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Literatura e memória: Em podcast, Saulo Barreto faz um mergulho na arte de escrever e na pesquisa histórica

Durante entrevista em podcat do canal Hipertexto, o poeta e filósofo Rogério Rocha promoveu um bate-papo enriquecedor com o escritor e pesqu...

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“A Festa de Mulundús”, de Odorico Maia, traz narrativa que vai além de um simples relato festivo

Festa em Mulundús (1953)
Na crônica “A Festa de Mulundús”, publicada no antigo periódico “Maranhão”, em 1947, o então colunista Pe. Odorico Maia faz uma narrativa sobre a sua visita à Mulundús, uma comunidade rural de Vargem Grande, no interior do estado do Maranhão, para acompanhar de perto as festividades em honra a São Raimundo Nonatos dos Mulundús, o vaqueiro que se tornou santo pela fé do povo e que hoje tem uma das maiores festas religiosas do país. O texto fora dividido em três partes, onde o autor narra com detalhes como foi a sua trajetória até o local da festa. A publicação, aos olhos da crítica, passa além de uma simples matéria jornalística, para um texto que, se levado a fundo, traria uma excelente narrativa para um livro rico em informações.

A leveza da escrita e a forma de expor as informações, são detalhes que prendem o leitor a uma viagem no tempo por meio da leitura, a fim de conhecer mais sobre a festa do Santo  Vaqueiro que hoje possui milhares de devotos pelo mundo todo. Confira os textos completos na íntegra:

Parte I

A primeira vez que fui a Mulundús, no ano de 1923, acompanhava D. Otaviano Pereira de Albuquerque, então arcebispo do Maranhão, que quis ver pessoalmente o local e o movimento de romeiros. O capuchinho Frei Ângelo de Vignola, especialmente convidado, fazia parte da comitiva do metropolita, com a missão principal de pregar às missas.

Chegamos à povoação Pirapemas após ótima viagem de trem, e, depois de uma refeição gentilmente oferecida pelo chefe de família que nos recebeu. Aguardamos as alimárias que nos levariam à capela na margem esquerda do Rio Itapecurú. Montamos às 4 horas da tarde. Frei Ângelo, bom cavaleiro, tomou a dianteira, animadamente, mas, antes de correr duzentos metros, encontrou um casebre com um caibro muito desviado da parede ameaçando-lhe as barbas. Sem poder moderar a marcha do burrinho árdego, declinou o corpo para trás com tanta má sorte que rolou de sela e foi ao chão de cabeça para baixo. Levantou-se rapidamente, retomou a sela quase de um pulo, e, para não ouvir as risadas dos espectadores, deu de esporas no burro e disparou no encalço de D. Otaviano, que já estava longe, rindo da primeira peripécia cômica da excursão. Mal cavalgamos meia hora, avistamos a capela de Pirapemas e o casario pouco numeroso, acompanhando sinuosamente a margem do rio. Naquele lugarejo demoramos dois dias. Investido nas funções do vigário, entrei, pela primeira vez, em contato com a alma e o coração do povo simples que chamamos "matutos" ou "gente do mato". Que boa gente! Vale a pena o trabalho de um padre catequizando, pregando, confessando, batizando, casando e conversando com campônios tão ingênuos, tão sinceros e tão livres de artifícios.
Ouvem-se coias destas:
- Menina, tu ainda não tomô o Senhor? Marcha já pr'a cá, sinão tu não toma ele.
- Mamãe, a barba do frade parece barba de cabra!
- Cala a boca, doido! Tira o cão da boca, menino! Vejam só! Tomara que ele escute.
- Joana tá com o tal de bartacan. Cruz! Credo!
Uma mulherzinha perguntou-me:
- Sinhô, padre, vai tê lumaquirpe?
Compreendi que a pobrezinha se referia ao eclipse da lua.
- Não, minha senhora, mesmo que houvesse, você não devia ter medo. A lua não poderá nunca cair encima de nós.

Chegou a hora da segunda excursão a cavalo em burro para Vargem Grande. As alimárias esperavam-nos do outro lado do rio. D. Otaviano, para montar num ginete muito fogoso, experimentou um certo nervoso; mas, depois de bem acomodado na sela, mostrou-se da raça dos napoleões dos pampas.
Frei Ângelo tentava mostrar-se garboso cavaleiro, e eu, apesar de filho do sertão, ia sempre um pouco atrás, para rir melhor das peripécias que esperava.

Viajavam conosco o Emídio, cozinheiro do Palácio Arquiepiscopal, preto, gordo e sem agir idade, sofrivelmente montado num burro que não era de primeira ordem. Concluí pela cara do cozinheiro que ele não era amigo de andar a cavalo. Desajeitado na sela, suando por todos os poros, com os beiços queixosos e a testa alumiando, era um modelo de cavaleiro irrisório. Fizemos uma parada às 11 horas, à sombra de grandes árvores entre poucas casas de palha. Não sei donde saiu um almoço esplêndido, que fez honras aos estômagos cansados de reclamar. Retornamos a viagem às três da tarde, e eu mostrei-me cavaleiro da última classe. Cheguei a Vargem Grande com um atraso de mais de sessenta minutos, debaixo das risadas de Metropolita, de frade, de seminarista e, até, do cozinheiro, que por sua cor de graxa era chamado de Sér Shuartz.

Parte II

Vargem Grande, em 1923, era uma pequena cidade velha, de casarões sombrios, grandes quintais e uma regular matriz, bem cuidada, no ponto mais alto de uma praça larga e sombreada de carnaubeiras. Era bem o tipo de vetusta cidadezinha sertaneja. Gente simples, hospitaleira e boa. Cercava o arcebispo e os sacerdotes de muitas atenções e venerações. O coronel José Alexandre de Oliveira, velho chefe de família, respeitado e estimado como o homem por excelência do lugar, declarou-me que a localidade parecia ter uns quatrocentos a quinhentos habitantes, visto contar um pouco menos de cem casas.

No dia seguinte, a terça parte da população assitia à missa de D. Otaviano e ouvia sua palavra cheia de doutrina. À noite, Frei Ângelo pregou um de seus proveitosos sermões de missão. Acabada a bênção, uma cinquentena de pessoas permaneceu na igreja, esperando confessar-se. Assentei-me na sacristia, perto de uma cômoda, em uma cadeira baixa, e não tardou que uma mulher aparecesse com um garoto de seus treze anos:
- Tá aqui meu fio prá se confessá. Tenha paciença cum ele, que é muito apoucado. 
Confesse ele, por bondade. 
Chamei o pequeno para perto de mim e notei um rosto tão rude, tão inculto, tão simplório, tão incapaz que adivinhei o fracasso. Tivemos o diálogo que aí vai:
- Quantos anos tens?
- Num sinhô!
- Vamos nos benzer.
- Num sinhô!
- Em nome do Padre...
- Num sinhô!
- E do Filho...
- Num sinhô!
- E do Espírito Santo...
- Num sinhô!
Pasmei de tanta ignorância e rudeza. Chamei a mãe do pequeno.
- Senhora, seu filho é incapaz de confessar.
- Ora, home! Eu queria qui ele se confessasse.
- Pois olhe, veja como ele é incapaz de se confessar.
E recomeçamos a peleja cômica.
- Diga comigo...
- Num sinhô!
- Eu pecador...
- Num sinhô!
- Me confesso à Deus...
- Num sinhô!
- E a vós, Padres...
- Num sinhô!
- Veja, minha senhora, seu filho é muito tolo demais. Não tem instrução nenhuma para se confessar!
- Tá bom! Ô misera! Menino do mato e bicho num tem diferença.
Despachados o pequeno e a mulher, vieram vários rapazes e pais de família, felizmente menos rudes que o garoto do “Num sinhô”.
Dei aula de catecismo a algumas dezenas de crianças e mocinhas, ensaiei cânticos e preparei o pessoal para o Sacramento da Crisma.

Debaixo das copadas mangueiras, atrás da matriz, espaireci alguns quartos de horas inesquecíveis.
- Menina, você tem um bonito cãozinho.
- Cruz! Credo! Eu nunca quis andar com aquele nem sei qui diga!
- Seu cãozinho está querendo brincar com você.
- Cãozim? Eu não tenho cãozim, não! Eu nunca quis sabê de nem sei qui diga, p'ra coisa nenhuma.
A menina não compreendeu que eu me referia ao esperto cachorrinho que a acompanhava.
Tirei proveito da simplicidade da tolinha.
- Você anda acompanhada de uma cãozinho mimoso.
- Ave! Ave! Ave! Eu não tenho nada com aquele “tinhoso”. Eu não chamo nem pelo nome dele. - e retirou-se quase em disparada.

Demoramos mais dois dias em Vargem Grande. No dia 28 de agosto, pelas 8 horas, possantes animais, visivelmente ajaezados, levara-nos a Mulundús.
As estradas eram boas. Meu cavalo, bom andador, acompanhava de longe a marcha velo da caravana de D. Otaviano: Frei Ângelo, seminarista Clotário e bons amigos que engrossavam o séquito do arcebispo.

O Emídio vinha um pouco atrás de mim. O sol dardejava seus raios sobre nós, e o preto suava, e a testa reluzia, e os beiços elasteceram: figura digna de um instantâneo fotográfico.
Após três horas de árdua viagem, avistamos umas casas de palha, uma loja e rostos amigos que nos fizeram desmontar. E não tardou o desejado café cheiroso. A conversa foi curta. A segunda parte da demanda dos Mulundús foi um tanto preguiçosa, devido ao sol e ao mal estar do Emídio.
Conversei bastante com o preto. O sol esquentava cada vez mais. Raramente uma brisa amenizava o ambiente, comparável ao ar da costa d'África. Mais uma hora de marcha penosa e vagarosa, e avistamos Mulundús.
O pó subia e voluteava no espaço, produzido pelas correrias de inúmeras gentes exibindo cavalos, éguas, burros, jumentos, ridiculamente ajaezados, e parece que, até, um boi cavalo apareceu naquele quadro típico e interessantíssimo.

Parte III

Durante dez dias. Cada ano, Mulundús é uma povoação de mais de duzentas barracas, habitadas por gente de todas as classes sociais.

Um pouco fora do perímetro, alojam-se dúzias de ciganos, exercendo o seu eterno negócio de trocar animais. Pelas ruelas de palhoças veem-se mulheres bem-vestidas e gente maltrapilha.

Dentro das casinhas, abrigam-se famílias, negociantes de toda espécie de mercadorias e no meio do borborinho, não faltam casinholas de mulheres de má vida. Cavaleiros estão frenquentemente experimentando alimárias e o pó que fazem subir espalha-se por ta parte a ponto de as folhas verdes tronarem-se cor de cobre. Constantemente transitam romeiros e na porta da capela grande e sem nenhuma arte sentam-se dezenas de pobres cegos, estropiados, doentes e gente de abrigo. Muitas vezes, por dia, ouvem-se sons de instrumento de música e mais que tudo as harmônicas e sempre francamente harmoniosas e provocantes que os sertanejos aprendem a executar com muita felicidade. Soldados rondam o acampamento e concorrem muito para a boa ordem que felizmente reina por toda parte. Apeando-me fui recebido pelos companheiros que riam do meu atraso e de nada valeu explicar que toda a vida fui mau cavaleiro. O almoço não tardou. E num encanto aquele repasto sobre uma mesa sólida numa varanda coberta de palha, quase ao ar livre e pouco longe do buliço popular de Mulundús.

O arcebispo na cabeceira e aos lados três padres e um seminarista formavam um ótimo convívio, em animada conversação e a mais completa cordialidade. À tardinha, fomos à capela e vendo-nos rodeados de algumas centenas de romeiros. D. Otaviano subiu ao palanque púlpito e fez um curto sermão de abertura da Missão.

Após entrarmos na capela constatamos o grande concurso de devotos cantando, rezando, dando esmolas e conversando.

Rezamos o terço e, fazendo o povo voltar ao largo, a multidão avolumou-se e Frei Ângelo pregou um longo sermão, ouvido com grande atenção. A massa, como um rio lento e invencível, conseguiu penetrar na ermida, assistiu ao canto das ladainhas acompanhado por bonita orquestra e à bênção do Santíssimo Sacramento. Como remate da cerimônia, centenas de vozes cantaram um bendito popular e os padres viram-se cercados de dúzias  de romeiros pedindo a confissão. E começou o vozeiro e começaram as frases que se não podem esquecer:
- Eu só me confesso com pade de barba!
- Os que não tem barba também num são pade?
- Mas os barbados são muito conseeiro!
- Aquele pade novo já sabe confessá a gente!
- Pru qui não? Todo pade qui diz missa sabe confessá!
- O pade barbado diz domisobisque ôiando p'ra baixo.
- É pra num vê muié pintada: mode num tê raia na missa.
Houve um certo reboliço no corredor da capela. Algumas pessoas apressaram-se. Mons. Dourado interveio e o corredor ficou e o corredor ficou quase deserto. Duas pretas magras e dentuças voltaram falando:
- Foi a Dizidera qui deu uma pilora?
- Não. Foi o cachorro que mijou no vestido dela e ela se pôs a xingá!

Parecendo-me que a conversa iria longe mandei que se calassem. As duas se retiraram com tanta pressa que uma parte da assistência, desconfiada, tomou o rumo do ar livre quase correndo. Alguns cegos cantavam na porta e uma serigaita passeava, bancando meneios de serpente e exibindo sapatos de salto muito alto. Formou-se, ao redor da sujeita, um grupo de ironistas que ela supôs admiradores. Infelizmente a serigaita pisou num pedaço de cano de zinco, perdeu o equilíbrio e caiu para trás soltando um estrépito, cujo som fez todos da roda se entreolharem galhofeirosamente.
Um cigano que retirava da boca a ponta do cigarro, gritou:
- Tá bom! - E retirou-se tapando as narinas com a mão esquerda e gesticulando exageradamente com a direita. O Álvaro, elebérrimo sacristão do Mons. Dourado, que acabara de espanar o palanque púlpito, saltou exclamando:
- Tá dito! - E muscou-se, levando o lenço ao nariz, fingindo o maior espanto. O sineiro subiu a escada do sino, mas, vendo a cena do cigarro e do Álvaro, deu duas voltas no corpo e berrou:
- Tá certo! - E correu para a casa dos padres, rindo desesperadamente. Dois rapazinhos vendedores de doce, imitando os três ironizantes correram de banda, exclamando:
- O tempo tá de rasgá! - E puseram-se a dançar malevolamente, tapando o nariz com as abas do jaleco. A infeliz levantou-se de um pulo, dizendo sem grito:
- Isto só sendo arte do diacho! - E barafustou para trás da igreja, praguejando, raivosa e envergonhada. E eu me convenci de que em toda parte há um pedaço de comédia.

Em novo livro, cronista Marina Bueno Cardoso eleva o leitor a mergulho no cotidiano da grande São Paulo

A jornalista Marina Bueno Cardoso lança pela Editora Penalux, no próximo dia 24 de setembro, seu segundo livro de crônicas com o sugestivo título “Descansar do Mundo”, que parece nos fazer um convite ao distanciamento das despreocupações com a turbulência mundial e condição esquizofrênica do país na atualidade, e eleva o leitor a mergulhar no cotidiano da capital paulista. O evento de lançamento da obra será no Bar Balcão (Rua Dr. Mello Alves, 150 - Cerqueira César), em São Paulo/SP, a partir das 19 horas.

Na obra, a proposta da cronista é que os leitores mergulhem no dia-a-dia da urbe e confrontem-se com as diferenças, encantos, injustiças, curiosidades, impaciência, sonhos, gentilezas, misérias, vitórias, ironias, espantos e tudo o mais que permeia a vida de quem mora na capital paulista. Suas crônicas sintetizam os muitos universos de São Paulo e a necessidade de desprender-se momentaneamente das agruras e frenesi cotidiano, sugerida pelo título, revela-se por inteiro numa delas.

Com cuidadosa edição e ilustração de capa de tela de Gregório Gruber, “Descansar do Mundo” traz uma variedade de temas e abordagens, como ressalta o escritor e professor universitário João Anzanello Carascozza que assina o texto da orelha: “O livro abre com a primeira experiência da autora ante as tradições judaicas e finaliza com a dolorida narrativa da morte de sua mãe – e, entre essas duas margens, proporciona-nos numerosas experiências de fruição literária, oferecendo uma multiplicidade de temas e de tipos humanos que florescem na metrópole”.

É o jornalista, biógrafo e também cronista Ruy Castro quem escreve na quarta capa do livro: “Ao ler as crônicas de Marina Bueno Cardoso, sinto-me estranhamente à vontade dentro delas - em família com suas palavras, seu ritmo, seu universo. Crônica é conversa fiada e gosto de suas histórias e do jeito que ela conta. Marina é coisa rara, uma cronista paulistana. Como uma cronista que se preza, ela mete os pés pelas mãos – ou seja, sai a pé por São Paulo e nos traz seus personagens, cheiros, cores. Ou, como ela própria diria, coisa (s) da cidade que tem voz própria, calor entre as pessoas e onde tudo é possível, até o impossível.”

A autora circula pelo perímetro dos Jardins, Pinheiros, Vila Madelena, Santo Amaro, Brooklin e, apesar de estar nessas ilhas prósperas da cidade, dá voz a todas as tribos. Nenhuma delas passa ao largo da sua observação. Com olhar e ouvidos atentos, ela capta a emoção de personagens tão interessantes quanto diversos: ambulantes que fazem show de acrobacia nos faróis; profissionais low profile; o garagista que “arranha” no francês; os pernetas pedintes que não perderam seus sonhos. Esses e outros tantos anônimos e famosos que dão vida à cidade têm lugar em seus textos.

“Também avulta dessa obra o apelo à memória que recupera preciosidades do passado (a história da pichação Cão Fila K26; o lanche na Vienense) e as atualiza com o conhecimento de hoje - outra qualidade rara na crônica tradicional, quase sempre enraizada no tempo presente”, ressalta Carrascoza, enfatizando: “Descansar do Mundo resulta, por sua pluralidade, num livro singular de crônicas.”

Foto: Daniel Guimarães
Marina Bueno Cardoso começou sua trajetória pela crônica como colaboradora do extinto Jornal da Tarde, do grupo O Estado de São Paulo, entre 1993 e 1995. Num longo intermezzo, dedicou-se à carreira profissional em Comunicação Corporativa e atuou como colaboradora em revistas da Editora Abril e no suplemento Casa & Cia na Folha de São Paulo. Em 2008 voltou a escrever crônica e a partir daí participou de oficinas literárias com escritores distintos como Marcelino Freire, Fabrício Carpinejar, Anna Rüshe, Noemi Jaffe e mais recentemente com Ronaldo Bressane.

“Petit-Fours na Cracolândia”, seu primeiro livro, foi lançado pela Editora Patuá com Prefácio de Ignácio de Loyola Brandão, em 2015. Marina recebeu o Prêmio Paulo Setúbal com a crônica que deu título a publicação. Posteriormente, foi convidada por Maurício Machado, head do portal saopaulosao.com.br, a escrever crônicas quinzenais, replicadas pelo portal literário musarara.com.br, sob a batuta de Edson Cruz. “Entre Perucas e Solidéus”, crônica que abre o livro “Descansar do Mundo” foi publicada nos portais mencionados e premiada pela Associação de Letras de São Joaquim da Boa Vista.

Com 140 páginas, o seu livro “Descansar do Mundo” está por R$ 38,00 pela loja online da Editora Penalux (www.editorapenalux.com.br/loja). Para mais informações, ou contato com a autora pode ser obtido pelo e-mail marinacardoso@uol.com.br ou telefone (11) 99263-8190.

“Mergulho”, primeiro livro de crônicas de Silvia Waltrick Bernardi, será lançado em Florianópolis

“Mergulho” é um livro de crônicas, e o primeiro não técnico, escrito pela advogada catarinense Silvia Waltrick Bernardi. Publicada pela Editora Inverso, com 100 páginas, a obra emociona pela sua narrativa poética, leve e ao mesmo tempo contundente. Já lançado em Concórdia/SC nesse mês de março, um evento de lançamento está previsto para o dia 3 de abril na Livraria Catarinense (Shopping Beira Mar), em Florianópolis/SC, a partir das 19:30 horas. Outro lançamento está sendo organizado para a cidade de Chapecó/SC, também em abril.

O livro “Mergulho” aborda observações sobre a humanidade pinçada nas cenas cotidianas, nas dores e nas alegrias de gente que vive, de gente de verdade. A obra emociona pela sua narrativa poética, leve e ao mesmo tempo contundente. Nas crônicas que falam de bicho, natureza, amor, viagem, abuso, depressão entre outros, é possível encontrar o exato ponto entre o doce e o amargo, a tristeza e a benção de ser exatamente o que somos: humanos.

Sobre a ideia do livro, a autora destaca: “O livro surgiu da ideia de compilar crônicas que eu já venho escrevendo há alguns anos em Jornais regionais e pelo bom acolhimento que tenho recebido pelas redes sociais com a publicação de algumas delas. Esse contato com as pessoas é muito gratificante”.

Silvia Waltrick Bernardi é de Florianópolis/SC, é advogada formada em Direito pela UFSC. Atualmente, trabalho no jurídico e na gestão de uma clínica de oncologia no Oeste de Santa Catarina, por isso algumas crônicas com essa temática. “Mergulho” está sendo a primeira publicação da autora que, até então, só havia publicado livros técnicos na área do direito. O livro está por R$ 35,00 na loja online da editora (https://goo.gl/RsRn5m).

Jornalista Leandro Marçal alia futebol e literatura no livro “De Letra: O Futebol É Só Um Detalhe”

Será lançado no começo de abril, em Guarujá/SP, “De Letra: O Futebol É Só Um Detalhe”, o primeiro livro publicado do jornalista Leandro Marçal. A obra é um livro de crônicas, onde o autor traz textos que aliam literatura e futebol ao mesmo tempo. O livro é recomendado aos que reconhecem no futebol não só um jogo dentro de quatro linhas, mas uma grande metáfora para o cotidiano fora delas, e para quem não gosta do esporte, mas ama literatura.

Na obra “Em De letra: O Futebol É Só Um Detalhe”, Leandro Marçal traz seu olhar de cronista para aspectos distantes das análises táticas dos debates esportivos. Escolher o
time, narrar partidas na quadra da escola, usar o telefone para interagir com a transmissão da TV e o sanduíche de pernil na porta do estádio são temas mais importantes que as estatísticas. Detalhes ganham um olhar especial de quem carrega as crônicas e a literatura na veia, como glicose. Aqui, o golaço é da literatura.

Leandro Marçal mora em São Vicente/SP, é jornalista de formação, e atua como freelancer. É cronista nos portais Ludopédio, TRENDR, Revista Subjetiva e CinemAqui. O seu livro “De Letra: O Futebol É Só Um Detalhe”, surgiu a partir das crônicas escritas por Marçal na coluna “De Letra”, do site Ludopédio, o maior portal acadêmico de futebol do Brasil. “Em ano de Copa do Mundo, nada como aliar futebol e literatura a alguns meses do grande evento do esporte mundial”, destaca o autor.

O livro foi publicado pela Editora Multifoco, sob o selo Drible de Letra, com 128 páginas e custa R$ 45,00 na loja online da editora (https://goo.gl/6xZ1Tk). O primeiro lançamento da obra será no dia 2 de abril no Restaurante Japa Food Zero 13 (Av. Miguel Mussa Gaze, 300 - Santa Rosa), a partir das 19 horas. O autor pretende fazer outros eventos de lançamento, porém ainda não há nada fechado.

Coletânea de crônicas é publicada em novo livro do autor mineiro Alexandre Brandão

Com novo lançamento agendado para o dia 24 de fevereiro, em São Paulo/SP, o livro de crônicas “O Bichano Experimental”, publicado pela Editora Patuá (São Paulo), é o mais recente trabalho do autor mineiro Alexandre Brandão. Nele, o autor reúne uma coleção de crônicas que foram escritas entre 2010 e 2016. O livro possui 180 páginas e foi publicado pela Editora Patuá.

“O Bichano Experimental” é segundo livro de crônicas de Alexandre Brandão, e a motivação pela sua escrita tem a ver com a aceitação que elas encontram no público que frequenta o seu blog, o “No Osso” (www.noosso.blogspot.com.br). Além das demais publicações, nas quais suas crônicas aparecem. “A crônica costuma promover um diálogo muito grande com os leitores, ao contrário do conto, por exemplo”, cita o autor.

“Tenho profundo respeito pelo gênero e por quem o cultiva com cuidado. Alexandre Brandão é um. Tenho sido seu fiel leitor desde que nos conhecemos. Ele reconhece o terreno e avança: reverencia a tradição e compõe os próprios temperos; toca os standards e sampleia novos acordes; conhece a principal ferramenta de trabalho, a língua, e faz dela gato e sapato, quando lhe convém”, cita Sérgio Fantini, no prefácio da obra. “O que sempre me impressionou nesses camaradas é a capacidade, na minha opinião um dom, de tratar os temas mais comezinhos como se lidassem diretamente com as musas - em carne e osso e profunda intimidade. Com o tempo, entendi que, além de dom, é uma técnica literária apurada, mas também entendi algo mais: trata-se de generosidade”, continua.

Foto: Átila Roque
Alexandre Brandão é mineiro natural de Passos, mas vive atualmente no Rio de Janeiro/RJ. É casado e tem três filhos. Possui formação em Economia e trabalha como funcionário público. No campo da literatura, publica desde 1991 e, entre livros seus e participações em coletâneas, tem 12 livros. Em 2012, lançou o seu primeiro livro de crônicas com o título “No Osso: Crônicas Selecionadas”, publicado pela Cais Pharoux, do Rio de Janeiro. O autor escreve principalmente contos e crônicas, estas saem em alguns veículos eletrônicos, como é o caso da revista Rubem (www.rubem.wordpress.com), e ficam também definitivamente hospedadas em seu blog.

Em 2014, Alexandre lançou, pela Editora Oito e Meio (Rio de Janeiro), a coleção de contos “Qual É, Solidão?”. No ano passado (2017), participou de duas coletâneas: “Nosotros - 20 Contos Latino-americanos”, pela Editora Oito e Meio, e “Perdidas: Histórias Para Crianças Que Não Têm Vez”, pela Editora Imã, do Rio de Janeiro.

O lançamento da obra “O Bichano Experimental” será na Patuscada - Livraria, Bar & Café (Rua Luís Murat, 40), a partir das 19 horas, em São Paulo/SP. Outros eventos de apresentação do livro estão previstos para as cidades de Belo Horizonte e Passos, com datas ainda não definidas. Mais informações sobre o lançamento do dia 24 de fevereiro estão no link do Facebook: www.facebook.com/events/192042474866371/. O preço de venda do livro é de R$ 40,00 (formato impresso) pelo site da editora (www.editorapatua.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=531&Itemid=53).

“Melhor Que Sexo!”, é o livro de estreia do autor Luiz Cláudio Siqueira

“Melhor Que Sexo!” é o livro de estreia do autor Luiz Cláudio Siqueira, que reuniu em seu primeiro livro os textos publicados no Facebook. Com 182 páginas, a obra é um livro de crônicas publicada pela Editora Autografia, e aborda os mais variados assuntos como amor, paz, fé, gratidão, amizade, bom humor. O título é o nome da primeira crônica e a resposta para o que é melhor que sexo é uma grande surpresa para o leitor. O livro foi lançado no último dia 16 de dezembro no Hotel H em Niterói/RJ.

O livro “Melhor Que Sexo!” é uma obra otimista, alto-astral, e que nos faz valorizar o lado bom da vida. São crônicas inspiradoras para se levar uma vida melhor, mais feliz e gratificante. Para cada crônica, há uma bela ilustração. Os textos são cheios de humor e sabedoria, fazendo o leitor perceber o quanto é fundamental desenvolver a fé e abrir o coração para a generosidade. É um livro bem gostoso de se ler, porque os textos são curtos e os temas fazem parte do dia a dia de todos nós, criando uma imediata identificação com o leitor.

“Eu sempre gostei de escrever textos curtos sobre os mais variados assuntos e os publicava no Facebook. Os amigos gostavam muito e me perguntavam quando é que sairia o livro. Tive a ideia de reuni-los num blog. O Melhor Que Sexo!, é a coletânea dessas crônicas que estavam no blog, o qual hoje cresceu e se transformou na página Altos Textos, no Facebook”, revela Luiz Cláudio.

Luiz Cláudio Siqueira tem 53 anos e mora na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro. É formado em Publicidade pela UFF (Universidade Federal Fluminense) E Já trabalhou como redator para diversas agências de propaganda e empresas de comunicação, como a Editora Abril, por exemplo. Atualmente exerce essa atividade como freelancer. Para conhecer mais sobre o seu trabalho como publicitário, basta acessar o link www.luizclaudio.carbonmade.com. Luiz tem ainda uma página de crônicas no Facebook, chamada Altos Textos, onde publica dois textos semanais, companhados de belas fotos. “Melhor Que Sexo!” é o seu primeiro livro publicado.

“Acredito firmemente que o livro é um excelente produto. O título é bem sugestivo, a capa é atraente, o conteúdo é bem interessante porque a leitura prende a atenção, tem belas ilustrações, e o preço é acessível. É um ótimo livro para se comprar ou dar de presente”, sugere o autor. O livro está por R$ 38,00 na loja online da editora (http://www.autografia.com.br/loja/melhor-que-sexo!/detalhes), além de ser encontrado nas livrarias Blooks (em Botafogo) e Reserva Cultural (em Niterói e São Paulo). Em breve na Cultura (Centro) e Fnac (Barra) no Rio de Janeiro.

Parceria literária resulta na obra “Amor, Insônia e Outras Travessias”, das autoras Aryane Silva e Yohana Sanfer

O livro de crônicas “Amor, Insônia e Outras Travessias”, é uma obra organizada pelas autoras cariocas Aryane Silva e Yohana Sanfer, e fala de amor, de saudades, de fases, das surpresas do tempo e das travessias que uma hora ou outra o coração aprende - ou segue tentando - a fazer. O livro, que é indicado tanto para adolescentes, quanto para jovens e adultos, possui 190 páginas, foi publicado pela Editora Garcia e está por R$35,00 (impresso) no site da livraria virtual Sanfer Livros (ou em contato direto com as autoras por suas redes sociais), com dedicatória, marcadores e frete grátis.

Além de crônicas, amor, insônia e outras travessias, o livro traz quotes em páginas e um QR Code para acesso ao Spotify. Nele, as autoras criaram uma playlist com músicas que lhes inspiraram a escrever ou embalaram suas noites de preparação do livro. O lançamento da obra será na cidade do Rio de Janeiro/RJ nesta quinta-feira (14), na Livraria Arlequim (Praça XV de Novembro, 48 - Centro), a partir das 18 horas, com entrada livre. O evento contará com a participação e apresentação da blogueira Fernanda Figueiredo (blog Livros Minha Terapia). Interessados em adquirir o livro podem acessar a loja virtual Sanfer Livros no endereço http://sanferlivros.com.br.

“Tudo é um ciclo. Primeiro, nos reconhecemos no outro através do amor. Ele pode ser platônico, bem vivido, saudosista, não importa: a essência é a mesma. Ele chega e muda a vida de todos. Causa borboletas no estômago, expectativa e noites sem dormir. Nessas noites em claro, pensamos no outro que nem sempre está perto, amamos cada lembrança, sentimos saudade. E se a saudade é boa, o amor é renovado com sorrisos bobos. Se não, é hora de mudar e seguir em frente. Amor, insônia e outras travessias é este ciclo escrito no papel, que fala sobre a minha vida, a sua vida, a vida de todos nós”, da sinopse da obra.

Aryane Silva é carioca, professora, pedagoga e graduanda em Letras (Português e Literatura). Sobre a parceria com Yohana Sanfer, a autora comenta: “Alguns leitores sugeriram essa parceria, por conta da minha proximidade com a Yohana, mas era uma ideia muito distante. Cada uma estava com um projeto diferente. Este ano, a ideia nos surgiu de repente, em uma conversa e vimos que era o momento certo”. Seu primeiro livro publicado foi “(re)encontros”, pela Editora Buqui, em 2014. Nele, há nove contos sobre reencontros, todos baseados em fatos reais.

Yohana Sanfer temo 33 anos, mora em São Gonçalo/RJ e além da escrita trabalha e estudo na área de Educação. Perguntado sobre a ideia de escrever o livro, a autora nos revela: “A vontade já existia, inclusive incentivada pelos leitores que sempre comentavam sobre os nossos textos. Mas a ideia surgiu este ano, motivadas pela nossa paixão por crônica, nossas muitas afinidades e a vontade de dividir esse sonho”. A autora já possuía antes, dois livros publicados, além da participação em uma antologia de contos. O primeiro, “Da Boca Pra Dentro” (2013), é um livro de crônicas, o segundo, “É de menino, É de Menina” (2015), é uma obra de Literatura Infantil, e o terceiro, o qual fez participação, é o livro de contos “Doze Por Doze” (2016). Todos os livros estão disponíveis para compra na rede Skoob e no site www.sanferlivros.com.br  (livraria virtual com foco em autores nacionais contemporâneos e envios com frete grátis).

Por enquanto, Aryane e Yohana dedicam-se às vendas virtuais e às encomendas do livro, que vem de leitores de diversas regiões do país. Para 2018 pretendem levar o livro para a Bienal de Minas e realizar uma sessão de autógrafos em uma das bibliotecas da rede Municipal de Niterói/RJ.

Cineasta brasileiro Braz Chediak retorna ao cenário cultural com o livro de crônicas “Uma Corruíra Na Varanda”

O cineasta e escritor brasileiro Braz Chediak continua surpreendendo e acaba de lançar, pela Editora Penalux, a obra “Uma Corruíra Na Varanda”. Um livro de crônicas com 186 páginas, ótimo para ler com leveza, sem pressa, como se estivéssemos diante de uma exposição de afetos. A obra é um relicário de memórias, estórias, histórias, pensamentos que nos conduz a uma terna conversa no estilo à boa tradição dos narradores orais, que estacam o leitor na velha encruzilhada da literatura.

“O cineasta Braz Chediak sempre foi um precursor em tudo. Muito jovem, e numa época talvez a mais obscura da recente História brasileira, deu voz aos personagens outsiders da até então inédita e maldita obra do dramaturgo Plínio Marcos”, começa assim o texto de apresentação do cineasta Luiz Carlos Lacerda, que assina a orelha do livro de Chediak. A obra está por R$ 35,00 na loja online da editora (http://bit.ly/corruira_na_varanda_leia).

Braz Chediak nasceu em Três Corações (MG) em 1942, e na sua infância trabalhou como balconista, engraxate, vendedor de laranjas em janelas de trens. Já no Rio de Janeiro, trabalhou como bancário durante 2 meses e, em seguida, como secretário do então senador Juscelino Kubitschek. Deixou o trabalho formal e ingressou no mundo artístico, trabalhando em peças teatrais e no filme “O Homem Que Roubou A Copa do Mundo” (1961). Com bolsa de estudos concedida pelo Itamarati (100 dólares mensais) foi para a Itália onde trabalhou como jornaleiro enquanto estudava cinema. Voltando ao Brasil, trabalhou como ator, roteirista e diretor de cinema.

Imagem: Fernando Lemos
Como roteirista escreveu “A Lei do Cão, Matador Profissional”, em (1967) e participou do roteiro de todos os filmes que dirigiu, tendo, inclusive, parceria com Nelson Rodrigues. Como diretor é dele os clássicos “Navalha Na Carne” (1ª versão, 1969), “Dois Perdidos Numa Noite Suja” (1ª versão, 1970), “Perdoa-me Por Me Traíres” (1980) e “Bonitinha, Mas Ordinária” (1981), entre muitos outros. Todos eles tiveram algum tipo de problema com a censura da época, por tratarem de problemas como fome, adultério, prostituição e outros temas então considerados tabus.

Seu conto “O Peixinho Dourado” fez parte da antologia “Crime Feito Em Casa”, organizada por Flávio Moreira da Costa (Record, 2005). Em 2011, publicou seu primeiro romance: “Cortina de Sangue”, pela Mirabolante Editora. De sua assídua colaboração como cronista em diversos jornais mineiros, para os quais escreveu mais de 400 crônicas, surge agora essa seleção de crônicas. Atualmente vive em sua cidade natal, onde dirige cursos de formação de atores e rege a Banda Tricordiana composta por crianças da periferia da cidade.

Crônicas com temas do cotidiano, mensagens e recados viram livro da advogada fluminense Nathália Karl

Com o lançamento organizado para o início de dezembro, o livro de crônicas “Relatório de Evidências” é a primeira obra publicada da advogada e autora fluminense Nathália Karl. A obra, que busca olhares de jovens e adultos, possui cerca de 308 páginas e foi publicada pela Editora Literar. O lançamento ocorrerá no dia 1 de dezembro, às 17:30h na Livraria Nobel (Rua 16 de Março, 399 – Centro), na cidade de Petrópolis (RJ), com entrada franca.

O livro é dividido em duas partes. A primeira, que a autora chama de “Evidências”, traz 32 crônicas bem humoradas, com temas variados do cotidiano. A segunda, denominada “Minutos de Epifania” (paráfrase infame e irônica de Minutos de Sabedoria), traz minicrônicas, mensagens, recados e pensamentos da autora publicados nas redes sociais; ou como ela mesma diz é “um oráculo com opiniões, desaforos, aconselhamentos e outras aleatoriedades”.

A ideia de escrever o livro surgiu a pedido de amigos e familiares, bem como pelo incentivo de seus clientes que foram fomentadores e apoiadores do Relatório de Evidências, pois Nathália Karl sempre foi muito humorada e tem uma forma peculiar de se comunicar, seja através da fala ou da escrita.

Nathália Karl é de Petrópolis, no Rio de Janeiro. É advogada e atua como Assessora Jurídica de empresas privadas e Companhias de Teatro. Desde o ano de 2015, a autora se dedica a cultura e as artes em geral. Atualmente faz parte da comissão julgadora do Prêmio Maestro Guerra Peixe de Cultura, tradicional premiação que já está em sua décima edição e homenageia os destaques da Cultura na Cidade de Petrópolis, bem como, apresenta pelo terceiro ano, o também tradicional Festival de Esquetes de Petrópolis - FEESPE, sendo este o maior evento de teatro da Região Serrana. Nathália encerra o ano de 2017 celebrando sua nova e esperada vertente de escritora, totalmente antagônica a sua rotina jurídica que completa uma década.

A autora se iniciou nas redes sociais em 2007 escrevendo crônicas em seu blog “Uma Surpresa Ambulante” (hoje desativado), se ausentando das mídias sociais de 2010 a 2011, período em que se dedicou exclusivamente ao trabalho como advogada e a sua gravidez. Retornou com suas crônicas irônicas e humoradas no ano de 2015 como escritora convidada no site www.cronicasdecategoria.com e em janeiro de 2017 decidiu finalmente publicar o seu primeiro livro. Um projeto diferente abraçado em agosto de 2017 e realizado em tempo recorde pela Editora Literar, que também é de Petrópolis.

“Relatório de Evidências” está disponível por R$ 40,00 (livro físico) na Livraria Nobel e na fanpage Relatório de Evidências, no Facebook. Além do lançamento do dia 1 de dezembro, está sendo organizado também uma seção de autógrafos em um Café Bistrô, em Petrópolis (RJ) e em São Paulo (SP).

Reeducação espiritual - Anderson Lima

Charles Ethan Porter - óleo sobre tela - 1883

A alma da gente deve se alimentar da beleza sacramental. E não da feiura do pecado. Porque o pecado engorda e nos deixa cada vez mais pesados. A beleza do sacramento da confissão, pelo contrário, nos deixa mais leves.

Os santos vivenciaram a imensa leveza da graça de Deus e por isso foram belos e não se conformaram com a feiura do pecado. Santo Agostinho, antes de sua conversão, pecou, engordou e vivia pesado, no entanto, depois de muitas buscas e inquietações interiores encontra dentro de si o que sempre buscou fora, a “Beleza Antiga e Sempre Nova”. O encontro com a Beleza Divina sempre nos transforma e tira das nossas costas o peso do pecado, da feiura, porque somos a imagem e semelhança de Deus.

No Evangelho de São João, Jesus nos diz: “Eu sou o PÃO da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”. (6, 35). Interessante observar que nossa experiência cristã acontece a partir de uma mesa, pois na mesa partilhamos o PÃO. Na mesa partilhamos a amizade, a vida e os sofrimentos para ganhar o pão de cada dia. Entretanto, não é toda e qualquer pessoa que convidamos para sentar à mesa e nos alimentarmos, chamamos somente àquelas que temos afinidade. Na mesa partilhamos a vida e os sentimentos. Na grande mesa do altar partilhamos a Eucaristia.
           
Segundo a teologia cristã, o homem um dia se perdeu pela boca, mas esse mesmo homem um dia vai se salvar também pela boca. De fato, se um dia nos perdemos foi pela boca. A boca que fala tanta coisa bonita, às vezes, é extremamente destrutiva, pois se não temos controle da língua acabamos com relacionamentos, destruímos pessoas, somos capazes de cometer atrocidades com o outro verbalizando palavras que o machucam. Por conseguinte, a salvação vem também pela boca. O mesmo Deus que um dia ofereceu aquele paraíso e que perdemos pela desobediência, pelo pecado. Ele não ofereceu mais alimento, isto é, Ele se faz alimento. O nosso Deus oferece a sua carne e o seu sangue.

           
Diante da multiplicidade de alimentos religiosos, literários, culturais e superficiais somos convidados a escolher o que vamos comer. E aqui não se trata simplesmente de gastronomia, e sim, daquilo que alimenta o nosso coração, nossa FÉ e nossa alma. Existem pessoas que possuem uma pressa e uma fome tão grande pela felicidade que qualquer alimento que aparece acabam se precipitando e comem. E com isso gera-se frustração e indigestão. É necessário fazer uma “reeducação alimentar” e por que não dizer espiritual?
           
A proposta de Jesus, como descreve São João, é: “EU SOU O PÃO DA VIDA”. Quem comunga o corpo do Senhor e quem bebe o seu sangue, está bebendo de suas ideias e de seus valores, bem como está incorporando para si os valores mais belos da humanidade. Não devemos nos alimentar somente pela boca, e sim, pelos olhos, contemplando a beleza de Deus e pelos ouvidos, escutando a sua Palavra.
           
Que Deus nos conceda sabedoria quanto às nossas escolhas, visto que, sábio é aquele que tem a capacidade de degustar os alimentos, de absorver e de tirar melhor proveito deles, pois tem certos alimentos que quanto mais comemos mais pesados ficamos e alimentos especiais que nos deixam leve. Busquemos o AMOR, a paz, a compreensão e o sacramento da reconciliação que consequentemente no dia a dia os nossos pensamentos serão alimentados de forma mais estruturada.
           
Jesus é o PÃO da Vida! Ele veio para alimentar as almas mais dignas e leves. Que a nossa fome encontre a comida certa. E a comida certa é o PÃO que desceu do céu.


Depois do sucesso nas redes sociais o gaúcho Paulo Curió reúne seus textos e publica o primeiro livro

Com duas apresentações já realizadas, o primeiro livro do autor gaúcho Paulo Curió será lançado oficialmente no próximo dia 10 de agosto, no Centro Universitário de Lavras (Rua Padre Bernardo Kaowner, Nº 15, Centenário), na cidade de Lavras (MG) a partir das 18:00h. A obra, que reúne contos e crônicas, recebe o título de “Hemisférios – Dos Amores Racionais Às Razões do Amor” e foi publicada pela Editora Multifoco. Os pré-lançamentos ocorreram nos dias 26 e 28 de julho nas cidades de Varginha (MG) e São João Del Rei (MG), respectivamente.

Se consultarmos qualquer dicionário, perceberemos que o conceito de hemisfério está sempre atrelado à ideia de metade: “cada uma das metades da Terra”, “cada uma das metades do cérebro e do cerebelo”, “metade de uma esfera”. Os Hemisférios de Paulo Curió não se relacionam com metades, mas, antes, com a ideia de completude, plenitude, afeto e amor. Trata-se de um livro que se revolta contra a superficialidade e a liquidez (no sentido de Bauman) dos relacionamentos contemporâneos. O autor, nestas páginas, revela-se um observador atento e minucioso daqueles pequenos fracassos e alegrias que fazem parte da vida de cada um de nós.

Há um pouco mais de um ano e meio nasceu no autor, o hábito de escrever nas redes sociais. Devido ao número crescente de leitores (curtidas e compartilhamentos) surgiu primeiramente a ideia de um blog, logo depois, os textos foram compilados. Por ser um experimentador por excelência (já fez teatro, cinema, televisão, dança, capoeira, música) decidiu então, aventurar-se na literatura, investindo no projeto chamado “Hemisférios – Dos Amores Racionais Às Razões do Amor”.

Paulo Curió é gaúcho, natural de Porto Alegre (RS), mas reside em Lavras (MG) desde 1996. É Engenheiro Mecânico de formação, e trabalha na indústria automotiva. É professor universitário do Centro Universitário de Lavras (UNILAVRAS), nos cursos de Engenharia Civil e de Produção. Atualmente, também, é percussionista em uma banda de forreggae “O Circo da Lua”, professor de dança, articulista no jornal “Voz” da cidade de Perdões e fomentador cultural.

O livro “Hemisférios – Dos Amores Racionais Às Razões Do Amor” possui 199 páginas  e está por R$ 42,00 (formato físico) no site da editora (www.editoramultifoco.com.br), ou sob encomenda direta com o autor pelo e-mail paulorenatocurio@gmail.com ou pelo telefone (35) 99112-6259.

Lembranças Perfumadas - Anderson Lima

Imagem: Ir. Damian
A vida é feita de coisas pequenas e simples, tem horas que sou visitado pelas bonitas aventuras e nostálgicas lembranças do meu tempo de criança.

A gente cresce, as rugas marcam nosso rosto e o coração floresce de gratidão a Deus pela linda manifestação de sua bondade que nos concede a existência. Viver é muito mais que um simples gesto de soprar as velinhas, viver é algo sagrado, é mistério sacramental.

Revisito o pretérito de minha vida e encontro as belezas que formaram meu coração. Sinto-me criança revirando a caixinha de brinquedos das lembranças vivas que o chronos não levou e nem desfez. Redescubro os sorrisos mais sinceros, as mãos que me seguraram, os abraços floridos e o cheiro do café da vovó. Quanta saudade! A saudade é o coração da gente dizendo para onde quer voltar.

A memória tem a capacidade suave de eternizar efemeridades. Em mim se eterniza tudo aquilo que amei, o sinal da cruz com que fui marcado, o beijo doce de minha mãe, as palavras de minha avó e os seus gestos mais simples. São memórias que o tempo sacramentou.

Viver é expor os sinais de amor, os laços e os traços de dor e saber que nem tudo é flor. É encontrar-se com os olhos luzentes de reconciliação. É perdoar-se! É atar todos os elos positivos do passado e viver leve o presente. Personificando-se de simplicidade e gratidão às pessoas que pintam nossos dias cinzas de cores e pensamentos celestes. São pessoas de corações elevados que com afabilidade nos trazem a patena do amor.

Ressignificar os momentos efêmeros em eternidade é reviver os acontecimentos significativos que o tempo não desfez, as lembranças perfumadas que moram em nós.

Em homenagem ao centenário da mãe, filha publica obra de contos e histórias vividas por ela

A cirurgiã-dentista Nárriman Syrio publicou recentemente seu primeiro livro, intitulado “Casca Fina”. A obra é composta por 28 histórias, puxadas no fio da memória em homenagem ao centenário de Dona Cacilda, mãe da autora, que fez aniversário no último dia 18 de junho. Lançado na Livraria Leitura do BH Shopping no dia 22 de junho, em Belo Horizonte - MG, o livro foi editado pela Editora O Lutador e possui cerca de 92 páginas.

“Casca Fina” veio a pedido de Dona Cacilda, quando Nárriman Syrio aceitou o convite para registrar em um livro as histórias que a família recontava e sobre suas histórias. E para homenageá-la, em seus 100 anos, ele compilou as histórias nessa publicação. A capa foi composta por objetos da família e uma carta do pai de Nárriman, falecido em 1962,  escrita para Dona Cacilda,  onde ele cita o nome do autor, e que compõe a folha de rosto da obra.

“... Memória é força vital, diapasão de recordações, sintonia para ouvir o que parece não soar mais. No entanto, a palavra, outra força vital e igualmente criadora, reconstrói o passado e anima o presente. Dá-lhe vida, à luz daqueles que como Dona Cacilda, perfazem um século de existência. Renova forças em um mundo ameaçado pelo efêmero. Assim, Casca Fina, tal como o ponto certo da jabuticaba é colheita de vivências e de afetos. É busca do que vai pelo coração, na fineza de sua casca”, trecho do prefácio da professora Sílvia Contaldo.

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