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Literatura e memória: Em podcast, Saulo Barreto faz um mergulho na arte de escrever e na pesquisa histórica

Durante entrevista em podcat do canal Hipertexto, o poeta e filósofo Rogério Rocha promoveu um bate-papo enriquecedor com o escritor e pesqu...

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Lançado “Mares agitados - na periferia dos anos 1970”, novo livro de Mazé Torquato Chotil


A jornalista, pesquisadora e autora sul-mato-grossense Mazé Torquato Chotil 
nos apresenta seu novo livro, “Mares agitados: na periferia dos anos 1970”. O romance tem como personagem principal uma jovem estudante do ensino médio que deseja fazer faculdade. Mas com a falta de universidade na sua região, ela migra para a periferia da Grande São Paulo. Publicado pela Editora Patuá, a obra será lançada no próximo dia 11 de novembro a partir das 15h30, durante um bate-papo na Unidade Universitária de Campo Grande (UEMS –UUCG).

Em meados dos anos 70, num país sob ditadura, a personagem vai descobrir a maior cidade da América Latina, sua história, seus monumentos... Vai buscar trabalho para financiar seus estudos, fazer amizade no colégio e se preparar para passar o vestibular. Conseguirá seu objetivo?

Na apresentação da obra, a professora e escritora das academias de Ciências de Lisboa e Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, Raquel Naveira, destaca: “O processo memorialístico da escrita de Mazé Torquato Chotil lembrou-me a obra literária da escritora e professora francesa Annie Ernaux (1940), laureada com o Nobel de Literatura de 2022. Annie é autobiográfica, com romances que remetem à sociologia. Com coragem, inteligência, sentimento sem sentimentalismo, ela vai penetrando em suas raízes, trazendo estranhamentos coletivos de sua memória pessoal. Vai traçando um vasto panorama, explorando seus cadernos de anotações, planos e reflexões”.


Mazé Torquato Chotil é jornalista e autora. Doutora (Paris VIII) e pós-doutora (EHESS), nasceu em Glória de Dourados-MS, morou em Osasco-SP e vive em Paris desde 1985. Donde trabalha na divulgação da cultura brasileira, sobretudo a literária. Foi editora da 00h00 (catálogo lusófono) e escreveu – e escreve – para a imprensa brasileira e sites europeus. 

Com o recém-lançado, ela agora possui 14 livros lançados, destes, cinco em francês. Fazem parte da sua coleção de publicações: “Na sombra do ipê”; “No Crepúsculo da vida”; “Lembranças do sítio / Mon enfance dans le Mato Grosso”; “Lembranças da vila”; “Nascentes vivas para os povos Guarani, Kaiowá e Terena”; “José Ibrahim: O líder da grande greve que afrontou a ditadura”; “Trabalhadores Exilados”; “Maria d’Apparecida negroluminosa voz”; e “Na rota de traficantes de obras de arte”. O livro “Mares agitados: na periferia dos anos 1970” já está disponível para venda pelo site da editora por cerca de R$ 60,00 (https://www.editorapatua.com.br/mares-agitados-na-periferia-dos-anos-1970).

Escritora Juliana Monteiro lança romance “Nada lá fora e aqui dentro”, sobre pandemia e luto

A escritora e jornalista Juliana Monteiro lançou no último dia 11 o seu primeiro romance. A obra intitulada “Nada lá fora e aqui dentro”, foi publicado pela Editora Patuá, com cerca de 248 páginas, e nela a autora mergulha nas profundezas da alma humana, explorando a solidão, as memórias e as transformações pessoais de uma mulher em meio ao caos do mundo exterior durante a pandemia.

Ambientada no início da pandemia de Covid-19, em 2020, a obra conta a história de Loretta e traz temas como perda, memória, identidade, relações familiares e luto, explorando a travessia da personagem ao lidar com a morte repentina da mãe, Olivia, uma escritora premiada. O livro traz ao leitor uma perspectiva íntima do período e das dinâmicas de um país, a Itália, em quarentena.

Entre as paredes do apartamento da mãe em Nápoles, Loretta se vê confrontada não apenas pela morte da matriarca, mas pelo isolamento forçado, enquanto resgata memórias da infância e expõe as lacunas afetivas que marcaram sua relação com Olivia. Ao mesmo tempo, a personagem encara um percurso interior, questionando o sentido da própria vida, do casamento, das escolhas e do seu papel no mundo enquanto filha e também mãe.

Nessa estreia, Juliana Monteiro cria um retrato íntimo, que expõe a profundidade psíquica de uma mulher comum em crise, sobretudo nas descrições da dor e da solidão - inerentes à condição humana. “Nada lá fora e aqui dentro” propõe uma reflexão sobre o tempo, a fragilidade dos laços humanos e a construção da identidade feminina frente à perda e à mudança.

Com uma linguagem que alterna entre o delicado e o brutal, Juliana Monteiro conduz os leitores por um fluxo narrativo que vai da dureza do luto ao reencontro consigo mesma. A obra é rica em referências literárias, desde Clarice Lispector até Hilda Hilst, que pontuam o romance com epígrafes e inspiram os questionamentos existenciais da protagonista.

“Para onde vão os trens, meu pai?” — este verso de Hilda Hilst, que abre o romance, ecoa no desfecho da história de Loretta, em que o movimento externo contrasta com a imobilidade emocional e a introspecção. O cenário da pandemia amplifica esse paradoxo, criando uma atmosfera claustrofóbica onde o exterior e o interior se tornam reflexos um do outro.

Com a sensibilidade para explorar temas universais a partir de uma experiência profundamente pessoal, Juliana Monteiro apresenta uma obra que dialoga com o nosso tempo e convida o leitor a refletir sobre o papel das relações familiares, da memória e do próprio corpo em momentos de ruptura.

Juliana Monteiro é jornalista e escritora. Por quase 10 anos, foi livreira e curadora de um espaço cultural que manteve em Brasília (DF), sua cidade natal. Em 2014, mudou-se para Roma, onde vive com os dois filhos. É coautora do livro Ao Brasil, com amor, escrito em parceria com o jornalista Jamil Chade e publicado em 2022. O seu livro “Nada lá fora e aqui dentro” está disponível para venda por cerca de R$ 70,00 pelo site da editora Patuá (www.editorapatua.com.br/nada-la-fora-e-aqui-dentro-romance-de-juliana-monteiro/).

Em novo romance, William Soares dos Santos, nos relembra tristes histórias vívidas nos anos da Ditadura Militar

Em seu mais novo livro, “Memórias de um triste futuro”, o escritor carioca William Soares dos Santos se afasta do lirismo, que caracterizou seus trabalhos anteriores, e nos leva para uma viagem difícil, mas sempre necessária aos anos da ditadura civil-militar, mas que deixou marcas que permanecem até hoje na sociedade brasileira. O livro procura, dentre outros elementos, mostrar que ainda sofremos e que ainda carregamos as marcas das múltiplas violências perpetradas nesse período. A obra é um romance publicado pela Editora Patuá e foi lançada no último dia 15 de fevereiro na Patuscada – Livraria, Bar e Café, em São Paulo (SP).

Embora seja um romance, o livro é formado por várias histórias (e vidas) que se cruzam a fim de dar uma pequena dimensão do terror do período, mas, ao mesmo tempo, mostra que o nazifascismo, a violência da ditadura, a vontade de interdição sobre a vida do outro continuam presentes na sociedade brasileira. Através de um texto que se constitui por meio do alinhavar de diferentes histórias de personagens sem nome, somos apresentados a situações de violência e desumanização perpetradas sob os auspícios do Estado, seja no contexto institucional, seja no ambiente aparentemente restrito da família. Durante toda a narrativa, a violência é um ato sempre presente. Ela pode até ser elemento central nos porões da ditadura, mas se esparrama, também, no lar do dito cidadão de bem.

Para esta obra, William fez uma pesquisa que o levou a muitas histórias do período da ditadura. Histórias de violência e de dor que, pela sua formação humanista, tem certeza de que precisam ser relembradas para que as barbaridades cometidas naquele período não se repitam mais em nossa história. “Foi, antes de tudo, a minha inquietação como ser humano e a minha obrigação de educador e escritor que me levou a um mergulho literário tão difícil ao ponto de eu chorar em muitos momentos em que estava escrevendo. Chorar pela dor do outro que sentia em mim mesmo, pelo momento de terrível incompreensão em que vivemos e pela barbárie que insiste em dominar a humanidade não obstante a sua longa jornada civilizatória. Preferi focar em histórias e não em personagens, por isso (como já havia feito em meu livro de contos Um Amor) evitei qualquer menção a nomes”, ressalta ele.

“Sempre que lançamos um novo trabalho, muitos escritores tendem, amparados por todas as justificativas, a considerarem este seu último trabalho como o mais importante. Eu também estou nesta fase. Acho que Memórias de um triste futuro é o meu trabalho mais importante até agora, porque ele é fruto de muita reflexão e pesquisa sobre alguns movimentos que o Brasil e o mundo já viveram e estão revivendo atualmente”, revela o autor. “Falo, particularmente, do recrudescimento de ideologias nazifascistas e da existência de pessoas que, por desconhecerem a história, ou por falta de ética, desejarem a volta de governos que se ancorem em ideologias nazifascistas como o da Ditadura Civil-militar que governou o Brasil entre os anos de 1864 e 1985”, continua.

William Soares dos Santos é um escritor e professor carioca (UFRJ) nascido em 1972. Dentre os seus trabalhos literários se destacam os livros de poesias “Rarefeito” (Ibis Libris, 2015), “Poemas da meia-noite (e do meio-dia)” (Editora Moinhos, 2017), “Raro - poemas de Eros” (Editora Urutau, 2018), “Três Sóis” (Editora Patuá, 2019) e o livro de contos “Um Amor” (Ibis Libris, 2016). Traduziu o romance “A Cidade do vento” da escritora italiana ganhadora do Prêmio Nobel, Grazia Deledda (publicado em 2019 pela Editora Moinhos). William foi ganhador do Prêmio PEN Clube do Brasil de 2018 e finalista do 3º Prêmio Rio de Literatura 2018 com o livro “Poemas da meia-noite (e do meio-dia)”. O livro “Memórias de um triste futuro”, torna-se o seu último trabalho publicado. O livro está à venda por R$ 40,00 pelo site da editora (www.editorapatua.com.br/produto/114227/memorias-de-um-triste-futuro-de-william-soares-dos-santos).

A subjetividade do “eu lírico” no mais novo livro de poesias em prosa do escritor paulistano Ruy Proença

“Monstruário de fomes” (Editora Patuá, 2019) é um livro de poemas em prosa e o segundo, nessa categoria, publicado pelo escritor e poeta paulistano Ruy Proença. O lançamento do livro ocorreu em outubro de 2019 na Biblioteca Álvaro Guerra, em São Paulo (SP), em conjunto com o poeta Pádua Fernandes, autor do livro “O desvio das gentes”. Na ocasião do evento, houve uma fala dos autores sobre processo criativo. O livro foi selecionado e publicado com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

Com cerca de 112 páginas, “Monstruário de fomes” está dividido em duas partes, assim como “Caçambas”, o livro anterior do poeta. A primeira parte, Estetoscópio, abriga os poemas de uma voz interna, mais ligada à subjetividade do eu lírico; a segunda, Papel-carbono, traz poemas que dão voz à fala alheia. São colagens, paráfrases, reorganização, diálogos com a voz do outro, a partir de escutas, documentários, publicidades, letras de música, poemas, textos jurídicos. Nessa parte, a própria questão da autoria é colocada em causa. Os exemplares da obra estão disponíveis em algumas livrarias físicas de São Paulo e no site da editora por cerca de R$ 38,00 (www.editorapatua.com.br/).

A partir de um comentário pessoal feito por Ronald Polito, que escreveu a orelha de seu livro “Caçambas”,  Ruy decidiu voltar a experimentar o caminho da escrita de poemas em prosa. “Até como uma forma de ‘quebrar’ um pouco a mão, isto é, tentar me desvencilhar de algum automatismo. Aquela coisa, quando você passa a escrever bem com a mão direita, troque de mão e comece a escrever com a esquerda. A poesia tem a ver com essa refundação do olhar, da maneira de criar, enfim, tentar descobrir novos caminhos”, justifica o poeta.

Ruy Proença é um escritor e poeta paulistano nascido em 1957 e residente na mesma cidade. É engenheiro de minas, formado na USP, exercendo a profissão até os dias atuais. Desde cedo interessou-se pela escrita e, particularmente, por poesia. Nos anos 70 teve a oportunidade de conviver com Roberto Piva, Cláudio Willer, Roberto Bicceli e outros poetas a eles ligados. Mas foi no início dos anos 1990 que fez uma opção mais determinada pela poesia.

Junto com Fabio Weintraub, Chantal Castelli, Rodolfo Dantas, Flávio de Souza Corrêa, Cesar Garcia Lima e outros, começaram a trabalhar em grupo com projetos envolvendo pesquisa, criação e divulgação de poesia. O grupo chamava-se “Cálamo” e durou cerca de 12 anos, até o início dos anos 2000. Vários dos participantes são hoje poetas com mais de um livro publicado; alguns, além de escritores, são acadêmicos. Atualmente, Ruy possui seis títulos publicados, além de um livro de poesias e de uma plaquete infanto-juvenil.

No seu primeiro livro, “Pequenos séculos”, de 1985, o autor traz uma sessão de poemas em prosa. Desde então, não mais dedicou-se a esse estilo de poesias, salvo um poema em prosa escrito especificamente para o número 14 da revista Inimigo Rumor, edição especial dedicada à publicação de poesias em prosa. Já em “Caçambas”, o seu penúltimo trabalho, lançado em 2015, o poeta traz poemas versificados. A obra é dividida em duas sessões: Rádio de galena, que traz poemas mais ligados à memória pessoal; e Singular coletivo, que traz poemas mais ligados ao cotidiano urbano.

Poeta Ricardo Escudeiro lança novo livro de poesias com textos que provocam o leitor a certas inquietações

Lançado no último dia 30 de novembro em São Paulo (SP), “A implantação de um trauma e seu sucesso” torna-se o mais novo livro de poesias a entrar para o acervo de publicações do poeta paulista Ricardo Escudeiro. Na obra, com pouco mais de 150 páginas, o poeta transcreve para o papel as suas inquietações a cerca da dura realidade do dia a dia, das perdas daquilo que pareciam conquistas, colapsos sociais, medos, necropolítica, genocídio, e outros pontos que desconfortam o país. O prefácio do livro foi escrito por Penélope Martins e o posfácio é de Donny Correia. A publicação é da Editora Patuá/Editora Fractal (coedição).

As razões para o livro provém de inúmeros fatores: “Por conta de nossos últimos tempos e da nossa realidade atual, com a ascensão disso que ocupa o governo do país, essa mistura de extremismo religioso pentecostal com a ultradireita, prática explícita de necropolítica com a precarização dos serviços básicos afetando diretamente os mais marginalizados socialmente, genocídio dos mais pobres, exaltação de torturadores, etc, talvez seja mais palpável falar em desmotivações e que, a despeito disso, escrevemos. Talvez para compartilhar/incitar desconfortos e estranhamentos”, destaca o autor.

Segundo Escudeiro, provavelmente a escrita inicial, que deu os primeiros passos para o livro, deva ter ocorrido quando ainda era criança. “A ideia de escrever não sei dizer exatamente, mas acho que esse livro começou a ser rascunhado em algum momento entre a primeira vez que quebrei o nariz (quando eu tinha uns seis anos mais ou menos, e caí enquanto brincava) e a primeira vez que li esses versos, do livro Ciclópico olho (2011), de Horácio Costa: [...] & as fraturas / & os desmoronamentos / & as cantigas da gravidade / & o caminho ao pó// o meu caminho / & o muro”, revela ele. Esse seu novo livro já está a venda por R$ 38,00 pelo site da editora (www.editorapatua.com.br/produto/103662/a-implantacao-de-um-trauma-e-seu-sucesso-de-ricar) e pela Patuscada - Livraria, bar e café (Rua Luís Murat, 40 - Vila Madalena), em São Paulo.

“aqui temos uma escrita do sentir. Do sentir como ‘perda irreparável/o terminar de cada dia’. Sentir o ‘projétil diagnosticado como perdido’ – a bala que atravessa a carne como o braço do capitão do mato destruindo tudo pelo trajeto. Sentir a dor do outro, seja em Amityville, em Barbacena ou em ‘pequenópolis’. Sentir ‘a sensação assim em pleonasmo mesmo’ de ‘colar na favela depois da tempestade de vento’ e ver ‘os barracos os negócios todos destroçados’. Sentir a mão cravejada ‘na brita e pela brita’. Sentir o ódio – ‘o pivete estrebuchando’ – e o amor como ‘um instante de ódio’. Sentir o(s) corpo(s), ‘seja em imagem ou som’. Seja em Lynch, Toy Story, Street Fighter. Seja em Henryk Górecki, Facção Central, Rihanna. Seja em Stela do Patrocínio – a loucura, a fome, a rua. Seja em Saramago – a violência revolucionária. Seja em Ricardo Escudeiro – a legião, voz que faz dialogar tantas inesperadas vozes na implantação de um bem sucedido trauma”, escreve Bruna Mitrano na orelha do livro.

Ricardo Escudeiro reside em Parque Capuava, um bairro periférico de Santo André (SP), cidade onde nasceu em 1984. É (ex) metalúrgico e (ex) professor. Autor dos livros de poemas “a implantação de um trauma e seu sucesso” (Editora Patuá/Editora Fractal, 2019), “rachar átomos e depois” (Editora Patuá, 2016) e “tempo espaço re tratos” (Editora Patuá, 2014). Graduado em Letras na USP, desenvolve projetos com interesse em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa e Estudos de Gênero. Atua como editor na Fractal e assistente editorial na Patuá. Idealizou e montou, em parceira com o artista Leonardo Mathias, o work in progress “A mecânica do livro no espaço”, dividido em três temporadas: “piloto”, na Casa da Palavra, em Santo André (2016), “segundo movimento”, na Biblioteca Alceu Amoroso Lima, em São Paulo (2017) e “desmonte”, no Patuscada – café & livraria, em São Paulo (2017).

Possui publicações em mídias digitais e impressas: Escamandro, Germina, Jornal RelevO, Revista 7faces, Mallarmargens, Flanzine (Portugal), Enfermaria 6 (Portugal), Tlön (Portugal), Gazeta de Poesia Inédita (Portugal), LiteraturaBR, Diversos Afins, Ruído Manifesto, Arribação, Poesia Avulsa, entre outras. Traduz, sem periodicidade definida, poemas de poetas brasileiras para o inglês na série “desglutição em outras línguas”, publicada na Mallarmargens. Traduziu poemas da poeta afro americana Nayyirah Waheed, que foram publicados nos formatos PDF, EPUB e MOB para download livre, pelo selo gueto editorial, da Revista Gueto, em 2017. Publicou mensalmente, entre 2014-2016, poemas na Revista Soletras, de Moçambique. Participou das antologias “Os pastéis de nata ali não valem uma beata – antologia de 2017” (Enfermaria 6, 2018), “29 de abril: o verso da violência” (Editora Patuá, 2015), “Patuscada: antologia inaugural” (Editora Patuá, 2016), “Golpe: antologia-manifesto” (Punks Pôneis, 2016) e “Poemas para ler nas ocupa” (Editora Estranhos Atratores, 2016).

“[...] Estes poemas, que trazem em sua forma um quê de prosa – ainda que a pontuação tenha sido deglutida pelo Pantagruel da arbitrariedade que só cabe ao criador –, versam sobre a desagregação, sobre o fundo cego de uma garrafa côncava, o absurdo de um osso que arde quando sente a vibração de um despertador às 6:30 da manhã de uma segunda-feira embargada em ressaca moral adquirida. Em vários momentos, o poliengenhoso boxer Escudeiro parece dar uma dura em Deus e lhe cobrar as contas da pequenópolis que não pediu para nascer. É como se regozijasse no escárnio ao pensar blasfêmias à lá 'Se Deus veio, é bom que esteja armado'. [...]”, texto de Donny Correia, no posfácio da obra.

Lançamento múltiplo terá presença do escritor Fábio Mariano, apresentando o seu novo livro, neste sábado (26) em São Paulo

Com a participação de outros autores, o escritor paulista Fábio Mariano lançará o seu mais novo livro, “Habsburgo”, no próximo dia 26 de outubro na Patuscada - Livraria, Bar & Café, em São Paulo (SP), a partir das 19 horas. O livro é uma novela que gira em torno da vida acadêmica e das amizades. Publicado pela Editora Patuá, conta com o prefácio de Whisner Fraga e posfácio de Cláudia T. Alves. O evento de lançamento será múltiplo, pois serão lançados também os livros “Pornografia em extinção”, com poesias de Gabriel Medeiros; “Tudo que morre pede socorro”, romance de Cinthia Kriemler; “Um clitóris encostado na eternidade”, de Matheus Arcaro; e “O número 1 impresso”, da Revista Gueto. A entrada será gratuita e quem comprar um exemplar da Revista Gueto ganhará uma cerveja ou refrigerante, além de um livro de presente.

“Habsburgo” é uma novela que gira em torno da vida acadêmica e das amizades. O narrador recebe uma ligação inesperada de uma velha conhecida, e, ao encontrá-la, precisa reviver e relembrar a sua trajetória acadêmica e profissional, desde o início do curso de História, na universidade em Cartago, até o momento em que ele se encontra. Essa trajetória é indissociável da amizade entre o narrador, Carlos, e o artista plástico Coca Munhoz. É da relação deles, então, que nasce o livro, e das suas histórias paralelas, de como os dois conquistaram suas posições profissionais atuais, e das feridas que ficaram abertas no meio desse caminho.

“Habsburgo” começou com um curso que Fábio Mariano fez como aluno especial na Unicamp sobre a relação entre professores e alunos na literatura. “Eu já tinha meu mestrado, estava trabalhando como professor no Ensino Médio já havia um bom tempo e, ao longo do curso, o discurso do Escola Sem Partido começou a aparecer e ganhar força, e de lá para cá a situação do professor no Brasil só degringolou. Eu queria repensar a Universidade, a relação professor-aluno, a passagem do tempo, já que, em 2017, fazia dez anos que eu havia chegado à Unicamp, e tudo estava tão diferente... Então durante o carnaval de 2018 eu comecei um rascunho, depois de ter passado 2017 lendo muito sobre a relação professor-aluno e fazendo muitas e muitas anotações. O resultado foi a base de Habsburgo, que eu trabalhei ao longo do primeiro semestre de 2018, e depois revisei, revisei, reescrevi...”, revela o autor.

Fábio Mariano nasceu na cidade de São Paulo (SP), mas mora em Campinas desde os dois anos de idade, o que lhe faz ser praticamente campineiro. É formado em Estudos Literários, possui Mestrado em Teoria Literária, e faz especialização em Relações Internacionais, todos pela Unicamp, universidade que está em sua vida desde 2007 e que possui com ela uma ligação muito forte. É professor de literatura no Ensino Médio e em cursinhos, em diferentes escolas da cidade, onde é conhecido pelo apelido de trabalho, Cazé. Publicou o seu primeiro livro de contos, “O Gelo dos Destróieres”, pela Editora Patuá em 2018. Além disso, publicou também contos nas revistas virtuais Arcádia, Mallarmargens e Literatura e Fechadura, e um miniconto na Antologia do Desejo, organizada pela Editora Patuá para a Casa do Desejo na FLIP 2018.

A obra “O Gelo dos Destróieres” é um livro de contos que gira em torno de um conjunto de personagens, e que se passa no meu universo ficcional, uma cidade chamada Cartago - que é claro, é baseada em Campinas, mas é isso: baseada. É outro lugar. Começou como um estudo desses personagens, e eu vou trabalhar mais com eles. Inclusive, o protagonista de Habsburgo aparece ali, mas como secundário.

Depois do lançamento do livro “Habsburgo” do dia 26 de outubro em São Paulo, outro evento está sendo organizado para a cidade de Campinas, com data definida para o dia 10 de novembro no Alma Coliving (Rua Capitão Francisco de Paula, 264 - Cambuí), a partir das 16h. Os exemplares do livro estão em pré-venda pelo site da editora por R$ 38,00, e após o lançamento, também estará na loja da Patuá no UOL e na própria Patuscada (Rua Luís Murat, 40 - Vila Madalena).

Escritor Geraldo Lavigne de Lemos lança novo livro em São Paulo

“Poética da Existência” é um livro que reúne, em sua grande maioria, os poemas mais recentes e, no mais, alguns poemas antigos do poeta e advogado baiano Geraldo Lavigne de Lemos. Todos os textos são inéditos, e o livro está sendo publicado pela Editora Patuá. O seu lançamento está agendado para o próximo dia 14 de junho, a partir das 19 horas na Patuscada - Livraria, Bar e Café (Rua Luís Murat, 40 - Vila Madalena), na capital paulista. A entrada será gratuita e os leitores de qualquer cidade do país, que realizarem a compra antes do lançamento, receberão o exemplar autografado após o evento.

Na obra “Poética da Existência”, o escritor desenvolve uma temática existencialista, algo que vem desde o seu primeiro livro publicado, e visa discutir esse assunto abordando o existir em suas diversas manifestações. O livro custa R$ 40,00 pelo site da editora (ww.editorapatua.minhalojanouol.com.br/produto/81450/poetica-da-existencia-de-geraldo).

Geraldo Lavigne de Lemos, nascido em Itabuna/BA, radicado em Ilhéus/BA e atualmente residente em São Paulo/SP, é poeta e advogado, graduado em Direito (UESC), especialista em Direito Notarial e Registral (Anhaguera/Uniderp) e em Gestão Pública (UESC) e mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente (UESC), membro da Academia de Letras de Ilhéus.

Publicou nas revistas Revista da Academia de Letras da Bahia, Diversos Afins, Mallarmargens, Subversa, InComunidade e Fuxico, além dos jornais Diário de Ilhéus (Ilhéus/BA) e A Gazeta (Vitória/ES). Foi curador do II Festival Literário de Ilhéus, parecerista ad hoc da Editus e membro de comissão julgadora de concursos literários. O seu perfil no Instagram é @geralavigne.

Outros livros publicados pelo escritor, são: “À Espera do Verão” (Editora Mondrongo, 2011, poesia”; “Amenidades” (Editora Mondrongo, 2014, poesia); “Alguma Sinceridade” (Editora Mondrongo”, 2014, poesia); “Massapê: Solo de Poesia” (Editora Mondrongo, 2016, poesia); e “Poemas furta-cores” (Editus - Editora da UESC, 2018, poesia).

“Passagem”, novo livro de poesias da mineira Amanda Vital será relançado em junho

Será relançado no mês de junho, em São Paulo, o segundo livro de poesias da poeta mineira Amanda Vital. A obra traz o título “Passagem” e reúne 25 poemas com temáticas entre amor, família, metafísica, religião, mitologia, linguagem e experiências pessoais. A edição é da Editora Patuá com cerca de 84 páginas. O relançamento será no dia 7, a partir das 19 horas, na Patuscada - Livraria, Bar & Café (Rua Luís Murat, 40 – Pinheiros). Haverá sessão de autógrafos e a obra será vendida por R$ 38,00. A entrada será gratuita.

“O livro tem poemas dedicados a alguns poetas que fazem parte das minhas leituras mais frequentes, como Sérgio de Castro Pinto e Marceli Andresa Becker”, diz a poeta. A orelha do livro foi escrita pelo professor e escritor Márcio Leitão, o prefácio foi feito pela escritora Ana Farrah Baunilha, e o posfácio é de Nuno Rau, escritor e editor da revista Mallarmargens. “Passagem” já está disponível pra venda no site da editora, pelo link: www.editorapatua.minhalojanouol.com.br/produto/23369/passagem-de-amanda-vital.

“O Passagem nasceu de um tipo de poesia que venho escrevendo desde 2016, que notei ser bastante diferente da poesia do meu primeiro livro. Percebi uma mudança no estilo e resolvi publicar uma seleção dos poemas que posto nas redes sociais e nos blogs, depois de algum tempo de estudos mais aprofundados sobre poesia dentro do meu curso”, diz a poeta. O intuito do livro é marcar uma “passagem” de estilo, marcar esse novo caminho que em que a autora vem construindo e que tem lhe deixado mais confortável e satisfeita.

“Na página em branco da escrita, Amanda Vital cria as mais belas metáforas. Como se o vazio fosse a inspiração para o escritor dar o gatilho nas palavras, seus versos revelam a maestria que envolve o silêncio nos novelos criativos da poesia que une o concreto e o abstrato em versos inusitados e originais. Sua linguagem fala da natureza, mas também das regiões longínquas da psique. O vão e a lacuna são o intervalo necessário para que a voz produza seus gemidos e gritos. Amanda Vital percorre as palavras com seu corpo afinado com as reticências e reentrâncias da urdidura textual”, escreve Alexandra Vieira de Almeida.

Amanda Vital tem 23 anos, é de Ipatinga (MG) e mora atualmente na capital Belo Horizonte, onde cursa Letras (Bacharelado em Estudos Literários) na UFMG, curso que iniciou na UFPB. Entre 2014 e 2016, participou do grupo Aedos de declamação, em João Pessoa. Atualmente, faz parte do conselho editorial da revista de literatura e arte Mallarmargens e posta seus poemas nos blogs coletivos Zona da Palavra, Equimoses e em seu blog pessoal, Amanda Vital Poesia. Também tem poemas publicados em revistas e jornais literários como Relevo, Ruído Manifesto, Germina e Literatura e Fechadura. O seu primeiro livro publicado foi “Lux” (Editora Penalux, 2015), que traz um compilado de poemas que Amanda escreveu entre 2014 e 2015, com seus primeiros trabalhos e experimentações com poesia.

“E vejo a instigante foto de uma garota de apenas 23 anos. Ela parece estar em um parque de diversões. Foi flagrada no instantâneo da fotografia de olhos fechados, como se estivesse a sonhar com aqueles brinquedos ou, quem sabe, muito longe dali a sonhar outros universos? Impossível dizer pela foto, mas não pelo que essa mesma garota escreve […] A garota chama-se Amanda Vital. E o poema é o que abre o seu novo livro de poesias. Passagem reúne apenas 25 poemas nos quais fica patente, dentre outras coisas, a forte sensação de que a poesia, numa abordagem primeira, é aquilo que se entende pela linguagem dos sentimentos. É como se, nela, se pudesse ou se possa recriar o que se sente, funcionando esta como um veículo transmissor daquilo que não conseguiríamos, de outra forma, expor”, trechos da resenha de Krishnamurti Góes dos Anjos, sobra a obra.

Primeiro livro de poesias da escritora Maria Mortatti será lançado este mês em São Paulo

Breviário Amoroso de Sóror Beatriz é o primeiro livro de poesia da escritora paulista Maria Mortatti que reúne escritos poéticos guardados há várias décadas, com anotações da rotina religiosa registradas nas páginas dos diários de Sóror Beatriz. O livro é uma edição da Editora Patuá com 76 páginas e será lançado no dia 18 de maio de 2019 em São Paulo (SP). O evento acontecerá na Patuscada - Livraria, Bar & Café (Rua Luís Murat, 40 - Vila Madalena) a partir das 19 horas, com entrada gratuita. Os exemplares da obra já estão disponíveis para venda pelo site da editora.

“Em Breviário Amoroso de Sóror Beatriz estão reunidos poemas escritos entre 1976 e 1993, por uma mulher que renunciou à vida comum para se dedicar à vida monástica. Dispersos entre anotações da rotina religiosa registradas nas páginas de seus diários - localizados há alguns anos no convento em que ela viveu reclusa até a morte -, os poemas reunidos neste livro, ao mesmo tempo em que evocam o ritual silencioso de recitação da liturgia do ofício divino, possibilitam entrever os profanos mistérios gozosos, dolorosos e gloriosos da vida íntima da fiel esposa de Cristo, transitando entre a submissão e a transgressão, a devoção e a heresia. Através das frestas do hábito, os poemas de Sóror Beatriz devassam a humana condição feminina.”

Maria Mortatti nasceu em 1954 na cidade de Araraquara/SP, onde estudou até a graduação em Letras. Atuou como professora de língua portuguesa e literatura no ensino fundamental e médio. É mestre e doutora em Educação e Professora Titular e pesquisadora na Universidade Estadual Paulista - Unesp, campus de Marília. É Presidente Emérita da Associação Brasileira de Alfabetização – ABAlf. Além de contribuir para a formação de milhares de professores e dezenas de pesquisadores, publicou livros, capítulos e artigos científicos sobre alfabetização, ensino de língua e literatura e recebeu o Prêmio Jabuti - Educação em 2012. Os dois livros mais recentes são: Entre a literatura e o ensino: a formação do leitor” (2018) e Métodos de alfabetização no Brasil: uma história concisa” (2019), ambos pela Editora Unesp. Há mais de quatro décadas, escreve também textos literários, como os reunidos nesse livro de estreia como poeta.

Os exemplares do livro Breviário Amoroso de Sóror Beatriz estarão à venda por R$ 40,00 (pagamentos em dinheiro e cartões de débito e crédito) no dia do lançamento, e os leitores, de qualquer cidade do país, que realizarem a compra antes do evento receberão posteriormente os exemplares autografados. Pelo site da editora (https://www.editorapatua.com.br/) a obra está pelo mesmo valor.

Confira abaixo o trecho de um dos poemas que consta na quarta-capa do livro:

[...]
Não sei se é poesia ou víscera 
isso que mostro.
Sei apenas que, do lado de dentro,
alguma coisa cresce e remexe
como lava no vulcão.
Eu simplesmente cedo
ao impulso de parir palavras,
apará-las em trapos de papel
e soltá-las na vida
com um sopro de alívio.
[...]

Poeta paulistano Rafael Cury publica livro de poesias com referências à vida diária e aos objetos domésticos

Nascido a partir de um sentimento de abandono e de ausência, o livro “Inventário Doméstico” é uma publicação poética que fala sobre os objetos da casa em momentos de solidão. A obra, escrita pelo paulistano Rafael Cury, traz poesias sobre a máquina de lavar, sobre os cabides, sobre o jantar. Juntos delas, algumas outras que falam de sentimentos durante os trajetos diários: a ida ao trabalho, a vizinhança, o passeio pela rua. A edição é da Editora Patuá e será lançada na próxima sexta-feira (22) em São Paulo (SP).

E se as coisas tivessem uma história para contar? Os cabides, a máquina de lavar, o vaso de flores mortas? Cada poesia deste livro nasceu assim: do estranhamento dos objetos do apartamento de um ser recém-solitário. É o diálogo urgente com o abandono de alguém que resolveu não gritar. Então o grito surge em versos urgentes, aparentemente simplórios, todos verdadeiramente necessários. Neste livro essas coisas aparecem com numerosos sentimentos. Alguns exagerados, outros egoístas, todos absolutamente humanos.

Rafael Cury é paulistano, formado em Comunicação Social, violonista, guitarrista, compositor, redator publicitário e poeta. Já teve poesia infantil publicada na Revista Crescer, da Editora Globo, um conto publicado na Revista Cult e duas poesias na antologia “Casa do Desejo”, da Editora Patuá. Tem também, no Instagram, um projeto chamado Poesia Curta (instagram.com/poesiacurta). Como músico já se apresentou nas noites paulistanas ao lado de bandas, cantoras, e hoje dedica-se a um trabalho autoral. “Inventário Doméstico” é o seu livro de estreia.

“Inventário Doméstico” contém cerca de 100 páginas e está à venda por R$ 38,00 pelo site da editora (https://editorapatua.minhalojanouol.com.br/produto/73864/inventario-domestico-de-rafael-cury). O lançamento do dia 22 de março será na Patuscada – Livraria, Bar & Café (Rua Luís Murat, 40) a partir das 19 horas, com entrada gratuita.

Wanda Monteiro publica novo livro de poesias com o título “A Liturgia do Tempo e Outros Silêncios”

Novo livro da poeta Wanda Monteiro é publicado sob o título “A Liturgia do Tempo e Outros Silêncios” pela Editora Patuá. Na obra, a escritora constrói uma narrativa poética que discorre sobre a realidade e os seus espectros no tempo e no espaço, ou a ilusão que temos dela. O livro já se encontra em pré-venda pelo site da editora e terá o seu primeiro lançamento no próximo dia 16 de fevereiro, às 19 horas, em São Paulo, na Patuscada – Livraria, Bar e Café (Rua Luís Murat, 40 - Pinheiro).

“O que temos e o que podemos reter, apreender, são apenas espectros de uma aparente realidade tridimensional. Para o humano, a realidade é feita de sentidos. Vivê-la é um mero processo mental. O cotidiano, sua uniformidade, o tédio de sua rotina, tudo isso martela minha consciência”, escreve a autora. “Sou atraída pelo insólito, pelo incomum, pelo extraordinário da realidade. É essa argamassa que eu transformo em supra-realidade. E é essa amorgrafia o meu barro para modelar a palavra poética”, finaliza. O seu livro atual fala dessas inquietações. Diz desse desassossego, de para além da subjetividade, saber da vida o seu deslimite.

“Wanda Monteiro faz do tempo um templo de mudez, de silêncios e vazios, mas também do dom da escrita: no exato ato da escrita/não há nada fora do tempo. O tempo é sagrado porque recria o mundo pela palavra. É como o retorno ao ato inaugural. O poema, a linguagem é terra, fogo, ar e água. Tem a força metamorfótica de Proteu e a imaginação de Ícaro em querer alcançar o sol dos sonhos e da imaginação fértil. As palavras têm asas na sua dominação aérea que ultrapassa os sentidos: no gargalo da garganta/ergue-se um mausoléu de asas/em santo sepulcro de palavras aladas. Para Platão, a verdade é alétheia, ‘não esquecimento’. Wanda Monteiro não bebe das águas do Lethes: esquecer é silenciar o ser. A memória compõe nossa essência e é domada pelo tempo sempre presente. A nossa subjetividade é controlada pelo tempo. E a escrita está dentro dele, como diz a poeta. O ser é uma fera aprisionada pelo tempo seu algoz mais cruel a corroer tudo com suas mãos proeminentes”, escreve a escritora Alexandra Vieira de Almeida.

“Em A LITURGIA DO TEMPO E OUTROS SILÊNCIOS, a palavra poética de Wanda Monteiro é um rio que milagra. É flor que o rio lava, flor que o rio (en)leva, flor que o rio (en)lama. É rama bordada com o linho verde das águas… A poeta corporifica a fluidez, contorna o movimento,  como se da chuva, sobre um rio de palavras, adentre o verbo para conduzi-lo ao silêncio que a tudo enlaça e tudo vê. Para ela, o tempo é CHÃO ITINERANTE a mover-se caudaloso num rio de memórias. Lúcida, Wanda Monteiro sabe do ato litúrgico do dizer poético e que esse dizer é também matar, é também perder, é também violar O IMPLACÁVEL SILÊNCIO DO VERBO”, cita Lázara Panpadrea (escritora).

Wanda Monteiro é advogada e escritora, uma amazônida nascida à margem esquerda do rio Amazonas no Pará, mas que vive atualmente em Niterói, no Rio de Janeiro. Tem seus textos publicados em várias revistas literárias, virtuais e impressas, tais como: Acrobata, Diversos Afins, Gueto, Ruído Manifesto, Mallarmargens, Zona da Palavra, Intacta Retina, Relevo, In Comunidades, LiteraturaBr, Vício Velho, DesEnredos, Senhoras Obscenas, Amaitê, e outras. Atua como colaboradora em vários movimentos de incentivo à leitura no Brasil. Suas obras já publicadas inclui: “O Beijo da Chuva” (Ed. Amazônia, 2008); “ANVERSO” (Ed Amazônia, 2011); “Duas Mulheres Entardecendo” (Ed. Tempo, 2015); “Aquatempo” (Ed. Literacidade, 2016). Uma novidade, é que o próximo livro da autora terá o título “A Filha do Rio”, uma biografia romanceada sobre os anos vividos na ditadura militar no Brasil.

“A Liturgia do Tempo e Outros Silêncios” também será lançado ainda no Rio de Janeiro como parte da programação do projeto Rio de Versos no CCBB, projeto sob a curadoria de Sady Bianchin. Outro lançamento ocorrerá também em Belém do Pará, no projeto sob a curadoria de Giselle Ribeiro, Palavra de Poeta, na livraria FOX no dia 11 de março às 19 horas. O livro custa R$ 38,00 pela loja online da editora (aqui).

“Nervura”, novo livro do poeta Carlos Orfeu será lançado este mês em São Paulo

“Nervura” é um livro de poesias e o mais recente trabalho do poeta carioca Carlos Orfeu. A obra conta com 108 páginas e está sendo lançado pela Editora Patuá, e nela o autor fala de mutilações, cicatrizes incuráveis. O lançamento será no próximo dia 16 de fevereiro na Patuscada – Livraria, Bar & Café (Rua Luís Murat, 40 - Pinheiros), em São Paulo (SP), a partir das 19 horas. O evento é parte da celebração do aniversário de 8 anos de existência da editora. A entrada será gratuita. 

A escrita do livro “Nervura” partiu do “enfrentamento da carne e existência”, segundo o autor. “Vivemos mutilações diárias. O livro fala sobre isso, mutilações de nós, ausências, e busca de um nome como pele e morada”, explica ele. “No solo que habitamos como ser-aí perdemos todos os dias o sentido das manhãs. O Nervura é uma imersão nos recônditos da carne”, assim descreve o livro. A obra custa cerca de R$ 38,00 pelo site da editora (clique aqui).

“Este conjunto de poemas, em sua concisão e sua gravidade, parece querer promover uma deformação na superfície da esfera de aço, armar a nervura contra um real sem ponto fixo, sem bordas, limites. [...] Esta nervura, como era de se esperar, não emerge do aço das aparências de modo pacífico, mas pela tensão entre o dito e o não dito, como num conflito entre luz e sombra que encena o impasse entre o dizível e o indizível; é preciso romper de algum modo com nossas formas de relação com o real, e o poema encena uma das possibilidades deste rompimento pondo em cena um jogo de sentidos, a tensão instauradora do espaço em que o poema se inscreve quando gera a fissão do aço pela energia gerada entre os âmbitos de dizer e calar”, escreve o poeta Nuno Rau, no posfácio da obra

Carlos Orfeu nasceu em Queimados, na Baixada Fluminense. Traz na carne de seus poemas o barro e as pedras das suas moradas. Tem suas obras publicadas nas seguintes revistas e sites literários: Germina, Gueto, Janelas em Rotação, Literatura BR, Agulha, Mallarmargens, (In)comunidades, Zona da Palavra etc. Lançou em 2017, o livro “(In)visíveis Cotidianos”, pela editora Literacidade, e tem o mais recente livro “Nervura” publicado esse ano pela Editora Patuá. No primeiro livro, o poeta busca falar das coisas indizíveis, os pequenos nadas do cotidiano, dando uma nova significância a coisa, uma outra percepção e vida.

Amor pela escrita: poeta paulista Marcelo Pierotti reescreve livro de poesias depois de perder tudo o que já estava pronto

Será lançado neste sábado (12) em São Paulo (SP) o segundo livro do poeta paulista Marcelo Pierotti. “Cínico”, publicado pela Editora Patuá com 120 páginas, traz poesias que refletem sobre aquilo que pretendemos encontrar dentro do que achamos impossível. Os textos são reescritos do poeta que teve de recomeçar todo o trabalho depois de ter perdido tudo aquilo que já estava quase pronto para publicação. A obra será lançada na Patuscada - Livraria, Bar & Café (Rua Luís Murat, 40 – Pinheiros), a partir das 19 horas. A entrada será gratuita.

Os poemas do livro “Cínico” tratam principalmente da impossibilidade, seja de alcançar ou compreender o outro, encontrar um lugar no mundo, desfrutar completamente do amor, entender o próprio papel dentre a profusão de coisas que simplesmente existem, ou comprar um maço de cigarros quando o dinheiro acaba. A obra custa R$ 40,00 pela loja online da editora (Clique aqui).

Sobre o surgimento do livro “Cínico”, Pierotti comenta: “Não consigo retroceder até o nascimento da ideia. Acho que, na verdade, foi algo bastante gradual. Estava trabalhando num poema longo, todo fragmentado, e numa série de poemas curtos. Já fazia coisa de três ou quatro anos que meu primeiro livro, o Domingo No Matadouro, havia sido lançado, e as coisas todas meio que se misturaram: o poema longo virou o núcleo do livro, a série parecia dialogar bem com ele, e os textos acumulados eram o bastante para permitir uma seleção que se encaixasse na proposta da obra. Quando vi, já estava criando uma estrutura e dando os arremates finais”.

“Cínico” veio de textos reescritos por Marcelo, tendo em vista que no início, quando tudo quase pronto, o pendrive com todo o trabalho acabou sendo furtado junto de uma mochila, no meio de uma confusão em algum ponto do centro de São Paulo. O poeta passou dois meses jurando que nunca mais iria escrever poema algum. Voltou a traz e reescreveu tudo. “A fatalidade talvez tenha sido providencial: não sei se a primeira versão do livro estava à altura do que acabou seguindo para a editora”, diz ele.

Marcelo Pierotti nasceu em Tatuí, interior de São Paulo, no ano de 1984. De lá para cá, morou num bom número de cidades, como Itu, Itapeva, Rio Claro, Pirassununga, Florianópolis (por duas semanas, uma das quais na rua, mas sempre contabiliza), dentre outras. Esteve em São Paulo por mais de dez anos. Lá deixou uma graduação em Letras e outra em Filosofia incompletas, lançou o seu primeiro livro, viu o nascimento do seu filho e trocou umas quatro ou cinco vezes de emprego. Hoje vive novamente em Sorocaba, onde passou sua adolescência, cidade mais próxima de um lar que conseguiu arranjar.

Teve alguns trabalhos publicados em revistas virtuais e zines; nunca terminou qualquer faculdade (apesar de ainda alimentar esperanças). Escreveu contos, poemas, posfácios e outras coisas. Desenha desde sempre, mas só agora resolveu se sobrecarregar com mais essa atividade a sério.

O seu primeiro livro escrito foi “Domingo No Matadouro”, em 2013, também lançado pela Editora Patuá. “Gosto de pensar nele como meu volume de poemas de quarto de pensão, até porque foi num quarto desses que ele foi escrito”, relata. O livro possui um registro meio melancólico e seco, às vezes cruel, tratando de morte, perda e a vida pequena. “Domingo No Matadouro”, faz parte da Coleção Patuscada, contemplada com o ProAC 2012 da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.

Resenha: Egonia - Fernando Ramos

Livro: Egonia
Autor: Fernando Ramos
Ano: 2018
Gênero: Romance
Editora: Patuá
Classificação: 3/5 estrelas
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Sobre o autor: Fernando Ramos nasceu em São Paulo em 1984. Formada em direito, é escritor, cineasta, artista plástico e compositor. Morou por 2 anos em São Luís, no Maranhão. Foi assistente de direção do cineasta Frederico Machado no primeiro longa-metragem do Maranhão. Possui dois livros prontos, o romance “Egonia - 9mm de Prosa”, e o livro de poemas “Aos tímpanos da zacroqueia”. Mas “Egonia” é o primeiro livro publicado sozinho, sem coautores.

Resumo: O livro mostra pensamentos de um roteirista de cinema que entra em depressão depois de uma desilusão amorosa, ser despejado de casa e começar a morar em uma ocupação em um prédio no centro de São Paulo. A narrativa é um testamento em forma de prosa poética, onde é escrito em uma folha de papel-em-branco.

Conclusão: Seus pensamentos e narrativas psicológicas mostram uma visão um pouco revoltada sobre a sociedade. Sub-textos de todos os aspectos de uma mente que já perdeu tudo e não se importa com as palavras escritas em uma folha de papel-em-branco. O livro nos transmite uma crua visão da sociedade, sem efeitos ou ilusões.

Em primeiro livro, autora paulista traz histórias de personagens que habitam a periferia de São Paulo

Lançado em fevereiro deste ano, em São Paulo, “Perifobia” é uma coletânea de contos, da autora paulista Lilia Guerra, que se desenvolvem num mesmo ambiente, em geral, histórias de personagens que habitam a periferia de São Paulo. O livro está sendo publicado pela Editora Patuá com 312 páginas e custa R$ 42,00 pela loja online da editora.

Há outros textos, não integrantes do livro físico, disponíveis na página @textopreto no Facebook. O intuito da página é oferecer acesso à literatura, utilizando a plataforma digital de forma gratuita e fomentar o hábito da leitura, aliada ao contato direto e imediato com o leitor, que pode manifestar-se e interagir expressando suas impressões.

Lilia Guerra é uma autora paulistana nascida em 1976. É servidora pública municipal, lotada na Secretaria da Saúde, onde atua na área de testagem e prevenção de infecções crônicas. É casada há 27 anos e tem duas filhas. “Há algum tempo escrevo novelas e contos para a página literária Texto Preto, no Facebook. Os leitores do TP, solicitavam sempre que os contos fossem compilados e impressos. Daí, a ideia do livro”, diz ela sobre “Perifobia”.

A autora já participou de algumas coletâneas de contos e, em 2014 publicou o seu primeiro livro solo com o título “Amor Avenida”, pela Editora Oitava Rima. A obra trata-se de um romance de memórias, baseado em fatos reais e, na pesquisa de antigas correspondências arquivadas por sua mãe ao longo dos anos.

“Pela Primeira Vez Em Muito Tempo” é o título do primeiro romance do paulista Vinícius Bopprê

Com 165 páginas, o primeiro livro do paulista Vinícius Bopprê é um romance de ficção que recebe o título “Pela Primeira Vez Em Muito Tempo”, publicado pela Editora Patuá. A obra, lançada no último dia 20 de junho em São Paulo/SP, traz vários personagens que não têm nenhuma ligação entre si, e o que os une, dentro da narrativa, é o fato de estarem passando pelo exato momento em que algumas coisas podem se transformar.

“Pela Primeira Vez Em Muito Tempo” é um livro que fala sobre pessoas, sobre família, sobre o que acontece durante um momento de transição. “Acho que é um livro que pode conversar com leitores interessados em narrativas mais lentas, psicológicas, mas acho isso muito incerto. Pelo fato de ter personagens de várias faixas etárias, também não vejo restrição quanto a idade”, diz Vinícius Bopprê.

“...Os personagens estão prestes a pisar em terreno desconhecido, aquele que a vida nos estende quando viramos um quarteirão sem saber o que nos espreita depois da esquina. Um homem aguarda a chegada da mulher para um jantar em que um assunto delicado virá à pauta. Mãe e filha tentam reerguer a ponte entre elas. Um jovem entra no avião que o levará ao outro lado do mundo. Um pai aflito acompanha uma partida do filho no videogame. Uma jovem tem algo a contar ao irmão. Um imprevisto durante um crime leva a outro, mais grave. Esses núcleos se alternam como se os víssemos em câmera ultralenta, e com lente de aumento...”, escreve o jornalista e professor Sérgio Rizzo, na orelha do livro.

“A ideia do livro surgiu muito de repente, depois de um momento pessoal um tanto turbulento, cheio de mudanças. Como acontece muitas vezes, comigo e, certamente, com outras pessoas, surgiram as primeiras frases de um possível personagem. A partir daí, começou a ganhar corpo bem rápido, sem muito planejamento”, diz Bopprê sobre o seu livro. Por R$ 40,00, a obra pode ser adquirida através da loja online da editora (https://bit.ly/2MBkMUb).

Vinícius Bopprê tem 26 anos, é jornalista de formação e trabalha essencialmente com documentários. Hoje, seu principal projeto audiovisual chama-se “Rua Comprida”, publicada em formato de websérie e que, em breve, deve virar filme. O autor nasceu e vive na zona norte de São Paulo/SP.

Por ventura, estavam abertas as inscrições para o Prêmio Sesc e Vinícius decidiu, pela primeira vez, encarar o livro como um trabalho e respeitar o prazo exigido no certame. Ele estabeleceu metas de quanto precisaria escrever por dia, e trabalhou na obra. Não foi selecionado para o então Prêmio, mas meses depois, teve uma menção honrosa no Prêmio Minas Gerais de Literatura 2016, o que lhe surpreendeu bastante, e o deixou bem feliz também. “Posso dizer que essa foi a primeira experiência que tive encarando a literatura dessa forma”, revela.

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