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Literatura e memória: Em podcast, Saulo Barreto faz um mergulho na arte de escrever e na pesquisa histórica

Durante entrevista em podcat do canal Hipertexto, o poeta e filósofo Rogério Rocha promoveu um bate-papo enriquecedor com o escritor e pesqu...

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Livro “Santas Sem Igreja”, estreia de Jadir Souza, revela a fé em Maria e Augustinha, em Juazeiro (BA)


O jornalista Jadir Souza lançou em outubro do ano passado seu primeiro livro, intitulado “Santas Sem Igreja: a devoção à Maria e Augustinha no interior da Bahia”. O evento, com sessão de autógrafos, aconteceu no dia 31 de outubro, no Centro de Cultura João Gilberto, em Juazeiro (BA). A obra, que resulta de cinco anos de pesquisa, narra as histórias de fé em torno das irmãs Maria e Augustinha, conhecidas como “Santas Caririzeiras”, mesmo sem o reconhecimento oficial da Igreja Católica.

O livro, publicado pela Editora Vecchio, apresenta relatos de fiéis que, todos os anos no dia 2 de novembro, se reúnem na capela dedicada às irmãs no povoado Poções, em Juazeiro. O povo credita à elas diversos fatos considerados milagrosos. Mesmo sem o reconhecimento da Igreja Católica, a festa em homenagem às Santas reúne centenas de sertanejos de várias cidades da região.

“Santas Sem Igreja” tenta reconstruir os passos que trouxeram as irmãs Maria e Augustinha do Ceará até à Bahia, e narra histórias impressionantes de fé e devoção, como a de um homem que arrastou uma cruz de 20 quilos por mais de 70 quilômetros em agradecimento a uma benção alcançada através das Santas. 

A publicação do livro foi possível graças ao apoio da Lei Paulo Gustavo - Bahia, que visa apoiar o setor cultural no estado. Os exemplares da obra foram doados a escolas, universidades e bibliotecas da região, ampliando o acesso das comunidades locais à história das Santas.

O autor já expressou em eventos e entrevistas sua satisfação em poder compartilhar essas histórias tão importantes para a comunidade de Juazeiro. E enfatizou que a obra não busca uma verdade única, mas sim registrar a fé das pessoas em Maria e Augustinha, quais ainda são desconhecidas por muitos.


Jadir Souza é o pseudônimo de Jadnaelson da Silva Souza, nascido em Juazeiro (BA) no dia 11 de julho de 1990. É formado em Comunicação Social/Jornalismo pela Uneb (2013) e possui o título de Mestre em Educação pela mesma instituição (2023).  Além disso, possui Especialização em Assessoria de Comunicação pela Facape (2015). Já atuou como fiscal agropecuário na Adagro (2008-2013), na TV Grande Rio, afiliada à Rede Globo (2013-2016), e como jornalista na UFRN (2016-2019) e no IFPE (2019-2020). Atualmente, é jornalista no Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IFSertãoPE).

Carlos Eduardo Amaral expande sua escrita e publica “Sem Relva”, o seu primeiro romance

Após publicar uma série de livros-reportagem, o escritor pernambucano Carlos Eduardo Amaral publica “Sem Relva”, o seu livro de estreia na categoria romance. A obra é uma publicação independente com 144 páginas e traz uma série de referências intertextuais - umas explícitas, outras implícitas e mais algumas ocultas - que jogam com a inteligência e a cultura geral do leitor a cada capítulo. A trama se desenvolve em torno de um pastor evangélico e um de seus filhos, preso pela polícia durante uma manifestação popular. O romance tem previsão de continuação, tornando-se assim uma trilogia, a ser finalizada nos próximos livros. Os exemplares da obra, impresso e e-book, estão disponíveis na Amazon e custam R$ 40,00 e R$ 10,00, respectivamente.

Em um cenário de ampla insatisfação popular no Recife, é organizado um protesto violento que resulta na detenção do grupo de liderança após confronto com a polícia. Um dos detidos, e seu pai, um pastor evangélico, têm a oportunidade de discutir ressalvas e mágoas entre si, e expõem as mazelas das pequenas e grandes corrupções do dia a dia que alimentaram com o intuito de garantir aceitação de grupo e ascensão social. Durante a detenção policial, a investigação sobre a rede de contatos que sustenta o movimento dos manifestantes consegue atingir o objetivo, mas ainda existe um ponto inconveniente a ser resolvido pelos inquisidores… Os maus-tratos aos animais, a crítica aos preconceitos burgueses, o trabalho de base das comunidades evangélicas e o comportamento da imprensa, completam o quadro sociológico dessa ópera contemporânea do cotidiano recifense travestida de romance.

“Escrever uma trilogia é uma tentação entre escritores de ficção iniciantes. Mas vi que teria fôlego para desenvolver o projeto, tanto que já estou na metade final do segundo livro da série. Entrementes, finalizei uma novela, biografias imaginárias de compositores de frevo, que deverá ir ao prelo no final de 2020 ou início de 2021”, revela Carlos Eduardo Amaral.

O período de produção do livro “Sem Relva” foi entre novembro de 2018 e maio de 2019, exatos seis meses, tempo qual o autor costuma gastar e que se impõe para a execução de um livro ou de uma composição musical que exija mais elaboração. “A história não tem nada de baseada em eventos reais. Contudo, ela possui muitos elementos intertextuais, homenagens pessoais e referências a lugares e eventos próximos, que comentei em uma espécie de making of do livro, intitulado Poslúdio a Sem Relva, disponível apenas em versão e-book”, lembra o autor.

Um detalhe da estruturação da narrativa da obra, notado a partir do sumário, é a divisão de capítulos como se fossem cenas de uma ópera, algo que também será característico dos outros dois romances da série. Os títulos dos capítulos (ária, duo, cena, coral etc.) definem ou o tipo de narrador (em primeira ou terceira pessoa), ou os personagens-foco do narrador, e trazem títulos em língua operística (o italiano, no caso de "Sem Relva"), que remetem à carga dramática de algum momento particular do capítulo.

Carlos Eduardo Amaral nasceu em Olinda (PE) em 1980. É jornalista, crítico musical, pesquisador e mestre em Comunicação pela UFPE como bolsista da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe). Como pesquisador e crítico, foi agraciado com prêmios da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e do Ministério da Cultura. Organizou a Coletânea de crítica musical “Alunos da UFPE” (produção independente), colaborou com o livro “O ofício do compositor” (Editora Perspectiva), e como jornalista atuou no festival Mimo entre 2007 e 2014, além de escrever para a revista Continente, da Cepe, desde 2006.

Atualmente, aventura-se pela seara da composição musical e coordena a assessoria de comunicação da Orquestra Criança Cidadã. É detentor da Legião de Honra Ativa e do Grau de Chevalier da Ordem DeMolay. Dentre seus livros estão: “Clóvis Pereira: No Reino da Pedra Verde” (Cepe, 2015); “Maestro Formiga: Frevo Na Tempestade” (Cepe, 2017); “Maestro Duda: Uma Visão Nordestina” (Cepe, 2017); “Getúlio Cavalcanti: Último Regresso” (Cepe, 2017); e “Jota Michiles: Recife, Manhã De Sol” (Cepe, 2019). O livro “Sem Relva” pode ser adquirido pelo link: https://bityli.com/sTN8e.

“A Festa de Mulundús”, de Odorico Maia, traz narrativa que vai além de um simples relato festivo

Festa em Mulundús (1953)
Na crônica “A Festa de Mulundús”, publicada no antigo periódico “Maranhão”, em 1947, o então colunista Pe. Odorico Maia faz uma narrativa sobre a sua visita à Mulundús, uma comunidade rural de Vargem Grande, no interior do estado do Maranhão, para acompanhar de perto as festividades em honra a São Raimundo Nonatos dos Mulundús, o vaqueiro que se tornou santo pela fé do povo e que hoje tem uma das maiores festas religiosas do país. O texto fora dividido em três partes, onde o autor narra com detalhes como foi a sua trajetória até o local da festa. A publicação, aos olhos da crítica, passa além de uma simples matéria jornalística, para um texto que, se levado a fundo, traria uma excelente narrativa para um livro rico em informações.

A leveza da escrita e a forma de expor as informações, são detalhes que prendem o leitor a uma viagem no tempo por meio da leitura, a fim de conhecer mais sobre a festa do Santo  Vaqueiro que hoje possui milhares de devotos pelo mundo todo. Confira os textos completos na íntegra:

Parte I

A primeira vez que fui a Mulundús, no ano de 1923, acompanhava D. Otaviano Pereira de Albuquerque, então arcebispo do Maranhão, que quis ver pessoalmente o local e o movimento de romeiros. O capuchinho Frei Ângelo de Vignola, especialmente convidado, fazia parte da comitiva do metropolita, com a missão principal de pregar às missas.

Chegamos à povoação Pirapemas após ótima viagem de trem, e, depois de uma refeição gentilmente oferecida pelo chefe de família que nos recebeu. Aguardamos as alimárias que nos levariam à capela na margem esquerda do Rio Itapecurú. Montamos às 4 horas da tarde. Frei Ângelo, bom cavaleiro, tomou a dianteira, animadamente, mas, antes de correr duzentos metros, encontrou um casebre com um caibro muito desviado da parede ameaçando-lhe as barbas. Sem poder moderar a marcha do burrinho árdego, declinou o corpo para trás com tanta má sorte que rolou de sela e foi ao chão de cabeça para baixo. Levantou-se rapidamente, retomou a sela quase de um pulo, e, para não ouvir as risadas dos espectadores, deu de esporas no burro e disparou no encalço de D. Otaviano, que já estava longe, rindo da primeira peripécia cômica da excursão. Mal cavalgamos meia hora, avistamos a capela de Pirapemas e o casario pouco numeroso, acompanhando sinuosamente a margem do rio. Naquele lugarejo demoramos dois dias. Investido nas funções do vigário, entrei, pela primeira vez, em contato com a alma e o coração do povo simples que chamamos "matutos" ou "gente do mato". Que boa gente! Vale a pena o trabalho de um padre catequizando, pregando, confessando, batizando, casando e conversando com campônios tão ingênuos, tão sinceros e tão livres de artifícios.
Ouvem-se coias destas:
- Menina, tu ainda não tomô o Senhor? Marcha já pr'a cá, sinão tu não toma ele.
- Mamãe, a barba do frade parece barba de cabra!
- Cala a boca, doido! Tira o cão da boca, menino! Vejam só! Tomara que ele escute.
- Joana tá com o tal de bartacan. Cruz! Credo!
Uma mulherzinha perguntou-me:
- Sinhô, padre, vai tê lumaquirpe?
Compreendi que a pobrezinha se referia ao eclipse da lua.
- Não, minha senhora, mesmo que houvesse, você não devia ter medo. A lua não poderá nunca cair encima de nós.

Chegou a hora da segunda excursão a cavalo em burro para Vargem Grande. As alimárias esperavam-nos do outro lado do rio. D. Otaviano, para montar num ginete muito fogoso, experimentou um certo nervoso; mas, depois de bem acomodado na sela, mostrou-se da raça dos napoleões dos pampas.
Frei Ângelo tentava mostrar-se garboso cavaleiro, e eu, apesar de filho do sertão, ia sempre um pouco atrás, para rir melhor das peripécias que esperava.

Viajavam conosco o Emídio, cozinheiro do Palácio Arquiepiscopal, preto, gordo e sem agir idade, sofrivelmente montado num burro que não era de primeira ordem. Concluí pela cara do cozinheiro que ele não era amigo de andar a cavalo. Desajeitado na sela, suando por todos os poros, com os beiços queixosos e a testa alumiando, era um modelo de cavaleiro irrisório. Fizemos uma parada às 11 horas, à sombra de grandes árvores entre poucas casas de palha. Não sei donde saiu um almoço esplêndido, que fez honras aos estômagos cansados de reclamar. Retornamos a viagem às três da tarde, e eu mostrei-me cavaleiro da última classe. Cheguei a Vargem Grande com um atraso de mais de sessenta minutos, debaixo das risadas de Metropolita, de frade, de seminarista e, até, do cozinheiro, que por sua cor de graxa era chamado de Sér Shuartz.

Parte II

Vargem Grande, em 1923, era uma pequena cidade velha, de casarões sombrios, grandes quintais e uma regular matriz, bem cuidada, no ponto mais alto de uma praça larga e sombreada de carnaubeiras. Era bem o tipo de vetusta cidadezinha sertaneja. Gente simples, hospitaleira e boa. Cercava o arcebispo e os sacerdotes de muitas atenções e venerações. O coronel José Alexandre de Oliveira, velho chefe de família, respeitado e estimado como o homem por excelência do lugar, declarou-me que a localidade parecia ter uns quatrocentos a quinhentos habitantes, visto contar um pouco menos de cem casas.

No dia seguinte, a terça parte da população assitia à missa de D. Otaviano e ouvia sua palavra cheia de doutrina. À noite, Frei Ângelo pregou um de seus proveitosos sermões de missão. Acabada a bênção, uma cinquentena de pessoas permaneceu na igreja, esperando confessar-se. Assentei-me na sacristia, perto de uma cômoda, em uma cadeira baixa, e não tardou que uma mulher aparecesse com um garoto de seus treze anos:
- Tá aqui meu fio prá se confessá. Tenha paciença cum ele, que é muito apoucado. 
Confesse ele, por bondade. 
Chamei o pequeno para perto de mim e notei um rosto tão rude, tão inculto, tão simplório, tão incapaz que adivinhei o fracasso. Tivemos o diálogo que aí vai:
- Quantos anos tens?
- Num sinhô!
- Vamos nos benzer.
- Num sinhô!
- Em nome do Padre...
- Num sinhô!
- E do Filho...
- Num sinhô!
- E do Espírito Santo...
- Num sinhô!
Pasmei de tanta ignorância e rudeza. Chamei a mãe do pequeno.
- Senhora, seu filho é incapaz de confessar.
- Ora, home! Eu queria qui ele se confessasse.
- Pois olhe, veja como ele é incapaz de se confessar.
E recomeçamos a peleja cômica.
- Diga comigo...
- Num sinhô!
- Eu pecador...
- Num sinhô!
- Me confesso à Deus...
- Num sinhô!
- E a vós, Padres...
- Num sinhô!
- Veja, minha senhora, seu filho é muito tolo demais. Não tem instrução nenhuma para se confessar!
- Tá bom! Ô misera! Menino do mato e bicho num tem diferença.
Despachados o pequeno e a mulher, vieram vários rapazes e pais de família, felizmente menos rudes que o garoto do “Num sinhô”.
Dei aula de catecismo a algumas dezenas de crianças e mocinhas, ensaiei cânticos e preparei o pessoal para o Sacramento da Crisma.

Debaixo das copadas mangueiras, atrás da matriz, espaireci alguns quartos de horas inesquecíveis.
- Menina, você tem um bonito cãozinho.
- Cruz! Credo! Eu nunca quis andar com aquele nem sei qui diga!
- Seu cãozinho está querendo brincar com você.
- Cãozim? Eu não tenho cãozim, não! Eu nunca quis sabê de nem sei qui diga, p'ra coisa nenhuma.
A menina não compreendeu que eu me referia ao esperto cachorrinho que a acompanhava.
Tirei proveito da simplicidade da tolinha.
- Você anda acompanhada de uma cãozinho mimoso.
- Ave! Ave! Ave! Eu não tenho nada com aquele “tinhoso”. Eu não chamo nem pelo nome dele. - e retirou-se quase em disparada.

Demoramos mais dois dias em Vargem Grande. No dia 28 de agosto, pelas 8 horas, possantes animais, visivelmente ajaezados, levara-nos a Mulundús.
As estradas eram boas. Meu cavalo, bom andador, acompanhava de longe a marcha velo da caravana de D. Otaviano: Frei Ângelo, seminarista Clotário e bons amigos que engrossavam o séquito do arcebispo.

O Emídio vinha um pouco atrás de mim. O sol dardejava seus raios sobre nós, e o preto suava, e a testa reluzia, e os beiços elasteceram: figura digna de um instantâneo fotográfico.
Após três horas de árdua viagem, avistamos umas casas de palha, uma loja e rostos amigos que nos fizeram desmontar. E não tardou o desejado café cheiroso. A conversa foi curta. A segunda parte da demanda dos Mulundús foi um tanto preguiçosa, devido ao sol e ao mal estar do Emídio.
Conversei bastante com o preto. O sol esquentava cada vez mais. Raramente uma brisa amenizava o ambiente, comparável ao ar da costa d'África. Mais uma hora de marcha penosa e vagarosa, e avistamos Mulundús.
O pó subia e voluteava no espaço, produzido pelas correrias de inúmeras gentes exibindo cavalos, éguas, burros, jumentos, ridiculamente ajaezados, e parece que, até, um boi cavalo apareceu naquele quadro típico e interessantíssimo.

Parte III

Durante dez dias. Cada ano, Mulundús é uma povoação de mais de duzentas barracas, habitadas por gente de todas as classes sociais.

Um pouco fora do perímetro, alojam-se dúzias de ciganos, exercendo o seu eterno negócio de trocar animais. Pelas ruelas de palhoças veem-se mulheres bem-vestidas e gente maltrapilha.

Dentro das casinhas, abrigam-se famílias, negociantes de toda espécie de mercadorias e no meio do borborinho, não faltam casinholas de mulheres de má vida. Cavaleiros estão frenquentemente experimentando alimárias e o pó que fazem subir espalha-se por ta parte a ponto de as folhas verdes tronarem-se cor de cobre. Constantemente transitam romeiros e na porta da capela grande e sem nenhuma arte sentam-se dezenas de pobres cegos, estropiados, doentes e gente de abrigo. Muitas vezes, por dia, ouvem-se sons de instrumento de música e mais que tudo as harmônicas e sempre francamente harmoniosas e provocantes que os sertanejos aprendem a executar com muita felicidade. Soldados rondam o acampamento e concorrem muito para a boa ordem que felizmente reina por toda parte. Apeando-me fui recebido pelos companheiros que riam do meu atraso e de nada valeu explicar que toda a vida fui mau cavaleiro. O almoço não tardou. E num encanto aquele repasto sobre uma mesa sólida numa varanda coberta de palha, quase ao ar livre e pouco longe do buliço popular de Mulundús.

O arcebispo na cabeceira e aos lados três padres e um seminarista formavam um ótimo convívio, em animada conversação e a mais completa cordialidade. À tardinha, fomos à capela e vendo-nos rodeados de algumas centenas de romeiros. D. Otaviano subiu ao palanque púlpito e fez um curto sermão de abertura da Missão.

Após entrarmos na capela constatamos o grande concurso de devotos cantando, rezando, dando esmolas e conversando.

Rezamos o terço e, fazendo o povo voltar ao largo, a multidão avolumou-se e Frei Ângelo pregou um longo sermão, ouvido com grande atenção. A massa, como um rio lento e invencível, conseguiu penetrar na ermida, assistiu ao canto das ladainhas acompanhado por bonita orquestra e à bênção do Santíssimo Sacramento. Como remate da cerimônia, centenas de vozes cantaram um bendito popular e os padres viram-se cercados de dúzias  de romeiros pedindo a confissão. E começou o vozeiro e começaram as frases que se não podem esquecer:
- Eu só me confesso com pade de barba!
- Os que não tem barba também num são pade?
- Mas os barbados são muito conseeiro!
- Aquele pade novo já sabe confessá a gente!
- Pru qui não? Todo pade qui diz missa sabe confessá!
- O pade barbado diz domisobisque ôiando p'ra baixo.
- É pra num vê muié pintada: mode num tê raia na missa.
Houve um certo reboliço no corredor da capela. Algumas pessoas apressaram-se. Mons. Dourado interveio e o corredor ficou e o corredor ficou quase deserto. Duas pretas magras e dentuças voltaram falando:
- Foi a Dizidera qui deu uma pilora?
- Não. Foi o cachorro que mijou no vestido dela e ela se pôs a xingá!

Parecendo-me que a conversa iria longe mandei que se calassem. As duas se retiraram com tanta pressa que uma parte da assistência, desconfiada, tomou o rumo do ar livre quase correndo. Alguns cegos cantavam na porta e uma serigaita passeava, bancando meneios de serpente e exibindo sapatos de salto muito alto. Formou-se, ao redor da sujeita, um grupo de ironistas que ela supôs admiradores. Infelizmente a serigaita pisou num pedaço de cano de zinco, perdeu o equilíbrio e caiu para trás soltando um estrépito, cujo som fez todos da roda se entreolharem galhofeirosamente.
Um cigano que retirava da boca a ponta do cigarro, gritou:
- Tá bom! - E retirou-se tapando as narinas com a mão esquerda e gesticulando exageradamente com a direita. O Álvaro, elebérrimo sacristão do Mons. Dourado, que acabara de espanar o palanque púlpito, saltou exclamando:
- Tá dito! - E muscou-se, levando o lenço ao nariz, fingindo o maior espanto. O sineiro subiu a escada do sino, mas, vendo a cena do cigarro e do Álvaro, deu duas voltas no corpo e berrou:
- Tá certo! - E correu para a casa dos padres, rindo desesperadamente. Dois rapazinhos vendedores de doce, imitando os três ironizantes correram de banda, exclamando:
- O tempo tá de rasgá! - E puseram-se a dançar malevolamente, tapando o nariz com as abas do jaleco. A infeliz levantou-se de um pulo, dizendo sem grito:
- Isto só sendo arte do diacho! - E barafustou para trás da igreja, praguejando, raivosa e envergonhada. E eu me convenci de que em toda parte há um pedaço de comédia.

Primeiro livro de poesias da escritora Maria Mortatti será lançado este mês em São Paulo

Breviário Amoroso de Sóror Beatriz é o primeiro livro de poesia da escritora paulista Maria Mortatti que reúne escritos poéticos guardados há várias décadas, com anotações da rotina religiosa registradas nas páginas dos diários de Sóror Beatriz. O livro é uma edição da Editora Patuá com 76 páginas e será lançado no dia 18 de maio de 2019 em São Paulo (SP). O evento acontecerá na Patuscada - Livraria, Bar & Café (Rua Luís Murat, 40 - Vila Madalena) a partir das 19 horas, com entrada gratuita. Os exemplares da obra já estão disponíveis para venda pelo site da editora.

“Em Breviário Amoroso de Sóror Beatriz estão reunidos poemas escritos entre 1976 e 1993, por uma mulher que renunciou à vida comum para se dedicar à vida monástica. Dispersos entre anotações da rotina religiosa registradas nas páginas de seus diários - localizados há alguns anos no convento em que ela viveu reclusa até a morte -, os poemas reunidos neste livro, ao mesmo tempo em que evocam o ritual silencioso de recitação da liturgia do ofício divino, possibilitam entrever os profanos mistérios gozosos, dolorosos e gloriosos da vida íntima da fiel esposa de Cristo, transitando entre a submissão e a transgressão, a devoção e a heresia. Através das frestas do hábito, os poemas de Sóror Beatriz devassam a humana condição feminina.”

Maria Mortatti nasceu em 1954 na cidade de Araraquara/SP, onde estudou até a graduação em Letras. Atuou como professora de língua portuguesa e literatura no ensino fundamental e médio. É mestre e doutora em Educação e Professora Titular e pesquisadora na Universidade Estadual Paulista - Unesp, campus de Marília. É Presidente Emérita da Associação Brasileira de Alfabetização – ABAlf. Além de contribuir para a formação de milhares de professores e dezenas de pesquisadores, publicou livros, capítulos e artigos científicos sobre alfabetização, ensino de língua e literatura e recebeu o Prêmio Jabuti - Educação em 2012. Os dois livros mais recentes são: Entre a literatura e o ensino: a formação do leitor” (2018) e Métodos de alfabetização no Brasil: uma história concisa” (2019), ambos pela Editora Unesp. Há mais de quatro décadas, escreve também textos literários, como os reunidos nesse livro de estreia como poeta.

Os exemplares do livro Breviário Amoroso de Sóror Beatriz estarão à venda por R$ 40,00 (pagamentos em dinheiro e cartões de débito e crédito) no dia do lançamento, e os leitores, de qualquer cidade do país, que realizarem a compra antes do evento receberão posteriormente os exemplares autografados. Pelo site da editora (https://www.editorapatua.com.br/) a obra está pelo mesmo valor.

Confira abaixo o trecho de um dos poemas que consta na quarta-capa do livro:

[...]
Não sei se é poesia ou víscera 
isso que mostro.
Sei apenas que, do lado de dentro,
alguma coisa cresce e remexe
como lava no vulcão.
Eu simplesmente cedo
ao impulso de parir palavras,
apará-las em trapos de papel
e soltá-las na vida
com um sopro de alívio.
[...]

Novo livro de Luiz Cláudio Siqueira defende o crescimento espiritual e uma vida mais plena e feliz a partir da fé

Dose extra de otimismo, tranquilidade, paciência, sabedoria, amor. Assim, mais felizes e realizadas, vivem as pessoas cheias de fé, segundo o escritor Luiz Cláudio Siqueira em seu novo livro “Desperte A Sua Fé e Seja Feliz”, publicado pela Editora Autografia. A obra tem o objetivo de tocar o leitor e fazê-lo perceber que, ao se aproximar de uma crença, a plenitude é uma possibilidade mais próxima de todos, em tempos de vazios existenciais tão profundos e provocados por tantas e diferentes razões. O livro está sendo lançado pela Editora Autografia com 208 páginas e já está disponível nas principais livrarias físicas e online do país.

Longe de negar os problemas do dia a dia, “Desperte A Sua Fé e Seja Feliz” pretende mostrar que o crescimento espiritual é uma decisão sábia e pessoal, de quem busca o caminho do amor e quer viver melhor. “Despertar para a fé pode mudar tudo na vida”, defende o autor, que reuniu ainda 23 ilustrações e onze orações para acompanharem as 64 crônicas escritas, originalmente, na página Altos Textos (https://www.facebook.com/Altostextos/), a exemplo do que aconteceu também com o seu livro de estreia, “Melhor Que Sexo!”.

A ideia do segundo livro surgiu de uma percepção: “Sempre que tocava num tema sobre fé ou crescimento espiritual o número de curtidas na página aumentava consideravelmente. Passei, então, a abordar este tema frequentemente em minhas crônicas. Quando percebi eram mais de 60 crônicas falando de Deus, paz, amor, fé, anjos, providências divinas, o bem e o mal, felicidade, otimismo, perdão, caridade, oração, milagres, gratidão e outros temas sobre espiritualidade”.

Para tornar o livro ainda mais atraente, o autor realizou vasta pesquisa para selecionar pensamentos do Papa Francisco e de Santa Teresa de Calcutá, figuras com as quais também se identifica, e das quais ainda reproduziu poemas. Por passar uma tranquilidade de que, por mais que problemas apareçam, a paz e a felicidade sempre existirão na vida de quem pratica o bem, a crônica  “Deus no comando” é um dos carros-chefes, junto aos textos “Diante dos teus olhos”, “Um mar para amar”,  “Entrego, confio, aceito e agradeço”, e “Essa força inexplicável chamada oração”.

O único texto, contudo, que diverge do posicionamento da Igreja Católica trata do relacionamento homoafetivo. Para o autor, a relação entre pessoas do mesmo sexo não é um pecado e, por isso, decidiu incluir este material, apoiando-se no posicionamento de Papa Francisco, segundo o qual: a Igreja deveria pedir perdão aos homossexuais, uma vez que Jesus certamente não daria às costas a um homossexual, a Igreja Católica é contra qualquer tipo de preconceito e os homossexuais devem ser respeitados, e não se deve punir ou ofender uma pessoa com este tipo de sexualidade, mas encaminhá-la a fazer terapia.

“Diante dessas palavras do Papa, ser gay ou ser lésbica não seria um pecado tão grave assim, porque o importante mesmo é praticar o bem, ter espírito elevado, amar o próximo, buscar um relacionamento a dois de confiança e amor verdadeiro, dar sua contribuição para um mundo melhor, independente da cor da pele, orientação sexual, religião, idade, grau de instrução, idade ou situação econômica. O que vale de fato é o que vai no coração, a grandeza da alma, o bem que se faz”, defende o autor.

Luiz Cláudio Siqueira tem 54 anos, nasceu em Campos dos Goytacazes (RJ) e atualmente mora em Niterói (RJ). É formado em Publicidade pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e já trabalhou como redator para diversas agências de propaganda. “Desperte A Sua Fé e Seja Feliz” é o seu segundo livro, tendo em vista que o autor estreou na literatura com a obra “Melhor Que Sexo!” (2017), onde reúne textos publicados no Facebook. O livro também foi publicado pela Editora Autografia com 182 páginas e aborda os mais variados assuntos como amor, paz, fé, gratidão, amizade e bom humor. Os exemplares desse seu novo livro estão nas principais livrarias brasileiras. Pela Livraria da Travessa a obra custa R$ 38,00 (https://compre.vc/v2/5555ea8a70).

“O Rei Amoroso”, livro infantil da carioca Michelle Magalhães, será lançado neste sábado no Rio

Objetivando a propagação do amor por meio da leitura, o livro de literatura infantojuvenil “O Rei Amoroso”, publicação em bilíngue e o primeiro da escrita carioca Michelle Magalhães, traz a história de um rei (Deus) que esconde seus poderes por muito tempo para proteger seus filhos de um inimigo muito perverso, em um momento de muitos conflitos e maldade na terra. Com uma leitura leve e adaptado especialmente aos pequeninos, o livro conta com ilustrações de Talita Almeida e foi editado pela Editora Autografia (2018). O livro será lançado oficialmente neste sábado (12) na Livraria da Travessa (Botafogo), no Rio de Janeiro (RJ).

O livro conta a história de um rei superpoderoso e a batalha para proteger seus filhos ao longo dos séculos de um príncipe perverso. Dentro dos seus filhos, o Rei Amoroso escondeu superpoderes por vários séculos para proteger seus amados de toda maldade que os cercava neste mundo. Quer saber que poderes são esses? O livro conta tudo que você deseja saber sobre o REI AMOROSO. Com 62 páginas, a obra custa cerca de R$ 42,00 pelo site da Livraria da Travessa (http://compre.vc/v2/1037f05392), além de ser encontrado também em outras livrarias físicas e online do Rio de Janeiro, e no site da editora.

O sonho de escrever para crianças é antigo, mas a ideia do livro “O Rei Amoroso” surgiu quando Michelle estava voltando de uma viagem que fez ao Japão. “O AMOR foi a chave para criação, poder amar os outros com todo meu coração, e transmiti-lo em formato de uma história leve. Esse foi o resultado de dedicação, estudos, pesquisa e comunhão com a palavra de Deus. A ideia é que as crianças e jovens, ao lerem o livro, terem acesso ao amor, a palavra sem críticas, julgamentos, opiniões preconcebidas ou doutrinas. Meu motivo principal foi deixar disponível esse conhecimento que sei que através dele muitos vão poder ter uma relação incrível com o Rei Amoroso limpando algumas dúvidas que temos a respeito de sua Palavra”, revela.

Michelle Magalhães é uma escritora carioca de 36 anos, e mãe de dois rapazes: Victor Hugo, de 19 anos, e Nikolas Hugo, de 15. “Não gosto rotular, costumo dizer que trabalho empreendendo e procuro amar e ajudar as pessoas a realizarem seus sonhos, mas você me chamar de empresária, paisagista, life coaching e, por fim, escritora”, diz ela.

O lançamento oficial do livro será no dia 12 de janeiro, sábado, na Livraria da Travessa (Rua Voluntários da Pátria, 97 – Botafogo) a partir das 16 horas. Após o lançamento a autora estará analisando alguns convites e projetos de leitura em escolas e instituições, mas por enquanto ainda nada confirmado. Para mais informações ou contato com a autora, podem ser obtidas pelo Instagram (@o_rei_amorosolivroinfantil, @michellemagalhaes_paisagista).

Em livro entrevista, Papa Francisco diz que homossexuais não podem ser sacerdotes e nem consagrados

Em um trecho do livro “A força da Vocação - A Vida Consagrada Hoje”, do missionário espanhol Fernando Prado, o Papa Francisco afirma que os candidatos ao sacerdócio ou à vida consagrada, precisam ter boa formação, além de maturidade humana e afetiva, e que um homossexual não pode ser consagrado, enquanto os formadores devem ser mais “exigentes” neste ponto. “A questão da homossexualidade é uma questão muito séria que se deve discernir adequadamente desde o começo com os candidatos, se for o caso. Temos de ser exigentes”, cita ele na obra. O livro é o fruto de um encontro do Papa Francisco com o missionário no mês de agosto deste ano, e será lançado internacionalmente nesta segunda-feira, dia 3 de dezembro, em pelo menos 10 idiomas. No Brasil a obra está sendo publicada pela Paulinas.

Na entrevista cedida a Prado, diretor editorial das “Publicaciones Claretianas”, de Madri, o Papa relata que está preocupado com a presença de pessoas com tendência homossexual no clero e na vida consagrada: “É algo que me preocupa, porque talvez em um momento não se enfocou bem”. Sobre os candidatos ao sacerdócio ou à vida consagrada, Francisco diz que deve-se atentar muito na formação a maturidade humana e afetiva. “Temos que discernir com seriedade e ouvir também a voz da experiência que a Igreja tem. Quando não se cuida do discernimento em tudo isso, os problemas crescem”, cita.

“É uma realidade que não podemos negar. Na vida consagrada também não faltam casos. Um religioso me contava que, em visita canônica a uma das províncias de sua congregação, havia se surpreendido. Ele via que havia bons rapazes estudantes e que inclusive alguns religiosos já professos eram gays”, relatou. Mesmo que muitos achem normal e classifiquem como uma expressão de afeto, ele diz: “Isso é um erro. Não é só expressão de um afeto. Na vida sacerdotal esse tipo de afeto não tem lugar”. “Aos padres, religiosos e religiosas homossexuais, é preciso aconselhá-los a viver integramente o celibato”, informa. “É melhor que deixem o ministério antes do que viver uma vida dupla”, adverte.

“O Santo Padre fala das suas lembranças, compartilhando histórias concretas e reais que ele viveu e que servem para ilustrar as questões e os temas abordados. Sem dúvida, o Papa é um grande comunicador que responde inclusive a questões mais espinhosas com uma sabedoria, medida e claridade admiráveis”, afirma Fernando Prado. Segundo ele, a entrevista com Francisco aconteceu em um clima de liberdade, confiança e cordialidade.

O livro é composto por 120 páginas que, através de 60 perguntas de Fernando Prado ao Papa Francisco, contemplam a força da vocação e a missão dos consagrados, mas também outros temas de atualidade na vida da Igreja, como o clericalismo, a homossexualidade do clero e das pessoas consagradas, e a preocupação de Francisco pelo diálogo entre os jovens e idosos.

As afirmações do Líder da Igreja Católica não agradaram a comunidade LGBTI. Na imprensa internacional, as declarações do Papa não soou bem, e tidas como um desrespeito, ativistas veem na fala do religioso sinais de preconceito à comunidade homossexual.

Escritor Georg Emmerich publica novo livro tendo como fonte de inspiração a mangabeira

O livro “O Fator Mangabeira” é o mais novo lançamento do escritor, músico e pastor pernambucano Georg Emmerich. Publicado pela Angular Editora com 80 páginas, o livro procura resgatar a essência dos encontros e amizades quebradas pala urgência da vida contemporânea. O evento de lançamento será no dia 23 de outubro, às 17 horas na Universidade Metodista Livraria Angular, em São Bernado do Campo/SP. A entrada será franca.

Na obra, a representação do processo do discipulado por uma árvore (mangabeira) tão comum e conhecida, especialmente no nordeste do nosso país, permite a releitura do discipulado de Cristo como a árvore frondosa, que acolhe à sua sombra, que alimenta a vida e só se perpetua na vivência comunitária, na proximidade das pessoas umas com as outras, em que a imitação da vida de Cristo nos faz caminhar na perspectiva de viver e fazer o que ele fez e ensinou a todas as pessoas a quem ele discipulado.

O livro “O Fator Mangabeira” veio de uma ideia do autor que surgiu em maio de 2017. “Escrever o livro surgiu de uma necessidade da atual Igreja e também das pessoas que estão vivendo um verdadeiro caos em seus relacionamentos com Deus e com o Próximo”, diz ele. O livro está à venda por R$ 21,00 pelo site da editora (http://angulareditora.com.br/livros/fator-mangabeira).

Georg Emmerich, publicitário formado em gestão em marketing e bacharel em teologia pela UMESP/SP. Pernambucano, escritor, compositor e Pastor da Igreja Metodista em Natal/RN há seis anos. Pai de Gabriela, Georg Filho e Otávio, casado com Jane Emmerich há 23 anos. Esse é esse é o seu segundo livro publicado. O primeiro, “Quando O Silêncio Se Torna Um Grito” (Editora Editeo), está na sua segunda edição e faz uma abordagem pastoral sobre o sofrimento humano, pondo experiências de pessoas que viveram sofrimento e co o superaram através da fé e cuidado.

Obra propõe mudanças de atitudes e auxilia o leitor no combate às dificuldades do dia a dia

Publicado pelo Clube de Autores, o livro religioso “Mothivação” é a primeira obra do professor e orientador educacional Sill Luysattho. No livro, o autor propõe auxiliar o leitor auxiliar no combate às dificuldades pessoais, conjugais e familiares, tendo como motivação Jesus Cristo.

O seu livro “Mothivação” veio de uma ideia que surgiu ao perceber a necessidade de motivo que falta nos humanos: uma foi pelo passado de alguns anos, e a vontade de escrever algo para ajudar as pessoas que precisam mover-se através dos ensinamentos de Jesus Cristo. Tendo como objetivo principal o combate às dificuldades pessoais, conjugais e familiares.

Sill Luysattho é o pseudônimo de Sílvio Luis da Silva, professor, orientador de monografias e cursos profissionalizantes na cidade de Carpina, no estado de Pernambuco. Possui uma ampla experiência em obras Literárias, e em sala de aula atua há mais de 10 anos, onde também já foi coordenador por um tempo. Além atuar como orientador educacional em cursos formação Continuada e outros. O autor possui também formação em Magistério e Pedagogia.

Dedicado a todos os públicos, o livro chama atenção, jovens e adultos, casais, desempregados, e pessoas com interesses em refletir sobre assuntos pessoais. O livro possui 104 páginas e custa R$ 10,00 e está disponível nas Lojas Americanas (https://bit.ly/2ImWwXk), e Editora Garcia e Editora Clube de Autores.

Escola de São Luís promoverá lançamento coletivo de escritores maranhenses de literatura infantil

O Colégio Santa Teresa, por meio do projeto Ciranda da Leitura, promoverá nesta quinta-feira, dia 1 de março, em São Luís/MA, o evento de lançamento coletivo de obras de escritores maranhenses de Literatura Infantil. O evento será a partir das 16 horas na biblioteca da escola e contará com a participação dos autores Anísia Nascimento, Cléo Rolim, Martha Reis, Natinho Costa Fênix, Sharlene Serra e Wilson Marques. A entrada será livre e o público-alvo do evento e do projeto são os alunos da própria escola.

O evento está sendo organizado pelo Colégio Santa Teresa sob a coordenação da bibliotecária Silvana Gusmão, e faz parte da primeira etapa do projeto “Ciranda da Leitura”, que visa incentivar os alunos a conhecer os escritores maranhenses e consequentemente suas obras que serão trabalhadas em todo o projeto, assim valorizando a literatura infantojuvenil maranhense.

Cada um dos autores convidados estarão apresentando suas principais obras infantis. Dentre elas estão: “O Gato Que Queria Ser Sapo” e “Na Terra das Cores”, de Cléo Rolim; “Conhecendo Divertidamente Os Alimentos”, de Martha Reis; “As Aventuras de Uma Gotinha D’água” e “O Gatinho Que Não Sabia Miar”, de Natinho Costa Fênix; “Diário Mágico” e a “Coleção Incluir”, de Sharlene Serra; “A Menina Levada e a Serpente Encantada” e “Arte e Manhas do Jabuti”, de Wilson Marques; e “A Bruxinha Lenlenzinha e As Cores”, de Anísia Nascimento.

O Colégio Santa Teresa é uma instituição de ensino do estado do Maranhão, que surgiu a partir de uma iniciativa de Irmãs Dorotéias vindas da Itália, por volta de 1894. Adotando no estado, um modelo de evangelização cristã através da educação, inciando-se então a proposta educacional da escola, baseada nos sonhos e propósitos pedagógicos idealizados por Santa Paula Frassinetti.

Paula Frassinetti, enquanto vivia nos arredores de Gênova (Itália), no séc XIX, e sentindo-se impelida a fazer algo para mudar a realidade das crianças e dos pobres que viviam em situação de exclusão material e cultural, aliou-se a outras jovens sensíveis e assumiram o compromisso de transformar a realidade evangelizando por meio da Educação. Surgindo então, a Congregação de Santa Dorotéia.

Ao chegarem no Maranhão, no final do século XIX, recebidas pelo Asilo de Recolhimento Santa Teresa, as Irmãs Dorotéias, com o auxílio de leigos que aderiram à proposta pedagógica instituída por Santa Paula, implantaram a ideia e começaram a educar as crianças e jovens pela “via do coração e do amor”, e a orientá-los pela Bússola da Vontade de Deus, tendo isso como tarefa desenvolvida diariamente na escola. E ao longo dos anos a concepção educativa foi sendo atualizada pelas teorias educacionais, cujos princípios são condizentes com as intuições de Santa Paula e com os valores cristãos. Assim a prática recebeu os reforços teóricos de Paulo Freire, Piaget, Vigostky, Freinet e outros que referendam a concepção de educação como um processo de formação integral do sujeito e de aprendizagem como espaço de interações múltiplas.

Primeiro livro do pastor Jorge Figueiredo será apresentado no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, em Recife

Lançado em dezembro de 2017, a obra “Reflexões Para Mudar Sua Vida”, do pastor Jorge Figueiredo, é um livro que trata de 13 reflexões sobre temas do nosso dia, possibilitando ao leitor uma aplicação em seu dia a dia e assim tomar decisões que pode mudar sua vida. A publicação é da Editora Autor da Fé, com 96 páginas. O livro será apresentado no Seminário Teológico do Norte do Brasil, em Recife/PE, no próximo dia 19 de fevereiro.

“Reflexões Para Mudar Sua Vida” é um livro com textos que tratam da vida cristã e está à venda por R$ 25,00 em contato com o autor pelo link www.facebook.com/pastorjorgefigueiredo/ ou nas livrarias Jaqueira e Luz e vida, na cidade de Recife/PE.

Jorge Luiz Cesar Figueiredo reside em Recife, no estado de Pernambuco. É pastor há 34 anos, e há 18 está na Igreja Batista de Cajueiro/AL. Possui graduação em Administração de Empresas e cursou Bacharel em Teologia. Hoje tem artigos publicados em vários sites da internet.

Há muito tempo Jorge Luiz tinha o desejo de escreve um livro, e começou escrevendo alguns artigos e publicando-os na internet. Percebeu que alguns dos seus artigos estavam sendo publicados em vários sites e que estava tendo uma boa aceitação. Foi quando suas filhas, inicialmente, reuniram alguns artigos em um e-book, e então o autor teve contato com a editora, que o motivou a publicar a obra.

“Tudo Pode Mudar” é o novo livro de espiritualidade do autor cearense João Eduardo Cruz

Raros são os livros capazes de transportar o leitor para além do produto intelectual do autor. Pesquisa, informação, bons argumentos e boa didática, podem facilmente produzir uma obra literária que encante o cérebro, mas que nem sempre atinge o mais profundo da nossa alma. Na obra “Tudo Pode Mudar - A Resposta de Deus Para Um Mundo Sem Esperança”, do autor cearense João Eduardo Cruz, o leitor encontra uma leitura leve e significativa no que diz respeito à espiritualidade e vida cristã. A obra é uma publicação da Garimpo Editorial, com 156 páginas e será lançada no dia 2 de fevereiro em Caucaia/CE.

Falar com propriedade sobre esperança requer mais do que uma lógica literária, é preciso ter vivido a angústia do desespero, ter encontrado em algo ou alguém as respostas que calam a alma e, acima de tudo, a humildade de descrever a experiência, na esperança de ajudar os que ainda não acreditam na possibilidade de um novo dia. No livro, o autor além de uma sensibilidade marcante e quase poética, demonstra um profundo e inspirador relacionamento com o Cristo Vivo em cuja pessoa encontramos a base de toda esperança.

A ideia do autor não era escrever uma obra de autoajuda, mas sim um livro que trouxesse uma resposta bem embasada teologicamente sobre esperança. De maneira que as pessoas pudessem pisar com mais confiança no terreno maleável que esta vida é, e pudessem racionalmente perceberem o cuidado e a misericórdia de Deus em toda e qualquer situação. O livro está à venda por R$ 35,00 (impresso) pelo site da editora (https://goo.gl/yg1kuj).

“Costumo dizer que escrevo para tentar responder às minhas próprias indagações, ou para buscar conceituar, de maneira simples, algo que considero complexo. No caso deste livro, foram as duas coisas: eu queria respostas na Bíblia para várias situações que costumam minar toda a nossa esperança, aquelas coisas que costumam nos tirar o ânimo de viver. Ao mesmo tempo, eu queria que, ao encontrar essas respostas na Bíblia, procurar transmiti-las de uma maneira simples que não deixasse de ser profundamente teológica”, comenta João Eduardo sobre o livro.

“Tudo Pode Mudar” é um guia espiritual para pessoas de todas as idades, que buscam respostas para sua falta de esperança e fé. O livro será lançado em Caucaia/CE, no dia 2 de fevereiro na Primeira Igreja Batista em Planalto Caucaia (Rua Barão de Ibiapaba, 1587 - Nova Cigana), a partir das 20 horas. No segundo deste ano, o livro será lançado também nas cidades de São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ, Brasília/DF e Mossoró/RN.

João Eduardo Cruz mora em Caucaia, uma cidade do interior do Ceará, que fica à cerca de 10 km da capital Fortaleza. É pastor na Primeira Igreja Batista em Planalto Caucaia, há 18 anos, e também professor de Teologia Sistemática, já tendo lecionado em diversos seminários da capital e do interior do estado. Participou do projeto de implantações de Igrejas no Estado do Ceará chamado “Igreja no Meu Lar”, sob a supervisão da International Mission Board (Texas/EUA). É ainda, assessor de relações eclesiásticas no Brasil da Crossroads Crurch (Atlanta/EUA), uma parceria de igrejas Brasil/EUA que procura levar, de forma culturalmente relevante, o Evangelho a toda criatura.

O autor já possuía publicado anteriormente cinco livros: “Reflexões Ao Pé da Cruz” (independente), “Onde Está Deus - Crendo Em Deus Num Mundo Descrente” (Abba Press), “Sentindo A Vida” (Editora Reflexão), “O Que As Crianças Nos Ensinam Sobre Deus” (Garimpo Editorial), “Jesus e Os Descaminhos da Igreja” (Garimpo Editorial). “Tudo Pode Mudar” é o sexto da coleção.

A sua última publicação, “Jesus e Os Descaminhos da Igreja”, trata-se de uma exposição do Evangelho de Marcos com o objetivo de criar um comparativo entre os preceitos apresentados por Jesus (neste evangelho), e àqueles que a Igreja acabou redesenhando com o passar dos anos. No livro, o autor aborda, particularmente, a Igreja Evangélica no Brasil. Nenhum assunto atual é esquecido à luz do Evangelho de Marcos, desde homossexualidade até a posição política do cristão.

Autobiografia com conceitos psicológicos compõe a obra "Uma Viagem Entre o Céu e a Terra" da autora Regina de Toledo

"Uma Viagem Entre o Céu e a Terra" é um livro da psicóloga brasileira Regina de Toledo, com relatos de resiliência, do desafio de estar sozinho em situações inesperadas e adversas e da coragem que elas exigem. Foi lançado oficialmente em junho de 2016 na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, em junho deste ano na Livraria Ecoarte, em São Pedro da Serra, distrito de Nova Friburgo (RJ) e o próximo será no dia 27 de setembro na Livraria Cortez, nas Perdizes, em São Paulo, a partir das 15:30h. O livro possui cerca de 245 páginas e está por  R$ 39,90 em contato direto com a autora por e-mail ou pelo site Mercado Livre (Aqui).

A obra é uma publicação independente, escrita durante muitos anos em que a autora relata experiências e um profundo trabalho sobre si mesma, onde cria a Terra Fértil para o fortalecimento, a aceitação e a superação, que resultaram num texto amadurecido sobre as bases da Resiliência, que pode ajudar aqueles que estão vivendo período existenciais de desafios e com os quais estamos muitas vezes despreparados para superar.

"Uma viagem entre o Céu e a Terra" é uma obra que surgiu há bastante tempo, aproximadamente 13 anos, é uma ode ao amor próprio, à vida, às manifestações existenciais e ao encontro com Deus, e acolhe mulheres e pessoas em autodesenvolvimento, abordando espiritualidade, esoterismo, psicologia, resiliência, coragem, dívida, separação, biografia e perdas. “O que me motivou a criá-lo foi o fato de sempre ter gostado de escrever. E no momento em que comecei o livro esta era uma das únicas possibilidades possíveis no momento de minha vida”, revela Regina.

Regina de Toledo é natural de São Paulo e atualmente reside em Itatiaia, no estado do Rio de Janeiro. É Psicóloga Clínica pela Università Degli Studi di Padova (Pádua, Itália), Analista Reichiana, Escritora e Palestrante. Compartilha sua vivência espiritual e física pelos caminhos da Escola do Saber do Oriente, encontros com seres de outras dimensões e reencontros de vidas passadas.

Outro livro recém-publicado da autora, este em formato e-book, é a obra "Resiliência Psicológica: As Quatro Qualidades Para Superar Dificuldades", há aproximadamente um mês e está disponível no site da Amazon (Aqui). Para adquirir os livros diretamente com a autora basta enviar um e-mail para reginaantonia786@hotmail.com e aguardar o retorno.

O Amor Da Minha Vida - Anderson Lima

Imagem: Anderson Lima
Eu não conheci na escola, nem na balada e muito menos na praça da minha pequena cidade. No domingo 06 de Novembro de 2005, na procissão para a comunhão eucarística, encontrei quem desde que nasci procurava, isto é, fui encontrado. Como se tudo já estivesse escrito. E, de fato, estava!

O amor que meu coração sempre buscou e que alimentara minha alma estava há poucos metros de mim. Foi o mais extraordinário encontro da minha vida. Eu só tinha 14 anos. Minhas pernas não tremiam, nem fiquei sem ar. No entanto, algo ardia dentro de mim. Sentir uma leveza e meus olhos sinalizavam com lágrimas. Não trocamos nenhuma palavra, mas sentir seu sorriso de forma simples.

Voltamos a nos encontrar na quinta-feira, às 18h, foi uma Hora Santa, porque essa minha vida só começou a ter sentido ali. Nossa primeira conversa provavelmente se iniciou com uma pergunta sobre se meu coração tão cheio de medo e nó fosse digno de amar. A intimidade foi crescendo, eu passei a visitá-lo todos os dias depois das aulas. E, de repente, aconteceu. Meu coração já não me pertencia. Não lembro há quanto tempo toda essa beleza começou, mas vejo na alma que já nos conhecíamos.

Naquela mesma quinta-feira, trocamos olhares e as conversas tornaram-se frequentes. Já tinha escutado aquela voz antes. Descobri que ele já me amava e já tinha até morrido por mim. Fiquei sem entender por alguns minutos, porém depois compreendi. Hoje, tenho oportunidade de fazer parte do universo dele não só como “o menino que deseja ser padre”. Mas, sobretudo, como escravo de amor da Virgem Santíssima. Pelas mãos puríssimas de Maria sou todo de Jesus e o amo a partir daquela Cruz que o pregaram. Sou alimentado pelo fruto daquela árvore, a Sagrada Eucaristia.

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