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Literatura e memória: Em podcast, Saulo Barreto faz um mergulho na arte de escrever e na pesquisa histórica

Durante entrevista em podcat do canal Hipertexto, o poeta e filósofo Rogério Rocha promoveu um bate-papo enriquecedor com o escritor e pesqu...

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Discorrendo entre o ensaio e a autobiografia, em terceiro livro escritor paraense Felipe Cruz relata nova experiência de vida

O escritor paraense Felipe Cruz quebra barreiras do preconceito ao descobrir-se soropositivo e transcreve para o papel sua nova experiência de vida, com textos que propõe um cruzamento de gêneros, transitando entre o ensaio, a autobiografia, o fotolivro, a crítica literária e o relato pessoal. Construindo assim, uma prosa potente, com as melhores características de um grande romancista, para narrar parte de sua vida a partir da descoberta do HIV em seu sangue. O livro “Você Nunca Fez Nada Errado” conta com 190 páginas e foi publicado pela Monomito Editorial. O lançamento está agendado para o dia 24 de janeiro, a partir das 19 horas, no Núcleo de Conexões Ná Figueredo (Av. Gentil Bittencourt, 449), na capital Belém (PA).

“Você Nunca Fez Nada Errado” trata dos anos posteriores ao diagnóstico positivo do escritor. O disparador do texto é o instante em que ele descobriu-se soropositivo, mas não lhe parece que o livro trate exclusivamente disso. Acredita ele que, a questão central seja a sua necessidade de encontrar sua própria voz de escritor - uma voz por muito tempo abafada por violências, imposições, silenciamentos.

Sobre a obra, Felipe Cruz acredita que não se trate do surgimento de uma ideia, mas sim do atendimento a uma necessidade. “Comecei a escrevê-lo assim que conversei com o meu pai sobre o meu diagnóstico positivo para o HIV. Segui com a escrita enquanto estava internado, de modo que acredito ter sido motivado, em primeiro lugar, pela vontade de entender o que estava acontecendo comigo, qual a razão de eu ter permanecido tanto tempo em silêncio a respeito do meu diagnóstico e que efeitos esse silêncio produziu na minha vida”, revela.

Felipe Cruz nasceu em Belém (PA), mas foi criado em Macapá (AP). Desde criança escreve e lembra de planejar, já muito cedo, ser escritor. Lançou o seu primeiro livro em 2016, um conjunto de poemas  chamado “Acúmulo”, pela Fundação Cultural do Pará. Antes disso, colaborava com revistas virtuais escrevendo sobre literatura e cinema. Desde o lançamento desse primeiro livro passou a escrever com mais frequência e rigor e, em 2018, publicou “Os Cegos Dormem”, sua segunda coletânea, pela Edições ¼. Entre os anos de 2016 e 2017 manteve um selo de publicações independentes (Edições do Prego) em companhia de um amigo (Maurício Borba). O selo se propunha a produzir edições em pequenas tiragens de textos, geralmente, ainda em construção.

O escritor também é professor do Ensino Fundamental e faz experimentações na área da fotografia e do audiovisual, como as exposições “Poço” (2016) e “Nós de Estrelas” (2017), e os curtas “Orla” (2014) e “Solo Desaparecido” (2018), nos quais colaborou com o roteiro. “Você Nunca Fez Nada Errado” (2019, Editora Monomito) é o seu primeiro livro de prosa, e já encontra-se em pré-venda pelo site da editora por R$ 30,00 (https://bit.ly/2TQ8dab).

Após descobrir doença rara, Désirée Novaes escreve livro que homenageia Mães Raras

Em seu primeiro livro publicado, autora escreve a biografia de sete mães com filhos pacientes de doenças raras. Admirada pela luta dessas guerreiras, Désirée Novaes está lançando pela Pólen Livros a obra “Mães Raras - Essas Mulheres Fortes”, uma edição com 160 páginas e que será lançada no próximo dia 23 de junho em São Paulo/SP. Na publicação, a autora traz as histórias de sete mães que foram entrevistadas por ela em cinco estados brasileiros, e chama a atenção daqueles que tem algum paciente com doença rara na família.

No livro, Linda, Regina, Fátima, Rosana, Jô, Karol e Luana são as sete mães que têm suas histórias de vida contadas por Désirée Novaes. O livro traz a biografia destas mulheres que reinventaram suas vidas em função das doenças dos filhos e se tornaram referências para outras mães e pacientes. De acordo com ela, os textos do livro são uma introdução e uma amostragem do vasto universo das pessoas com doenças raras. “Existem de 6 a 8 mil doenças raras catalogadas. No livro, eu falo sobre mães de filhos com sete delas”, explica. A obra custa R$ 40,00 pelo site da editora (www.polenlivros.com.br), e R$ 42,00 na Livraria da Vila.

“Calcula-se que existam cerca de 10 milhões de mulheres – mães raras - no Brasil. Cada mãe retratada no livro tem um filho com uma síndrome diferente, o que determina histórias muito distintas. Para escrever melhor sobre elas, percorri mais de 5 mil km e fiz mais de 20 horas de entrevistas. Vale destacar que nenhuma destas mulheres escondeu a doença rara ou o próprio filho. Na obra, há histórias de mulheres que, ao ter um filho raro, descobriram a solidão e a realidade de ser mãe rara. Acima de tudo, encontraram na necessidade a oportunidade de se reinventar”, declarou a autora.

O lançamento do dia 23 de junho será na Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915 - Vila Madalena), a partir das 15 horas, com entrada gratuita. O evento contará de um debate com a presença confirmada de 5 mães raras do livro. Após o lançamento, a autora pretende percorrer os estados em que as mães foram entrevistadas para fazer outros lançamentos da obra. Também já tem presença confirmada com sessão de autógrafos na Casa da Porta Amarela, da Flip 2018, que é uma casa parceira do evento.

Désirée Novaes tem 51 anos e vive em São Paulo. É Engenheira Civil, viúva e mãe de dois filhos. Trabalha como voluntária na causa das doenças raras há seis anos. É vice-presidente da SED BRASIL - Associação Brasileira de Síndrome e Ehlers-Danlos e Hipermobilidade. Em 2011, descobriu que possuía a Síndrome de Ehlers-Danlos após fazer um trabalho voluntário na SED BRASIL. Depois disso, participou de congressos sobre a síndrome na Bélgica, EUA e Brasil. Integrou também o grupo de trabalho do Ministério da Saúde que elaborou a política pública de doenças raras. A descoberta foi parte do processo de escrita do livro, que levou nove meses para ficar pronto.

“Meu trabalho com doenças raras me aproximou das mães raras e daí surgiu minha admiração por elas. Meu objetivo ao escrever o livro é que mais pessoas possam conhecer a história de vida e a força dessas mulheres”, diz. “Quis fazer um livro para celebrar o amor e a força, que só as mães têm. Fui até a cidade de cada uma delas, passando por Curitiba (PR), Uberlândia (MG), Campo Grande (MS) e Fortaleza (CE), além de São Paulo (SP), que é onde vivo, e as entrevistei, para saber como elas lidavam com os filhos ou com a ausência deles, já que há casos de mães que já os perderam e o resultado é esta obra, com estas histórias, que escrevi com muito cuidado e carinho, para contar ao mundo a admiração e respeito que tenho por estas mulheres”, conclui.

Médica vira paciente e publica obra em meio à superação e luta contra o câncer

“De Médica A Paciente” é o mais novo livro da autora Fabíola Peixoto Ferreira La Torre, publicado pela Editora Manole. A obra foi escrita durante a luta da autora contra o câncer de mama e traz depoimentos de vários pacientes e amigos que ela fez ao longo do seu tratamento. O livro possui 388 páginas, está nos formatos e-book e físico e está disponível nas livrarias da Vila, Saraiva e pelo site da editora (www.manole.com.br). O lançamento da obra está previsto para o dia 18 de outubro, às 18:30h na Livraria da Vila (Shopping JK), em São Paulo (SP).

O livro abraça um público especial, com um olhar voltado para pacientes com câncer de mama (ou outros tipos), parentes e amigos de pacientes portadores, médicos e profissionais da área de saúde, que atuam diretamente com pacientes com canceres. “No início de junho de 2016, recebi o diagnóstico de câncer de mama. Foi quando me transformei: além de mãe e médica, passei a ser também paciente. A primeira coisa que posso dizer é que (pode parecer loucura) não derramei uma lágrima”, revela Fabíola.

Sobre a organização do livro, a autora destaca: “Este livro foi compilado a partir das postagens do meu blog que criei quando tive o diagnóstico de câncer de mama, e de outros textos escritos durante o meu tratamento. Eu acho interessante registrar, de alguma forma, a nossa experiência como paciente oncológico, pois algumas pessoas lutam contra um câncer em um determinado local do seu corpo e outras lutam contra o câncer da alma, que é o pior!”. 

“Acabei percebendo que ser careca pode ser bonito. Definitivamente não é o que quero para mim, mas consegui compreender que se tratava de um momento. Por outro lado, tive a oportunidade de ter experiências diferentes, que jamais pensei em vivenciar. O mais incrível foi conviver com pessoas que sofriam do mesmo mal que eu. Não tem distinção de idade, de classe social, cor, nada torna você diferente delas. Nesse momento, somos todos iguais. O câncer não sabe quem é quem”, relata a autora.

Fabíola Peixoto Ferreira La Torre é natural de Campos dos Goytacazes, no interior do Rio de Janeiro, e mora atualmente em Santana (SP), desde 1998. Formou-se em Medicina de Campos em 1998, e hoje atua como diretora da UTI Pediátrica do Hospital LEFORTE (desde agosto de 2013) e do Hospital Ac Camargo (desde 2013) Diretora da Uti pediátrica. Como médica cobre plantão na UTI Pediátrica do Hospital Darcy Vargas, desde 2006. Em 1998, esteve em internato no Hospital do Servidor Público Estadual Francisco Morato, em São Paulo (SP). Possuiu residência médica na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo desde fevereiro de 1999 à janeiro de 2002, no Departamento de Pediatria, com extensão em UTI Pediátrica e Infectologia.

Outros livros publicados por Fabíola foram: “Emergências Em Pediatria - Protocolos da Santa Casa”, em 2010, com segunda edição em 2013; “Manual de Ventilacão Pulmonar Mecânica em Pediatria, em 2011; “UTI Pediátrica - Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, em 2015; e “Emergências Oncológicas Em Pediatria - Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, em 2015. Todos pela Editora Manole.

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