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Literatura e memória: Em podcast, Saulo Barreto faz um mergulho na arte de escrever e na pesquisa histórica

Durante entrevista em podcat do canal Hipertexto, o poeta e filósofo Rogério Rocha promoveu um bate-papo enriquecedor com o escritor e pesqu...

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Luiz Rettamozo traz seu universo artístico no livro “ComoVer”, que será lançado em Curitiba

O livro de artes visuais “ComoVer”, do premiado artista gaúcho Luiz Rettamozo, apresenta uma retrospectiva do universo artístico de um dos nomes mais criativos de sua época, por meio de textos, fotografias, imagens e reflexões do artista. O livro é uma edição da Arte Editora e será lançado nesta terça-feira, dia 27 de fevereiro, na Biblioteca Pública do Paraná, na capital Curitiba. O evento de lançamento será acompanhado de coquetel, haverá leitura dramática de Carlos Daitschman da “Lenda da Criação”, escrita por Rettamozo, com direção cênica de Mateus Rettamozo, e recital do poema “Uyba Yeté”, de Tonicato Miranda.

O livro aborda a trajetória artística de Rettamozo, focando na sua produção desde 2005. Os textos e as imagens foram selecionadas por ele, e traz depoimentos de diversas personalidades do Estado sobre o trabalho de Rettamozo, como os poetas Paulo Leminski e Antonio Thadeu Wojciechowski e o professor e crítico Fernando Bini. O livro ainda vem acompanhado de óculos chroma depth, que permitem a visualização das páginas e obras em 3D.

“ComoVer” veio de uma ideia que surgiu no final de 2014. O objetivo era escrever um livro que tratasse das séries ComoVer e, para tanto, inscreveu-se um projeto no Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, o PROFICE. E foi então em 2017, com o apoio da Copel (Companhia Paranaense de Energia), que a ideia pode ser concretizada. Trata-se de uma obra coletiva que leva ao leitor diversos elementos da criação de Rettamozo.

“O Retta tem um currículo extremamente extenso, desde premiações diversas nas artes até seu grande sucesso na publicidade. Ele pintou, performou, criou, desenhou, compôs, atuou, publicou, escreveu, participou de coletivas e individuais, nacionais e internacionais, sendo reiteradamente reconhecido. Essa obra permite um vislumbre do amplo universo do artista”, diz Thereza Oliveira, que coordenou o projeto da publicação do livro.

Proposta pelo filho do artista, Mateus Rettamozo, a obra tem edição assinada por Audrey Lilian Farah, da Arte Editora. O projeto foi viabilizado por meio do Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura da Secretaria de Estado da Cultura (Profice) e conta com o apoio da Companhia Paranaense de Energia (Copel).

Luiz Carlos Rettamozo, mais conhecido como Retta Rettamozo ou apenas Retta, é natural de São Borja, no Rio Grande do Sul, mas reside em Curitiba/PR há vários anos. Com profícua atividade artística desde a década de 60, Rettamozo ganhou diversos prêmios, participou de Bienais e Salões, expôs pelo Brasil e também em outros países. Com importante atuação na publicidade, criou a logomarca dos colégios Positivo e diversas campanhas publicitárias memoráveis para O Boticário e Bamerindus, e muitas outras empresas. A partir de 2005 passa a dedicar-se quase exclusivamente às artes visuais e ao desenvolvimento das séries ComoVer, nas quais pinta paisagens em tamanho natural, produzindo arte ECOntemporânea. Com o uso de óculos chroma depth, tais obras são visualizadas em 3D, o que lhe valeu novas premiações, inclusive no 65º Salão Paranaense. As obras das séries “ComoVer a Terra” e “ComoVer Curitiba” foram produzidas coletivamente, a primeira, junto com a Sociedade dos Pintores do Ângulo Insólito e, a segunda, com o Coletivo ComoVer Curitiba.

O autor possui diversos trabalhos já publicados, mas o livro “ComoVer” é o primeiro que faz uma retrospectiva, ainda que breve, de sua produção artística. A obra está por R$ 75,00 (impresso) na Galeria 42 do Shopping Novo Batel (Alameda Dom Pedro II, 255 – Batel), em Curitiba/PR. O lançamento do dia 27 será às 17 horas na Biblioteca Pública do Paraná (Rua Cândido Lopes, 133 – Centro), com entrada franca. Após esse lançamento, haverá um novo evento de divulgação do livro na Livraria da Vila (Av. do Batel, 1868 - Batel, Curitiba), no dia 29 de março.

8ª Feira do Livro de Fotografia acontece nos dias 24, 25 e 26 em Lisboa, Portugal

A 8ª Feira do Livro de Fotografa de Lisboa, que acontece nos dias 24, 25 e 26 de novembro em Lisboa (Portugal), com oficinas e workshops, e a presença de um time de autores fotógrafos e editores internacionais, que estarão apresentado seus livros, projetos autorais ligados à fotografia, lançamentos, conversas e bate-papo com os participantes. A feira é organizada pelo grupo Os Novos Suspeitos, em colaboração com o Arquivo Municipal de Lisboa – Fotográfico, onde será o local do evento (Rua da Palma, 246). Nessa 8ª edição da feira, o país convidado especial é o Peru.

No primeiro dia da feira (24), às 17:30h, haverá uma conversa sobre a “Colaboração e Circulação Como Elemento Motor no Desenvolvimento da Fotografia Europeia”, com a participação de vários representantes de festivais e instituições europeias ligadas à fotografa, integrando o programa da Parallel- European Photo Based, Platform. O momento será moderado por Nuno Ricou, da Procur.arte (Portugal).

Uma oficina sobre “Sistemas de Acondicionamento” será realizada às 18h, sob administração de Adriana Ferreira e Helena Nunes (Arquivo Municipal de Lisboa). Para participar não haverá cobrança de taxa, mas o interessado deve solicitar inscrição prévia pelo e-mail arquivomunicipal.servicoeducativo@cm-lisboa.pt. Os grupos serão de até 8 participantes e a duração será de 90 minutos. À noite acontecerá a conversa “Fotografia Peruana e o Contexto Ibero-Americano”, com a participação de Roberto Huarcaya (Perú), Julieta Escardó (Argentina) Musuk Nolte (Perú) e Ros Boisier (Chile/Espanha), com a moderação de António Pinto Ribeiro (Portugal). O momento será a partir das 19h.

No sábado (24), terá a apresentação dos projetos e obras autorais: “Projeto Lá Tinha”, de Diego Bastos Cunha (14h); “Today Is A Long Time”, de Arlindo Pinto (14:30h); “Challenges Of A Crowdfunding Campaign For The Publication Of A Photo Book”, de Irmina Walczak (15h); “Algarve 63”, de Tim Motion, apresentado às 15:30h pelo autor e o coordenador do projeto Nuno de Santos Loureiro; “Projeto Resart”, por Hermano Noronha, Nuno Leão e Ricardo Raminhos (16h); “Leopold’s Legacy – Edition de Oliver Leu”, publicada pela Malenki (17h). Também haverá a apresentação da editora peruana de fotolivros KWY Editorial, por Fernando Fujimoto e Musuk Nolte, às 18h. Fechando a programação com o lançamento dos livros “Friday”, de Charlies Morris (EUA) e “Origin”, de Fábio Miguel Roque (Portugal), ambos publicados pela editora portuguesa The Unknown Books, e a apresentação do livro do fotolivro “If You Have A Secret”, de Irina Popova (Rússia).

A oficina “Álbum Em Branco”, às 16h do sábado, será para crianças de 6 a 12 anos (grupos de até 8 pessoas), onde elaborarão um pequeno álbum com material reciclado para colocar fotografias e outras memórias visuais. A oficina será no Serviço Educativo do Arquivo Municipal de Lisboa, sem custo para participação, mas requer inscrição pelo mesmo e-mail informado para a primeira. A duração será de 60 minutos.

No último dia de feira (domingo), haverá a apresentação dos projetos: “Re-Flectere”, de Marcelo Londoño e promovido pelo Observatório de Luta Contra a Pobreza na cidade de Lisboa (14h); “Pancho Guedes nunca foi ao Japão”, de P. Guedes, José Luís Tavares, Lucio Magri e João Faria (14:30h); “Nueva Galicia”, de Iván Nespereira (15h); e “The Backup Project”, com Christiane Peschek e Tiago Casanova, com a participação de Sara Orsi (15:30h). Às 16h Artur Pastor (filho) e convidados trazem a conversa “Os Arquivos Fotográficos de Artur Pastor”, e às 17h o encontro e bate-papo com os organizadores de feiras Julieta Escardó (FELIFA/Buenos Aires), Olmo Gonçalez (Fiebre Photobook de Madrid/Espanha) e Fabrice Ziegler (Feira do Livro de Fotografa de Lisboa/Portugal).

Para a noite, os convidados poderão acompanhar a apresentação do projeto “Muga” e “Pewen Cuadernos de Fotografia”. O projeto Muga é uma iniciativa hispano-chilena dirigida por Ros Boisier e Leo Simoes (Chile/Espanha) que desenvolve projetos destinados a fomentar a difusão da criação fotográfica contemporânea. Como editor independente, publica livros de fotografas e revistas sobre a teoria da imagem. Também terá a apresentação do projeto “Rectángulo En El Ojo, Ícones da Fotografia Chilena”, com Miguel Luna (Chile), encerrando a 8ª edição da feira.

Também, como parte da programação o fotógrafo Antoine D'Agata, da Agência Magnum,  estará presente em Lisboa, participando da feira e fazendo uma sessão de autógrafos do seu livro "Cidade de Pedra", resultado de um trabalho que desenvolvido no Brasil. A obra foi lançado recentemente na Offprint, em Paris.

Fotografias e poemas retratam a cidade de Santos na obra “Menos O Mar”, de Carolina Zuppo Abed e Isabel Carvalhaes

“Menos O Mar” é um livro de literatura e fotografia que surgiu numa parceria entre a escritora Carolina Zuppo Abed e a fotógrafa Isabel Carvalhaes. A obra foi publicada sob o selo Carapaça Edições da Editora Quelônio e reúne poesias, poemas e fotografias retratando a cidade de Santos (SP) em detalhes do seu dia a dia. O lançamento do livro será realizado durante a Primavera Criativa de Santos, no dia 29 de setembro, a partir das 19 horas no piso térreo do Centro de Cultura Patrícia Galvão, no Museu da Imagem e do Som (Avenida Senador Pinheiro Machado, 48 - Vila Mathias). A entrada será livre.

O livro é uma publicação que mescla diversas linguagens para retratar as demandas internas do sujeito pós-moderno e a sua conexão com o ambiente em que vive. Reunindo fotos da cidade de Santos e textos que dialogam com elas. O livro, resultado do projeto 'SubjetivaSantos', foi contemplado no 5º Concurso de Apoio a Projetos Culturais Independentes no município de Santos, com verba do Fundo de Assistência à Cultura (Facult). A obra busca ir além das características geográficas da cidade e alcançar o subjetivo por meio de pessoas que vivem e sentem, que pensam e experimentam Santos em sua diversidade de faces. As autoras dão vida à cidade através das pessoas.

Na união das linguagens visual e literária, a obra desponta como um retrato das angústias contemporâneas, trazendo textos entremeados às fotografias, promovendo maior interação entre o leitor e a obra. Uma obra literária que dialoga com a fotografia e realiza ao leitor um convite a uma experiência diferenciada de leitura.

“Pouco se explora a localidade enquanto tema como um pano de fundo que revela a dimensão humana, para além de seus pontos turísticos ou sua história. Tal prática recorrente, de restringir a noção de espaço à sua geografia ou então de enaltecer sua história com uma atitude museológica de contemplação impessoal e distanciada, não contempla todas as potencialidades advindas da relação dialógica homem e ambiente”, destaca Carolina Zuppo Abed.

Para realização desta obra as autoras se comprometeram a realizar uma série de contrapartidas, as quais vêm realizando durante os meses de agosto e setembro. Algumas delas já foram realizadas: Oficina de fotografia e escrita criativa (com Carolina Zuppo Abed), com 64 crianças da Escola Municipal Professora Therezinha de Jesus Siqueira Pimentel, no Morro do São Bento (Santos/SP); Museu do Porto de Santos - Atividade gratuita e aberta ao público, se desenvolverá como um bate-papo entre as proponentes e o público, que será apresentado à obra, às suas técnicas e contexto de produção; Lar Evangélica de Amparo à Velhice (entre 7 e 28 de agosto), onde os idosos tiveram a oportunidade de ver fotos antigas da cidade de Santos, relembrar histórias e dividir momentos. A próxima contrapartida será o workshop na Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto, que será aberto ao público no dia 30 de setembro, das 10 às 12 horas.

Isabel Carvalhaes nasceu em Santos (SP). É Jornalista, formada pela Unisantos, e especializada em foto reportagem. Começou a estudar fotografia durante a adolescência, no Senac de São Paulo. Passou pelas escolas IADÊ e Imagem e Ação, e fez cursos na UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles), FullFrame, Focus e no Senai de Santos. Trabalhou nas revistas Lazer, Fluir e no Jornal da Orla. É fotógrafa freelancer e dirige a própria empresa. Outra obra de sua autoria ´o livro de fotografias “O Muro”, sobre a obra do artista Paulo Consentino no mural do Centro de Treinamento do Santos Futebol Clube, em homenagem aos 100 anos do clube.

Carolina Zuppo Abed é paulistana de nascimento e santista de coração. É escritora, professora e psicopedagoga. É graduada em Letras pela USP, tem pós em Formação de Escritores pelo Instituto Vera Cruz e fez cursos de Artes da Escrita na Universidade Nova de Lisboa. Atua como coordenadora do Curso Livre de Formação de Escritores da Baixada Santista, em Santos (SP), além de ministrar oficinas de criação literária no Brasil e em Portugal. Seu livro de estreia, “Tecle 2 Para Esquecer”, publicado pela Editora Patuá em 2017, foi contemplado pelo Programa de Ação Cultural (ProAc).

Inscrições no concurso literário para estudantes maranhenses vão até o mês de novembro

Com o tema “Josué Montello: Vida e Obra” e o objetivo de aprofundar o conhecimento dos estudantes da rede pública estadual de ensino, e incentivar produções artísticas e literárias dos estudantes, as secretarias estaduais de Educação (SEDUC), Cultura e Turismo (SECTUR) do Maranhão, promoverão o “Concurso Artístico e Literário Josué Montello: Vida e Obra”, com inscrições abertas desde o dia 21 de agosto até o dia 06 de novembro de 2017, enviando os documentos exigidos no edital para o e-mail premiojosuemontello@adm.ma.gov.br.

O certame é uma homenagem ao centenário do escritor maranhense Josué Montello, e terá quatro modalidades: Redação, Poesia, Desenho e Fotografia. Será destinado aos estudantes do Ensino Médio das escolas da rede pública do Estado do Maranhão, visando despertar o interesse destes para a leitura, divulgar a literatura maranhense nas escolas estaduais, e reconhecer e promover a escola como espaço de produção artística, literária e cultural. 

As produções artísticas e literárias devem estar enquadradas em apenas uma das modalidades e seguir algumas regras básicas. Para “Redação”, serão aceitas as que apresentarem título de acordo com o estilo textual, podendo ser argumentativa, narrativa ou dissertativa, no formato manuscrita ou digitada, ser inédita e possuir no mínimo vinte e no máximo trinta linhas. A categoria “Poesia” deve também conter um título, ser de livre criação, inédita e que demonstre domínio de linguagem e recursos poéticos, além de poder ser apresentada no formato manuscrita ou digitada, com no máximo duas laudas, e estar de acordo com o tema proposto.

Para a categoria “Desenho” serão aceitos os que apresentem título, podendo ser de escolha livre: charges, ilustrações, ou caricaturas produzidos a mão. Devem possuir apenas uma lauda e apresentar um resumo explicativo da produção, com no máximo vinte linhas e de acordo com o tema apresentado. Já para “Fotografia”, serão aceitas as que apresentarem um título, serem coloridas ou em preto e branco. Não há limite de tamanho ou de resolução, mas devem apresentar um resumo explicativo da produção, com no máximo vinte linhas, e também estar de acordo com o tema sugerido.

Todas e qualquer produção, independente da categoria, devem fazer referência sobre obras ou trechos destas, livros ou seus títulos, lugares, acontecimentos, imagens, memórias ou outros aspectos que estejam diretamente relacionados à vida e a obra do escritor maranhense Josué Montello. Os participantes devem ser estudante do Ensino Médio da rede estadual de ensino, regularmente matriculados. Cada um poderá apresentar uma única proposta em apenas uma das modalidades, e indicar um professor (da rede estadual) como orientador no desenvolvimento da sua produção artística ou literária.

O processo de julgamento e seleção acontecerá  em duas etapas: Enquadramento – Onde será realizada por técnicos da SEDUC e da SECTUR, que farão a pré-análise das propostas, quanto aos requisitos exigidos no concurso; Avaliação – Com análise quanto à qualidade estética e conceitual da produção artística ou literária. Será realizada por uma Comissão Julgadora indicada pelos Secretários de Estado da Cultura e da Educação. A análise das produções terá por base os critérios e pesos que podem chegar a 10 pontos (adequação ao tema proposto), 20 pontos (criatividade e originalidade) e 30 pontos (qualidade da obra). Serão selecionadas as três melhores produções por cada categoria, considerando o somatório simples de pontuação, e os autores receberão, consequentemente, um Notebook e livros (1º lugar), Celular e livros (2º lugar) e somente livros (3º lugar). Enquanto as escolas, cujos estudantes forem premiados, receberão o prêmio no valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais), não cumulativo e repassados via Caixa Escolar. Já os professores orientadores dos alunos premiados, receberão uma placa de reconhecimento, além de livros para qualificar o seu acervo literário.

Os formulários de inscrição no concurso e o edital estão disponíveis nos endereços eletrônicos: www.cultura.ma.gov.br e www.educacao.ma.gov.br. A divulgação dos resultados será no dia 16 de novembro e a cerimônia de premiação, até 30 dias após a divulgação dos resultados finais.

Radiografias do próprio corpo compõe livro de poesias e fotografias performáticas da autora Maria Giulia Pinheiro

Maria Giulia Pinheiro, dramaturga e escritora com mais duas obras publicadas, traz ao público o seu mais novo livro. Publicado pela Editora Urutau, “Avessamento” é o mais recente trabalho da autora, e será lançado neste fim de semana em São Paulo-SP. O livro será apresentado a partir das 16 horas no Bar Baderna (Rua Oscar Freire, 2.529, Pinheiros), no próximo domingo, dia 28 de maio.

Esse é o terceiro livro da autora, e é composto de poemas e fotografias performáticas em que ela mesma aparece de diversas formas compondo com radiografias e outros exames das suas costelas e pulmões. Os poemas têm como mote, experiências de transformações em “Avessos” para descrever situações diversas. Nele, Maria Giulia Pinheiro se metamorfoseia de animais (barata, lobo, pomba) e também de objetos e fenômenos da natureza, sempre colocando uma outra forma de existência (ou de leitura da existência) possível para a realidade cotidiana.

Palavra que cobre de músculo o sentimento. 
Literatura para engolir aos poucos, comer com cuidado, precaução para não vomitar demais.
Linguagem que é nudez maior do que a pele.
Pele arranca–se, Desejo, não.  
Essa gente, essa gente achando que boceta aberta é risco,
Ave,
Não sabe que risco maior é de caneta.
Escrever com a boceta aberta,
Ler com o peito rasgado,
E costurar com a linguagem as marcas dos nossos corpos.
Eis o que desejo da arte: risco”, trecho do poema que abre a obra.

Outro trabalho da autora é “Alteridade”, publicado sob o selo do Burro, em 2016. O livro é um poema longo em que uma mulher narra em primeira pessoa o estupro que ela viveu e a trajetória até a superação do trauma. Neste processo, ela perpassa as diversas camadas desta sociedade que reforça a lógica da violência contra a mulher, até encontrar uma nova forma de enxergar para a sombra. A obra é um livro-performance, em que todos os exemplares são numerados e possuem intervenções feitas um a um pela autora.

Maria Giulia Pinheiro é autora de “Da Poeta Ao Inevitável”, pela Editora patuá em 2013, e “Alteridade”, pelo Selo do Burro, em 2016. Também é dramaturga dos espetáculos “Mais Um Hamlet”, “Alteridade” e “Bruta Flor do Querer”. É fundadora do grupo Companhia e Fúria, em que atua, dirige e escreve. Criadora e organizadora do Zona Lê Mulheres, um sarau em que todos podem ler, desde que textos escritos por mulheres. Formou-se jornalismo pela Fundação Cásper Líbero e atriz pelo Teatro Escola Célia Helena, especializou-se em Roteiro para TV na Academia Internacional de Cinema e é pós-graduanda no curso “Arte na Educação: Teoria e Prática” – ECA/USP. Aos interessados em adquirir o seu mais novo livro “Avessamento”, podem entrar em contato com a própria autora pelo e-mail magiuppinheiro@gmail.com ou no site da editora.

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