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Literatura e memória: Em podcast, Saulo Barreto faz um mergulho na arte de escrever e na pesquisa histórica

Durante entrevista em podcat do canal Hipertexto, o poeta e filósofo Rogério Rocha promoveu um bate-papo enriquecedor com o escritor e pesqu...

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Mãos Calejadas - Anderson Lima


A mão possui um símbolo significativo na Sagrada Escritura. É um simbolismo de atividade, potência e domínio.

No Evangelho de São Marcos, JESUS cura um homem que tinha a mão seca. “Levanta-te e vem para o meio [...] Estende tua mão. Ele estendeu a mão e a mão ficou curada” (Mc 3, 3-5). O encontro de JESUS com o homem da mão seca revela-nos um momento de suavidade que significou a libertação e o contato profundo de afeto que transformou a vida daquele homem.

Compartilho esse trecho do evangelho porque nos faz refletir as muitas mãos que entram em nossa vida e têm a capacidade de mudar a direção e o rumo de nossos objetivos, e pra melhor; para poder qualificar a nossa maneira de viver. Esse acontecimento de Nosso Senhor com o homem que tinha a mão seca significa o encontro com todos nós que vez ou outra estamos de “mãos calejadas” por alguma circunstância.

Há algumas situações em nossa existência que nos deixam de “mãos atadas”, calejadas e até impossibilitadas. É aquele passado, aquela situação conflituosa que não conseguimos perdoar. Às vezes, tentamos enfrentar, mas os calos, os conflitos nos perturbam noite e dia. Muitas vezes parece que fizemos um pacto com o passado e não conseguimos viver o presente. Não conseguimos nos perdoar, muito menos perdoar aquela pessoa, isto é, vivemos de mãos atadas.

É por essa razão que o projeto de DEUS é libertação, pois ELE quer que olhemos para nós mesmos e internalizemos: “Eu tenho capacidade, potencial, possibilidade de criar e construir, de refazer e principalmente de ressignificar a minha vida e a minha história”. Portanto, pare de ficar preso ao passado que te atormenta e que te impede de dar passos significativos em prol da tua libertação, para que tu vivas com mais qualidade. Viver com qualidade nada mais é do que viver por CRISTO, com CRISTO e em CRISTO.

Está faltando o que? Perdão? Pois chegou o momento! Pare de adiar a experiência de perdoar. Fala-se muito sobre visão, audição, paladar e o olfato, porém existe tão pouco na literatura algo relacionado ao tato. Pelo olhar até pode começar o amor, mas amores que ficam só no olhar não se constituem. Ouvir o outro à distância, pelo telefone, ou por outros meios é interessante para um começo de relação, mas o amor necessita de presença, de tato, de toque, de mão, de existência, de uma presença significativa e transformadora. O tato é aquele sentido que demarca no nosso corpo a experiência do amor, mas também da tragédia. É através das nossas mãos que podemos oferecer amor, carinho e afeto. No entanto, é das nossas mãos também se não tivermos equilíbrio podemos oferecer ofensa, tortura e violência.

Das nossas mãos depende o mundo! Das nossas mãos depende o futuro da nossa família! Das nossas mãos depende aquilo que vamos fazer com nossa vocação. São as nossas mãos que nos darão condições de traçar uma vida e um futuro diferente.

DEUS quer a libertação das nossas mãos. Quer que nos responsabilizemos pelos nossos atos e por nossas falhas. Para crescer e amadurecermos é preciso que reconheçamos nossos pecados e paremos de “lavar as mãos”, de esconder nossas fraquezas e erros debaixo do tapete.

É certo que tem vezes que nos atrapalhamos sim, que “metemos os pés pelas mãos”, porém é muito importante que tenhamos discernimento para conduzir nossa história e fazer a Vontade de DEUS.

Vença esse complexo de que você só será valorizado quando o outro começar a expressar algum tipo de carinho pela sua pessoa. Liberte-se! “Estende a tua mão”! Saia desse atrofiamento. Pare de “lavar as mãos” diante dos outros e dos seus problemas. Responsabilize-se pela sua vida, pela sua vocação.

Comece a olhar com mais carinho e mais amor para você mesmo. Coloque os seus projetos e sonhos nas mãos de DEUS, pois que nossa oração seja como canta o salmista: “A mão direita do SENHOR fez maravilhas, a mão direita do SENHOR me levantou...” (Sl 117).

Paulistano Cauê Monteiro lança primeiro livro com poemas que refletem amores e amizades abandonadas

O jovem paulistano Cauê Monteiro acaba de lançar o seu primeiro livro. A obra traz o título “Perfume Amarelo” e faz uma referência aos relacionamentos líquidos (amizades e amores que se tornam abandonados) por meio de textos poéticos que refletem esses momentos que se passam em nossas vidas. Com 64 páginas, o livro foi publicado pela Editora Trevo e o seu lançamento ocorreu na Casa das Rosas, nesta última quarta-feira (12) na capital paulista. Os exemplares da obra estão disponíveis no site da editora.

“Perfume Amarelo” é o produto do processo que leva o autor a debater sobre essas questões de relacionamentos líquidos, amizades e amores construídos para serem abandonados. “O efêmero chega ao seu auge, e é tudo tão líquido que chega a ser pulverizado, como o borrifar de um perfume. Apesar disso, existe sim um pequeno prazer nesse pequeno presente (amarelo)”, enfatiza o autor. “Toda essa problemática se reflete no aspecto formal inconstante e irregular, fora da norma padrão e com rimas pobres claramente forçadas. O estranhamento é uma ferramenta crítica para desnaturalizar essa efemeridade”, conclui.

O processo de escrita do livro foi muito marcado pela errância. Cauê estava fazendo o Curso Livre de Preparação do Escritor, da Casa das Rosas, e conforme se aprofundava na poesia, a necessidade de escrever estava crescendo. E um dia resolveu digitalizar os textos soltos e percebeu que a maioria deles formavam um tema central, qual é uma questão que lhe aflige muito: relacionamentos líquidos. “Fui dando forma para os poemas seguirem esse caminho e cortando os que fugiam dessa problemática, até que os textos soltos viraram um livro”, diz.

Com o auxílio do colega Yago Matheus, o autor criou alguns vídeo-poemas do livro e os publicou no YouTube (https://youtu.be/W5xDZZYhoUI, https://youtu.be/IkvL3JEUgPA). O seu livro “Perfume Amarelo” custa R$ 36,00 pelo site da Editora Trevo (clique aqui), com frete fixo já incluso.

Cauê Vinicius dos Santos Monteiro tem 20 anos, nasceu e vive em São Paulo/SP. Estuda Produção Audiovisual, e pretende ainda fazer Artes Visuais, no próximo ano. Já publicou textos em algumas revistas online, como a Subversa e a Philos. E atualmente, está escrevendo o seu segundo livro, “Cartilha Para Fantasma”.

Confira o trecho de um dos poemas contidos na obra: “momento compartilhado é nosso segredo; tesão existe porque você faz existir; contato visual é flamejante; dentífrico é sua língua; duro feito osso; sua mão; você; pena que amanhã a gente nem vai se falar mais”.

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