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Das ondas às rimas: novo livro do poeta cearense Magno Martins faz referência aos esportistas do surfe brasileiro

“Surfista Poeta” é o mais recente trabalho do poeta cearense Magno Martins, que, além de surfista desde adolescente, carrega em sua bagagem nove livros já publicados anteriormente. Esse seu novo livro de poesias faz uma referência a alguns nomes do surfe brasileiro e a importantes momentos vividos pelo autor, como sufista e colaborador em uma revista voltada ao esporte das ondas. O livro será lançado no dia 16 deste mês, às 19 horas, no Ideal Clube (Av. Monsenhor Tabosa, 1.381 – Meireles), em Fortaleza (CE).

O livro traz poemas sobre os surfistas cearenses e brasileiros, como uma forma de homenagem a alguns dos grandes nomes desse esporte. Além de poemas para as sereias e poesias cantando a beleza de alguns picos de surfe, como Fernando de Noronha, Saquarema e Praia do Francês. “Por trabalhar na Revista Beach Show, pude organizar e produzir muitos ensaios fotográficos para as edições e para as redes sociais. E cada modelo escolhida ganhou uma poesia de minha autoria”, destaca o poeta.

A orelha do livro foi escrita pelo editor da Revista Beach Show, Mardonio Paz. O prefácio foi escrito por Estênio Campelo. O lançamento do próximo dia 16 em Fortaleza, terá exposição de quadros de surfarte da artista Rosa Fonseca, que pintou o que estampa a capa do “Surfista Poeta”. A imagem retrata uma onda surfada por Magno, em Saquarema, no estado do Rio de Janeiro.

Magno Martins tem 43 anos e reside em Fortaleza, Ceará. Esse é o seu décimo livro de poesias publicado. Ele começou a escrever sob influência do pai, o jornalista Luiz Carlos Martins, o qual possui mais de 40 anos de colunismo social em Fortaleza. Luiz Carlos sempre ganhava dos escritores cearenses alguns exemplares de suas obras para fazer uma nota em sua coluna no jornal, e Magno acabava lendo os livros. Até que chegou em suas mãos um livro do jovem poeta cearense Diego Vinhas. Ele ficou admirado com seus poemas. “Comecei a escrever e tratei de conhecer pessoalmente o Diego, que me recebeu super bem.  Me deu vários livos e me emprestou outros. O convidei para fazer o prefácio de meu primeiro livro, Profilaxia Poética. A partir daí não parei mais de publicar”, lembra o autor.

Cursou faculdade de turismo, na Universidade de Fortaleza (Unifor), e Direito, na Uni7. Não chegou a completar nenhum dos dois cursos. Atualmente, Magno Martins trabalha em uma revista (Beach Show) cearense de surfe, há cinco anos. O autor possui uma coluna na revista e escreve outras diversas matérias dentro da mesma, além de vender publicidade e administrar suas redes sociais. Magno surfa desde os seus 14 anos de idade, e pra ele é uma “verdadeira paixão”. “Era quase que inevitável que tal obra, a qual estou lançando, surgiria cedo ou tarde em um dos meus próximos livros. Chegou a hora”, escreve ele.

O primeiro livro do poeta, “ Profilaxia Poética”, foi publicado em 2003, com o prefácio do então Diego Vinhas. O Segundo livro, “Garagem À Céu Aberto” foi publicado em Brasília com prefácio escrito por José Sarney, em 2004. O terceiro, “Portal da Alma”, com prefácio de Dimas Macedo, em 2006. O quarto, “Coleção de Luzes”, em 2007, lançado em Brasília. O quinto, “Sonhos e Salmos”, em 2009, com prefácio de Alci Porto. O sexto, “Transcendências”, foi publicado em 2011, e tem o prefácio de Ubiratan Aguiar. O próximo, “Liberdade Azul”, lançado em 2013, com poemas evangélicos e cunho religioso, conta com o prefácio de Paulo Quezado. O oitavo livro foi “Poesia A Quatro Mãos” e também foi prefaciado por Ubiratan Aguiar (membro da Academia Cearense de Letras). O livro conta com a participação do poeta Estênio Campelo. A nona obra publicada, “Poesia A Quatro Mãos, Volume II”, foi um livro também de dupla autoria, dessa vez com o poeta Ribamar Lima.

Em seu novo livro, autora mineira Adriane Garcia usa da síntese para transmitir temas profundos

A função da poesia é a de suprir os espaços em branco. Pelo menos, é assim que Adriane Garcia, autora que está lançando o terceiro livro de poemas, enxerga a sua linguagem, cuja marca é o cuidado com a elaboração de sua poesia, a escolha criteriosa de cada palavra em cada verso. “Garrafas Ao Mar”, que sai pela Editora Penalux, traz poemas que permitem mostrar vários aspectos da vida humana (sentimentos, reflexões) e revelam também os naufrágios do mar interior de cada um. A obra possui 164 páginas e já está disponível na loja online da editora.

A poesia como comunicação e o poema como forma não só de refletir, mas também forma de sentir - eis a proposta central deste novo livro de Adriane Garcia. Em sua concepção criativa, é preciso deixar que o leitor preencha o não-dito, que perceba que as mensagens lançadas ao mar podem pertencer a todos os temas, pessoais, políticos, amorosos, filosóficos, pois tudo nos angustia ou nos oferece salvação.

“Os poemas de Garrafas Ao Mar vestem qualquer corpo, qualquer gênero, qualquer idade, em qualquer lugar”, atesta o escritor Alberto Bresciani. E completa: “Estão ao alcance de todos e, sem nenhuma gratuidade (Quando não houver o que falar / Faça um verso de silêncio), dão voltas ao mundo. Este mundo que a poeta partilha com seus contemporâneos e que apresenta sob a vastidão de sua poesia”.

A força da síntese é outro ponto de destaque escrita de Adriane Garcia. “A poesia se constitui como um gênero elevado em sua capacidade de abstração e deslocamento do ordinário”, declara a autora. “Também pode manter seu nível de engenhosidade sem abrir mão da comunicação, da crítica, da clareza e da vontade de mover algo no outro”, conclui.

Embora a poesia tenha esta característica fundamental de permitir a elaboração de sentimentos e pensamentos, o poeta nunca sabe se sua mensagem encontrará um receptor para além do oceano de informações e distrações que nos permeia. É o que parece nos alertar o título do livro, Garrafas ao mar, referência às garrafas lançadas ao mar pelos náufragos. De fato, poemas são mensagens lançadas ao acaso, na espera da escuta. Há uma esperança de ser alcançado, mas também uma possibilidade real de não se chegar aos olhos de ninguém.

O livro ainda tenta dialogar com a ideia do ir-e-vir das ondas, visto que os poemas variam em temas e humor, e coincidem com esta premissa: “todo náufrago tem seu próprio mar interior, seu abismo e sua superfície clara e azul”.

Líria Porto, outra exímia poeta mineira, destaca na orelha do livro: “Desde o título do livro, sentimo-nos atraídos, impelidos a desvendar o que há dentro do invólucro, descobrir o que existe na mensagem que atravessa a imensidão e se deposita na areia, bem diante de nós! Rompemos o lacre, penetramos pelas páginas e percebemos que os versos não foram escritos por um náufrago, mas por uma poeta de punho firme, capaz de se colocar diante das fatalidades e injustiças com muita coragem, com muita lucidez. Além das palavras bem escolhidas, do ritmo e estilo próprios, cada poema nos faz pensar, parar para refletir sobre nós mesmos e o mundo que nos cerca e nos atinge”.

Foto: Ricardo Laf
Adriane Garcia nasceu em Belo Horizonte/MG, cidade onde reside. Publicou “Fábulas Para Adulto Perder O Sono” (Prêmio Paraná de Literatura, 2013), “O Nome do Mundo” (Editora Armazém da Cultura, 2014) e “Só, Com Peixes” (Editora Confraria do Vento, 2015). O seu livro “Garrafas Ao Mar” custa R$ 36,00 pelo link http://editorapenalux.com.br/loja/garrafas-ao-mar.

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