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Novo lançamento da Letramento ensina a como se comunicar nas mídias sociais


Vivemos em uma sociedade virtual e a comunicação é o quê sustenta as relações sociais, já que nosso cotidiano é na nuvem. Que tal percorrer um caminho de relações saudáveis, sem deixar que suas mensagens sejam interpretadas como polêmicas ou tragam repercussão negativa? A sua fala nas mídias constrói ou destrói?

Saber manter sua identidade e falar sem agredir são importantes passos para uma sociedade harmônica, seja na nuvem ou não. "Sociedade na Nuvem" reúne uma coletânea de teorias de especialistas com um guia, criado por Liv Soban, para que instituições tenham uma comunicação mais sustentável.

Esta obra nasceu da percepção de que instituições e pessoas precisam de auxílio para criar uma imagem sólida nas mídias sociais, evitando gargalos comunicacionais e, principalmente, não perdendo sua essência.

Entender o cenário que o potencial público se encontra e sua contextualização para o desenvolvimento de campanhas ou de qualquer simples mensagem são fundamentais para que todos estejam dentro de um mesmo entendimento e interpretação.

Você percorre um caminho de construção com quem quer falar ou de destruição? Descubra neste livro! A obra está disponível no site da editora (www.editoraletramento.com.br).

Liv Soban é jornalista, mestre em Comunicação e Marketing pela UCA (University for Creative Arts) e agora escritora! Há 15 anos, constrói estratégia de marcas, planos de marketing, comunicação e comercial em diversos segmentos. Atua também como relacionamento e portavoz de empresas. É apaixonada por pessoas, pets e vinho. Sua religião é a empatia. Acredita no amor e tem como foco colocar este sentimento em tudo que faz. Proprietária da Agência Liv 360º, se formou na Cásper Líbero e fez cursos na área de comunicação na FGV, IBMEC, USP, Copenhagen Business School e London School Of Design and Marketing.

E O Que Não For Leve Que O Vento Leve - Anderson Lima

Imagem: Ir. Damian
O pecado é pesado! Jesus caiu carregando a Cruz, os pecados da humanidade Ele trazia nos ombros. Pecar é preferir o chão pedregoso ao céu. O pecado é sujo, é um buraco no meio do caminho. É feito de lodo e lama. O pecado tem muitos nomes, inveja, gula, avareza, orgulho… alguns têm até sobrenome.

Viver nesta terra é ser sempre confrontado, exposto e lutar contra as insinuações do imundo e das nojeiras da antiga serpente. Ao criar o mundo Deus percebeu que tudo estava em harmonia, tudo refletia beleza, leveza e paz. O mundo criado pela desobediência e pela ilusão do homem é desarmônico, feio e pesado. É o mundo das inovações, das máquinas, do consumo e do grande vazio existencial.

Desse vazio surgiu a mais “surpreendente novidade”, uma rede que conecta em tempo real todas as pessoas, mesmo que estejam a quilômetros de distância. Com a “internet” o ser humano parece ter encontrado resposta para seus dias tristes e solitários. No entanto, não passa de mais uma das muitas ilusões do mundo.

Acredito que a rede mais eficaz para os dias de hoje é aquela que entrelaçou os corações dos Apóstolos e os motivou a pescarem homens. É uma rede segura e sem criptografia. Nem precisa de senha para se conectar, isto é, a única exigência é AMAR. Em nossa contemporaneidade a moda é ficar conectado, todos os problemas passaram a ser resolvidos a partir da tela de um celular. As pessoas nem se olham mais porque estão sempre de cabeças baixas ocupadas em seus “smartphones​”. Perderam o encanto uma pelas outras, pela simplicidade e pela vida. A vida foi substituída pelo byte e o real pelo virtual. Pois o que vale mesmo é tudo o que foi publicado, compartilhado é registrado pela câmera do celular. Como diziam os monges do deserto: “tudo o que é exagerado vem do diabo”. Nesse mar de exageros e pecados camuflados que a sociedade moderna está submersa parece não ter mais lugar para Deus no coração do homem.

Embora, os meios de comunicação têm um papel importantíssimo quando utilizados para informar, somar e formar pessoas do bem, iluminadas e livres, visto que foi para a liberdade que Cristo se deu por nós. Há uma abrangência nesses meios sociais, uma​ multiplicidade de canais, sites e blogs para curtir à vontade. Percebe-se que é diante das muitas possibilidades que somos convidados a ter discernimento e começar a repensar qual tipo de site estou buscando. Quais os conteúdos virtuais que tenho compartilhado ou recebido. Para o filósofo Hipócrates: “somos aquilo que comemos”. Afinal, do que tenho nutrido minha alma, minha mente e coração? Existem tantas distrações, fraudes e inverdades acontecendo a cada minuto online, a partir do computador, dos tablets, dos celulares e tudo isso diante dos olhos cansados e apressados em não perder um “like”. São sinais visíveis e reais de uma sociedade onde há muito marketing e pouco amor. Na sociedade das pessoas pesadas viver leve e desapegado é uma imensa graça, e o que não for leve que o vento leve.

Uma bonita canção de Padre Zezinho que minha avó sempre cantava: “estou pensando em Deus, estou pensando no amor” faz-me olhar para a vida com esperança. Diante de um mundo marcado pelo lodo, pelo caos e pela falta de fé, essa canção torna-se oração que nos faz revisitar o coração e escancará-lo para o AMOR. Só o AMOR pode lavar as sujeiras deste mundo enfermo. O amor é o melhor fármaco da alma. Deus é o puro amor, é o remédio que nos cura de nós próprios e do pecado. Deus é leve! Portanto, leve-o para o seu coração.

O Amor Pode Morar Onde Você Quiser - Anderson Lima

De forma muito especial compartilho com vocês, meus amigos, este trecho do poema "O pastor amoroso" de Fernando Pessoa: "O amor é uma companhia. Já não sei andar só pelos caminhos, Porque já não posso andar só. Um pensamento visível faz-me andar mais depressa. E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo[...]".

Interessante, na sociedade dos números, hipermoderna e consumista em que sobrevivemos falar de amor é algo que parece ser antiquado. Afinal, onde está o amor? No Google existe mais de duzentos milhões de resultados para essa busca, e mesmo assim há um grande vazio em todos nós. Você já parou para pensar, será que hoje o amor é mais real do que virtual?

Carlos Drummond de Andrade, em sua obra: "Claro enigma" diz que todos nós temos a capacidade e o desejo de amar e de sermos amados: "Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar? Amar e esquecer, amar e malamar, amar, desamar, amar? Sempre, e até de olhos vidrados, amar?" O que me faz gostar de poesia é a capacidade do poeta exprimir o que sinto, ele fala o que meu silêncio não me permite dizer, ele chora o que meu orgulho impede de externar. O poeta tem acesso ao meu coração, nas palavras dele o meu sentir solitário é exposto.

Se pararmos para refletir, veremos que estamos cada vez mais conectados, interligados, juntos, on-line, mas sempre falta aquele algo mais. Talvez seja o frio na barriga, um abraço, um beijo ou um simples estar junto. Onde mora o amor? Na sua "Storie" no Instagram ou na presença de pessoas agradáveis? No seu status ou em um passeio com os amigos? Em alguém que curtiu a sua foto ou em quem lhe deu um presente? Os Beatles tinham razão quando cantaram: "Al you need is love! " Tudo de que você precisa é amar! O amor é a energia que existe em nós, como a força de uma semente que se transforma em flores e frutos. Queremos sempre um amor de novela, mas não qualquer amor e sim aquele que nada pode impedir um final feliz, nem mesmo uma internet lenta ou uma conexão perdida.

Em virtude disso, na atualização frenética das redes sociais esse amor parece possível, todos estão sempre atualizando seus sentimentos, suas alegrias e suas paixões, mas nunca seus dissabores. E assim como nós pessoas reais também sentem um grande vazio. Uma saudade que não se resolve com uma nova mensagem no "Messenger". Será que não está na hora de bloquearmos esse tipo de amor virtual, e persistir no amor que seja verdadeiro, off-line e real? A flor pode ser uma confissão de amor se ofertada a alguém que amamos ou pode ter um significado de saudade se posta sobre uma sepultura. Tudo depende do significado que damos às coisas e às pessoas.

Até pra quem não conhece nada de música, consegue perceber quando o solo musical não está harmonioso, quando a nota não encaixa na voz, quando o tempo está inadequado com a melodia, mas todos esses fatores externos e auditivos tornam-se secundários quando o coração tem sua capacidade de acolhimento e de amar ativa. Quando corações deixam de se comunicar e entender ficam presos a coisas mesquinhas, em avaliações que só levam ao distanciamento. Ao invés de nos conectar à internet, por que não compor uma nova canção, a melodia do amor? Onde a pauta com cifras e partituras sejam decididas por nós e não pelos dispositivos digitais e seus softwares que nos sufocam, pois o amor é o melhor fármaco da alma.

Será que amor não rima com liberdade? A poesia tem a capacidade de significar algo, e significar é fazer valer existencialmente. O mundo virtual está cada vez mais sufocante, precisamos respirar, tomar um ar, desconectar, experimentar. E como nossa atualidade é marcada pelo verniz, pela superficialidade, pelo fugaz, conhecemos hoje e descartamos amanhã. Amo e brinco, amo e magoo, amo e não tenho responsabilidade, amo e não sou honesto, amo e tenho atitudes que ridicularizam. Amo ou amo-me? Concordo com os rockeiros do Jota Quest quando cantam: “O amor é o calor que aquece a alma, o amor tem sabor pra quem bebe a sua água.”

Um bipe de WhatsApp não deveria nos provocar mais emoção que um abraço, não dá pra amar ou descrever o amor com 140 caracteres sugeridos pelo Twitter. Precisamos seguir com que nos faz feliz, não com o que nos torna vazios e solitários. Por enquanto, o que sabemos é que o amor só existe quando está conectado e compartilhado a partir de corações que se cruzam e que se permitem conhecer a fascinante experiência que é amar. O amor pode morar onde você quiser.

Na canção do amor, têm dois compositores, eles têm que encontrar harmonia, têm que se perdoar, têm que falar francamente, contar de tudo e tudo, têm que ter certa cumplicidade, ousadia e uma boa dose de criatividade. Concluo, portanto, com Caio Fernando Abreu que amando tornou-se poeta: “Sem platonismos, nem zen-budismos: quero que pinte o amor-bethânia, dançar de rosto colado, pegar na mão, à meia-luz, desenhar com a ponta dos dedos cada um dos teus traços, ficar de olho molhado só de te ver, de repente..." O que mais importa pra mim hoje é morar onde mora o amor, pois ele já imprimiu objetivamente em meu coração a maior nota poética que é amar.

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