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Livro apresenta minicontos provocativos que flertam com referências literárias e históricas

“A Dupla Vida de Dadá”, da escritora Moema Vilela, é uma coletânea de histórias, que se desenvolvem em universos ficcionais variados. O livro se enquadra numa proposta de literatura minimalista, com minicontos permeados por muitas intertextualidades, dialogando com diferentes referências literárias e históricas - como as Dadás do conto que dá título ao volume, uma referência à baronesa Elsa von Freytag-Loringhoven e à cangaceira Sérgia Ribeiro da Silva, única mulher a usar fuzil no bando de Lampião. A obra tem 72 páginas está sendo publicada pela Editora Penalux sob o selo Microficções e será lançado em Porto Alegre/RS no dia 11 de agosto, às 18h30, na Livraria Baleia/Aldeia (Rua Santana, 252 - Farroupilha).

Dividido em três partes, “A Dupla Vida De Dadá” traz em sua primeira subdivisão minicontos mais comportados e sintéticos, em que a história costuma ser o centro das atenções. Na segunda, mais variada no tom, muitas minificções abordam o tema da perspectiva. A terceira parte flerta mais com a experimentação na formal e com diferentes formas breves conhecidas.

“Acho que um barato da ficção breve é enxergar um universo ficcional em cada esquina. ‘Era uma vez o mundo’, diz Oswald sobre a crônica, mas poderia ser também sobre a minificção – algumas delas. A dupla vida de Dadá nasceu justamente dessa admiração pelas formas breves e suas qualidades variadas, múltiplas”, diz a autora.

A escritora Natalia Borges Polesso, no texto que compõe a orelha do livro, destaca a força das micronarrativas: “Moema Vilela apresenta uma coleção fascinante de formas breves e brevíssimas, trabalhadas com a amplitude e o apreço de quem conhece o ofício da escrita. A dupla vida de Dadá, além de nos atiçar a pontinha encoberta da curiosidade, diz muito sobre a elaboração das histórias. Intensas, essas pequenas narrativas nos dão a oportunidade da não indiferença frente à literatura. Deixe a lógica escapar da letra, deixe a perspectiva escapar das construções estanques, deixe a grandessíssima literatura emergir do mínimo. Para isso, é preciso conectar com o mundo e seus menores eventos”.

De fato, a literatura minimalista – ou minificção, como preferem alguns – tem esse poder de fisgar imediatamente o leitor e deixá-lo impactado em poucas linhas.  Um gênero que revela um grande espaço para a criação, a experimentação e o inusitado na literatura contemporânea; que possui, sobretudo, essa habilidade cirúrgica para cavoucar tesouros de linguagem escondidos no solo tão repisado das tradições literárias. A dupla vida de Dadá se insere nessa perspectiva. 

Moema Vilela é escritora e jornalista, doutora em Letras e professora nos cursos de Letras e de Escrita Criativa na PUCRS. Autora de A Dupla vida de Dadá (Penalux, 2018), Ter saudade era bom (Dublinense, 2014), finalista do Açorianos de Literatura, de Guernica (Udumbara, 2017) e Quis dizer (Udumbara, 2017). Publicou contos, poesias, artigos e ensaios em revistas literárias brasileiras e em diversas antologias. Graduada em Jornalismo (UFMS), mestre em Linguística e Semiótica (UFMS) e em Escrita Criativa (PUCRS). O seu livro “A Dupla Vida de Dadá” está por R$ 35,00 pela loja online da editora (https://bit.ly/2w193qH).

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