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Poeta maranhense Mateus Borges lança dois novos livros em meio às dificuldades causadas pela pandemia


Mesmo em meio às dificuldades causadas pela pandemia da Covid-19, o poeta maranhense Mateus Borges, natural da cidade de Cururupu, conseguiu publicar mais dois livros, assim como o primeiro, de forma independente. As obras reúnem poesias escritas ao longo de anos, sendo a primeira, com o título “Rabiscos”, com textos escritos na época em que ainda era adolescente. Já a segunda, cujo título é “Versos Adormecidos”, vem com poemas românticos, em uma linguagem voltada mais para o público jovem. Os livros estão com um evento de lançamento previsto para o dia 26 de outubro de 2020, a partir das 19:30hs, na Spazio-Casa da Pizza (Rua Dr. José Pires, s/n – Centro, próx. ao antigo Restaurante Samambaia), em Cururupu/MA.

“Rabiscos” é uma obra composta por antigos textos poéticos da época em que o autor ainda era adolescente. Revirando algumas coisas antigas, Mateus encontrou textos escritos quando passava pela fase de descobertas, de amores e desamores, de paixões e ilusões. Foi então que indagou a si mesmo: “por que não publicá-los, se foi meu próprio ‘eu-lírico’ quem me levou a escrevê-los?” Achou os poemas interessantes e viu que não poderia deixá-los de fora da sua coletânea, já que foram textos que fizeram parte, de certa forma, da sua trajetória. Estes “rabiscos” foram escritos por inspiração, ou por aquilo que o poeta passava, via, ou em paixões que outras pessoas viviam, e pediam para que ele escrevesse.

Enquanto que o livro “Versos Adormecidos” traz poemas românticos, numa linguagem jovem e de fácil entendimento, tentando aproximar os leitores à poesia, de forma que, ao ler, sejam envolvidos pelo romantismo contido em cada texto. Nos textos o autor acorda sentimentos através de poesias e coloca-os no papel para que possam ser sentidos. Uma forma de expressar, em versos, aquilo que se sente mas não se fala. Escrevendo poemas e deixando que o vento os levem e os façam voar até outros corações adormecidos e assim possam acordá-los e tenham o prazer da poesia e o bem que é quando se expressa o que sente.

Foi na escola que Mateus começou a dar os seus primeiros passos na estrada literária, rumo à carreira de escritor. Sempre incentivado pelos seus colegas e professores, quais foram de fundamental importância para que ele pudesse dar continuidade a essa trajetória. “Em todos os intervalos, o lugar que eu mais gostava de ir era à biblioteca e lá era envolvido por esse mundo da leitura, e me encantava com tudo ali, e sonhava em poder ser também um escritor reconhecido”, revela o poeta. “Na sala de aula eu, ainda bem novo, abria os cadernos dos meus colegas e assinava meu nome imaginando poder autografar meus futuros livros”, continua.

O poeta sempre gostou de ler e com isso criou o hábito da escrita. Começou a dar os seus primeiros passos literários no ano de 2008, aos 11 anos, quando participou do nacional “Olimpíada de Língua Portuguesa”, onde, através da poesia “Cururupu, terra bonita” foi representar o estado do Maranhão na semifinal ocorrida em Fortaleza (CE). Lá foi classificado e seguiu para a a fase final em Brasília (DF), onde conquistou a medalha de prata, trazendo o título de segundo lugar para a sua cidade e estado. “A partir daí fui incentivado a publicar meus poemas. Foi então que surgiu a ideia de criar livros de poesias para divulgar meu trabalho”, cita.


Mateus Borges, jovem protagonista e inspirador, nasceu em 18 de setembro de 1997 na cidade de Cururupu, interior do Maranhão. Publicou seu primeiro livro de poesias “Gemidos da Alma” aos 18 anos, e aos 22 publicou “Rabiscos” e “Versos Adormecidos”. Formado em Letras, além de ser poeta e escritor, atualmente viaja ministrando a palavra de Deus através do ministério que lhe foi concedido, ministra também palestras motivacionais e sobre a importância da literatura na vida das pessoas. Todas as obras do autor foram publicadas de forma independente e podem ser adquiridas pelo seu perfil oficial no Instagram (@mateusg.borges).

Célicas lembranças - Anderson Lima


Hoje acordei com o toque do sino que parecia penetrar minha alma. O soar dos sinos nos remete à oração, conecta-nos conscientemente ao sagrado e enche o coração da gente de célicos sentimentos. Uma borboleta apareceu na minha janela e fez-se céu no meu dia nublado e frio. Era uma borboleta solitária, daqui da janela ela voou para as flores que enfeitam o claustro. Viver na clausura é desdobrar-se constantemente para uma vida de oração, trabalho e sacrifício.

Choramos quando descobrimos uma doença, e sorrimos esperançosos quando aprendemos a conviver com ela. Assim é a dor, ela vem como porta de entrada par um caminho que parece não ter volta, mas tem. Carlos Drummond de Andrade dizia que a dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional. Refletir sobre a dor e o sofrimento é lançar um olhar profundo sobre o autoconhecimento e a autoaceitação, é respeitar o nosso corpo como algo sagrado.

Conheci uma mulher que estava sempre alegre, apesar de seu sofrimento, ela morreu sorrindo. Fiquei impressionado com a força que ela tinha mesmo estando debilitada e sofrendo com uma doença. Ela me ensinou que para conseguirmos vencer algo que seja maior do que nós só mesmo sorrindo. Porque uma alma feliz é morada de Deus. Transformar o sofrimento em expiação, oferecendo tudo por amor. Nesse intervalo da vida entre a alegria e a morte o que essa forte mulher me ensinou foi muito mais que ser alegre, ela ressignificou com a própria vida as suas muitas dores em flores. No leito de seu sofrimento ela deu amor, colo aos filhos e netos, e sorriu até os últimos momentos.

Essa incrível mulher que quis na sua existência imitar Maria, iluminou muitas vidas com sua luz e suas cores e a minha vida é uma delas. Dona Esmelina, minha querida avó, no nome e na vida sempre foi flor. Nosso Senhor a levou para florir lá no céu.

Aqui no silêncio do claustro, entre as borboletas e as lembranças de minha avó o sol do meio-dia se vai, alguns medos e gélidas tristezas também, mas as flores e a saudade são partes de mim. Os sinos despertam em nós sentimentos afáveis e anunciam que a nossa morada é no céu.

Um coração compassivo - Anderson Lima

"Jesus chamou seus discípulos e disse: ‘tenho compaixão da multidão, porque já faz três dias que está comigo e nada tem para comer. Não quero manda-la embora com fome, para não desmaiarem pelo caminho...". (Mt 15, 32)

Nesse trecho do Evangelho de São Mateus, Jesus, tem compaixão daquele povo que o seguia e que estava com fome. Existem alguns momentos em que precisamos ser compassivos com o próximo, e principalmente com aqueles que caminham conosco. A Palavra de Deus nos ensina que os sentimentos da misericórdia e compaixão devem sempre fazer parte de nossa vida para que assim possamos dar testemunho da presença de Deus em nosso meio.

COMPAIXÃO, não é sentir pelo outro, mas sentir com o outro. É quando a gente lê o roteiro de outra vida. É ser ator em outro palco. É compreender. É não dizer: "eu sei como tu te sentes". É quando a gente não diminui a dor do outro. É descer até o fundo do poço e fazer companhia para quem precisa. Não é simplesmente ser herói, é ser amigo. É saber beijar a alma do outro.

Ao refletir sobre essa particular atitude de Jesus, recordo como há pessoas incríveis em nossa vida e que têm um coração repleto de bons sentimentos, sobretudo, compaixão. Lembro-me de uma tarde de domingo que logo após o almoço fui com alguns irmãos subir as montanhas que cercam o mosteiro. Na subida para o Monte Carmelo fomos alegres, conversando e louvando a Deus pelas lindas paisagens que encantaram não somente nossos olhos, como também o coração. Pegamos caminhos desconhecidos e empolgantes, foi uma verdadeira aventura. O sol começava a se esconder, os pássaros já não cantavam, no entanto, a beleza permanecia intacta. Foi na volta para o mosteiro que o inesperado aconteceu. O meu corpo nunca foi acostumado com aventuras desse tipo, meu físico andava muito despreparado e o primeiro sinal veio das pernas, o meu joelho esquerdo atrofiou-se e imediatamente senti muitas dores, já não conseguia da continuidade andando, os irmãos improvisaram uma muleta, mas não adiantou.

O noviço, Ir. Fábio, que já tinha experiência de sobra e conhece bem os segredos das montanhas me carregou nos ombros com a ajuda do Ir. Juan María, assim conseguimos chegar mais próximos do mosteiro. O que me surpreendeu foi a capacidade desses irmãos cheios de gentilezas e compaixão. 

Compartilho esse fato porque infelizmente nos dias de hoje ser compassivo e gentil é raridade e exceção, visto que muitas pessoas não compreendem e não estão dispostas a sofrer com o outro. A compaixão é um valor que além de ser entendida deve ser praticada. Os irmãos Fábio e Juan, sem dúvida, não só entenderam o gesto descrito por São Mateus como imprimiram em suas vidas pelo exercício da cordialidade e afabilidade. 

Cecília Meireles, um dia recordando a importância das pessoas gentis que passaram por sua vida, escreveu: "existem pessoas que nos falam e nem as escutamos, existem pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam, mas há pessoas que simplesmente aparecem em nossas vidas e nos marcam para sempre". São pessoas revestidas de luz, embora tenham também suas dores, porém estão sempre disponíveis para ajudar e até carregar nos braços quem precisar. São pessoas que merecem o que de mais bonito a vida tem a oferecê-las. 

Minha prece a Deus por essas pessoas amigas e repletas de compaixão é que acima de tudo elas não se esqueçam de ser doce e que seus pés sempre se lembrem do caminho que dá para a felicidade. Que a maldade do mundo jamais amargue os seus corações, mas que o sol dos seus sorrisos continue a quem vê iluminar. Que ao caminharem por aí, mesmo subindo montanhas, exalem compaixão, e jamais esqueçam de que um coração compassivo é reflexo do amor de Deus.

Poeta paulistano Rafael Cury publica livro de poesias com referências à vida diária e aos objetos domésticos

Nascido a partir de um sentimento de abandono e de ausência, o livro “Inventário Doméstico” é uma publicação poética que fala sobre os objetos da casa em momentos de solidão. A obra, escrita pelo paulistano Rafael Cury, traz poesias sobre a máquina de lavar, sobre os cabides, sobre o jantar. Juntos delas, algumas outras que falam de sentimentos durante os trajetos diários: a ida ao trabalho, a vizinhança, o passeio pela rua. A edição é da Editora Patuá e será lançada na próxima sexta-feira (22) em São Paulo (SP).

E se as coisas tivessem uma história para contar? Os cabides, a máquina de lavar, o vaso de flores mortas? Cada poesia deste livro nasceu assim: do estranhamento dos objetos do apartamento de um ser recém-solitário. É o diálogo urgente com o abandono de alguém que resolveu não gritar. Então o grito surge em versos urgentes, aparentemente simplórios, todos verdadeiramente necessários. Neste livro essas coisas aparecem com numerosos sentimentos. Alguns exagerados, outros egoístas, todos absolutamente humanos.

Rafael Cury é paulistano, formado em Comunicação Social, violonista, guitarrista, compositor, redator publicitário e poeta. Já teve poesia infantil publicada na Revista Crescer, da Editora Globo, um conto publicado na Revista Cult e duas poesias na antologia “Casa do Desejo”, da Editora Patuá. Tem também, no Instagram, um projeto chamado Poesia Curta (instagram.com/poesiacurta). Como músico já se apresentou nas noites paulistanas ao lado de bandas, cantoras, e hoje dedica-se a um trabalho autoral. “Inventário Doméstico” é o seu livro de estreia.

“Inventário Doméstico” contém cerca de 100 páginas e está à venda por R$ 38,00 pelo site da editora (https://editorapatua.minhalojanouol.com.br/produto/73864/inventario-domestico-de-rafael-cury). O lançamento do dia 22 de março será na Patuscada – Livraria, Bar & Café (Rua Luís Murat, 40) a partir das 19 horas, com entrada gratuita.

Poeta Diane Tolentino terá participação em segunda coletânea de poesias que será lançada em Moreno/PE

A poeta paraense Diane Tolentino terá poesias publicadas no segundo livro da coletânea de poesias “Ser Poeta”, organizada pelos autores Dayvton Almeida e Bel Aquino. O livro, cujo título será “Germinando Palavras, Colhendo Poesias”, está sendo publicado pela Editora Ser Poeta, recém-chegada no quadro de publicações nacionais, e será lançado durante a 3ª edição da Feira de Literatura Independente da Cidade de Moreno, em Pernambuco.

O livro “Germinando Palavras, Colhendo Poesias” reúne 25 amigos e poetas, com sua arte e maneira de expressá-la, através da sua escrita própria. É um encontro único da literatura poética em forma de poesia e pode ser apreciado por qualquer um que ame a arte poética em forma de poesias.

Sobre a sua participação na obra, Diane Tolentino destaca: “O convite partiu do Dayvton Almeida e Bel Aquino, dois seres humanos poetas e multifacetadas que tem um olhar de artistas. Confio no trabalho dos dois, e me coloquei nesta obra que além de poetas e poesias tem alma”.

Diane Tolentino nasceu e cresceu na pequena cidade de São Félix do Xingu, Pará. Escreve desde os seus quatorze anos, e desde os dezoito mora em Brasília/DF. Em 2014 criou a página “Sonhadora”, onde pôde mostrar suas poesias e quando também, começou a cursar Psicologia, o que lhe permitiu olhar o ser humano com mais sensibilidade. Em 2015 recebeu o convite do poeta Dayvton Almeida para participar da coletânea “Ser Poeta, Trinta Amigos Poetas, Vinte Anos de Arte”, lançado no ano de 2016. Agora tendo a oportunidade de participar deste novo projeto “Germinando Palavras, Colhendo Poesias”, com os amigos e poetas.

A III Feira de Literatura Independente da Cidade de Moreno, que acontece entre os dias 24 e 26 de agosto, visa trazer para o público leitor, a apresentação de diversas obras do cenário independente, apresentação de grupos culturais, oficinas e palestras e feira de artesanato. Assim, contribuindo com o desenvolvimento cultural e literário a partir de apoio de incentivo aos novos talentos da literatura brasileira. As inscrições, com taxa colaborativa, para autores e artistas brasileiros ou estrangeiros maiores de 18 anos, que produzam obras independentes ou não, vão até o dia 31 de julho de 2018 pelo link https://goo.gl/forms/sqUcJUQM4AuEmLPk1.

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