“Pontilhismo de Solidão” é uma referência ao ato solitário da escrita, e traz à tona, através da poesia, essa questão intrincada da condição humana. A obra é o mais novo trabalho do autor Luiz Claudio Tonchis e foi publicada pela Editora Penalux, sob o selo Candeeiro. O seu lançamento será às 19 horas do dia 3 de março no Núcleo de Apoio Acadêmico, da Fundação Educacional de Penápolis - FUNEPE (Praça Dr. Carlos Sampaio Filho, 170), em Penápolis/SP. O evento conta com o apoio da FUNEPE e da Vinícola Ferracini.
No título da obra o autor faz uma referência ao ato solitário da escrita. Para ele, escrever é um ato solitário como qualquer ato criativo. “A solidão é um fio, pelo qual o escritor é capaz de se comunicar com o mundo abstrato e captar a mais finas sensibilidades das coisas. Essa é a condição essencial para o ato criador - fora disso, restam apenas meras pretensões retóricas”, diz ele. O livro traz à tona, através da poesia, essa questão intrincada da condição humana: a leitura do silêncio afiado e doloroso do mundo. “Para dar conta disso, qualquer poeta precisa perfurar as camadas da existência e ir ‘além de si mesmo’, para atingir o ‘além das coisas’, através da prática do recolhimento interior, a introspecção. É exatamente isso que o livro propões”, conclui.
O livro tem a quarta capa escrita pelo penapolense Dr. Roberto Rillo Biscaro, que diz: “A poesia de Tonchis é muito sinestésica, no sentido etimológico bem mais aconchegante do ‘sentir junto’ dos gregos. Seus versos têm cheiro e sabor; palavras com gosto de noite, odor de solidão, som de vinho. É poesia sentida, sensorial, sensual, e por isso, saborosa, mesmo que às vezes tenha sabor de caco de vidro”.
Segundo Susanna Busato, Doutora em literatura e professora da UNESP de São José do Rio Preto/SP, que escreveu o prefácio, disse: “A leitura da poesia de Tonchis nos obriga a afirmar que ela é um ato de amor. O ato se revela uma ‘invasão simbólica’: sinestesias signo-friccionantes ao longo dos poemas criam zonas de tensão, esses espaços entre os pontos do desejo que sugerem pelo olhar do leitor a lembrança úmida do outro. A descrição diluída, inexata, permeada por simbolismos cromáticos, por vezes sinestésicos”. O que move o sujeito para além de si próprio no livro de Tonchis é o exercício de pontilhar o outro pelas impressões e sensações que recolhe da memória. A imagem é lugar da espacialização do desejo e da saudade. Dá a conhecer o outro como nódoa, signo que se dissipa em ruído interior”.
Luiz Claudio Tonchis reside em Penápolis, interior do estado de São Paulo. É Professor de Filosofia e Diretor de Escola, bacharel e licenciado em Filosofia, pós-graduado em Ética pela UNESP, e em Gestão Escolar pela Universidade Federal Fluminense. É o autor do livro “A Arte de Ser Feliz, Na Visão da Ética Aristotélica”, publicado em 2016 pela Paco Editorial. O seu livro “Pontilhismo de Solidão” possui 84 páginas (impresso) e custa R$ 34,00 no site da editora (https://goo.gl/H5iYBR).
Tonchis escreve artigos para jornais e revistas, e publicou o seu livro de Filosofia “A Arte de Ser Feliz, Na Visão da Ética Aristotélica” mas sentindo a necessidade de estudar literatura para melhorar seus textos, utilizar adequadamente as metáforas, dar maior circularidade aos textos. No início do ano de 2016, passou a estudar, por conta própria, teoria literária e a ler várias clássicos da literatura brasileira e estrangeira, foi quando deparou-se com poemas de Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Aguinaldo Gonçalves, dentre outros. “Me apaixonei pela poesia e passei a escrever poemas. Descobri que a verdadeira literatura não se inspira em nada, a não ser na própria devassidão humana”, diz ele. Essa sua transição da Filosofia para Literatura resultou no livro “Pontilhismo de Solidão”.
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