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E O Que Não For Leve Que O Vento Leve - Anderson Lima

Por: Anderson Lima Em: 27/06/2017

Imagem: Ir. Damian
O pecado é pesado! Jesus caiu carregando a Cruz, os pecados da humanidade Ele trazia nos ombros. Pecar é preferir o chão pedregoso ao céu. O pecado é sujo, é um buraco no meio do caminho. É feito de lodo e lama. O pecado tem muitos nomes, inveja, gula, avareza, orgulho… alguns têm até sobrenome.

Viver nesta terra é ser sempre confrontado, exposto e lutar contra as insinuações do imundo e das nojeiras da antiga serpente. Ao criar o mundo Deus percebeu que tudo estava em harmonia, tudo refletia beleza, leveza e paz. O mundo criado pela desobediência e pela ilusão do homem é desarmônico, feio e pesado. É o mundo das inovações, das máquinas, do consumo e do grande vazio existencial.

Desse vazio surgiu a mais “surpreendente novidade”, uma rede que conecta em tempo real todas as pessoas, mesmo que estejam a quilômetros de distância. Com a “internet” o ser humano parece ter encontrado resposta para seus dias tristes e solitários. No entanto, não passa de mais uma das muitas ilusões do mundo.

Acredito que a rede mais eficaz para os dias de hoje é aquela que entrelaçou os corações dos Apóstolos e os motivou a pescarem homens. É uma rede segura e sem criptografia. Nem precisa de senha para se conectar, isto é, a única exigência é AMAR. Em nossa contemporaneidade a moda é ficar conectado, todos os problemas passaram a ser resolvidos a partir da tela de um celular. As pessoas nem se olham mais porque estão sempre de cabeças baixas ocupadas em seus “smartphones​”. Perderam o encanto uma pelas outras, pela simplicidade e pela vida. A vida foi substituída pelo byte e o real pelo virtual. Pois o que vale mesmo é tudo o que foi publicado, compartilhado é registrado pela câmera do celular. Como diziam os monges do deserto: “tudo o que é exagerado vem do diabo”. Nesse mar de exageros e pecados camuflados que a sociedade moderna está submersa parece não ter mais lugar para Deus no coração do homem.

Embora, os meios de comunicação têm um papel importantíssimo quando utilizados para informar, somar e formar pessoas do bem, iluminadas e livres, visto que foi para a liberdade que Cristo se deu por nós. Há uma abrangência nesses meios sociais, uma​ multiplicidade de canais, sites e blogs para curtir à vontade. Percebe-se que é diante das muitas possibilidades que somos convidados a ter discernimento e começar a repensar qual tipo de site estou buscando. Quais os conteúdos virtuais que tenho compartilhado ou recebido. Para o filósofo Hipócrates: “somos aquilo que comemos”. Afinal, do que tenho nutrido minha alma, minha mente e coração? Existem tantas distrações, fraudes e inverdades acontecendo a cada minuto online, a partir do computador, dos tablets, dos celulares e tudo isso diante dos olhos cansados e apressados em não perder um “like”. São sinais visíveis e reais de uma sociedade onde há muito marketing e pouco amor. Na sociedade das pessoas pesadas viver leve e desapegado é uma imensa graça, e o que não for leve que o vento leve.

Uma bonita canção de Padre Zezinho que minha avó sempre cantava: “estou pensando em Deus, estou pensando no amor” faz-me olhar para a vida com esperança. Diante de um mundo marcado pelo lodo, pelo caos e pela falta de fé, essa canção torna-se oração que nos faz revisitar o coração e escancará-lo para o AMOR. Só o AMOR pode lavar as sujeiras deste mundo enfermo. O amor é o melhor fármaco da alma. Deus é o puro amor, é o remédio que nos cura de nós próprios e do pecado. Deus é leve! Portanto, leve-o para o seu coração.

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