou o seu primeiro livro de poesia, intitulado “Devaneios: O Recanto do Poeta”.

Depois de trabalhar muito com o seu primeiro livro, participando de encontros, palestras, eventos e saraus, Calazans publicou em 2017 a sua segunda obra, “Palavras de Estimação”, que veio para consolidar a sua trajetória na literatura. Em 2019, novamente teve destaque em um concurso nacional de poesia, ficando em oitavo lugar no prêmio “Poetize”, também com mais de 3 mil participantes. Nesse período também veio o seu terceiro livro, “Como a Água que Bebo”, obra que abrange todos esses anos de carreira.

Atualmente o poeta mora em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, e está muito inclinado em projetos e atividades literárias por toda a cidade. Foi convidado para participar de eventos importantes, como a Bienal do Livro e a “LER”, Salão Carioca do Livro. No final do ano passado, idealizou um movimento para propagar a poesia nas pessoas. Como jornalista, lançou recentemente o site “Recanto do Poeta”, que conta com um grande acervo da poesia mundial, entrevistas, perfis, matérias exclusivas e colunas especiais.

Os livros, “Devaneios: O Recanto do Poeta” (Travassos Publicações, 2015), “Palavras de Estimação” (Multifoco Editora, 2017), e “Como a Água que Bebo” (Editora Viés, 2019), fazem parte de uma série de poemas que Igor escreve desde 2010, e que abrangem muito a sua essência como poeta. O minucioso trabalho de um escritor para encontrar as palavras certas e que cinjam perfeitamente a sua reflexão. São temas bastante variados, que passam muito sobre questões existencialistas e cotidianas. Na forma estética de escrita, os poemas vão de sonetos clássicos, que passam do coloquial ao erudito, àqueles versos livres e inventivos, mas sempre de maneira original e com muita preocupação melódica e rítmica.

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