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Escritor Fabio Shiva mistura romance com terror, violência, medo e mistérios noturnos de uma metrópole em “Favela Gótica”

“Favela Gótica” é o novo livro do escritor Fabio Shiva No romance somos convidados a conhecer uma realidade alternativa, onde a monstruosidade cotidiana da cidade grande é revelada em toda a sua crueza e crueldade. Um lugar onde os policiais se transformam em lobos quando a noite cai, onde os políticos são vampiros centenários e os zumbis são viciados em uma droga que provoca o irresistível desejo de comer cérebros. O livro é uma edição da Verlidelas Editora e será lançado no dia 10 de janeiro de 2019, às 20 horas, na Casa Delícia (Rua Fontes Castelo, 11 - Alto da Boa Vista), no Rio de Janeiro (RJ).

Uma metrópole infestada de criaturas sinistras: ogros, gárgulas, vermes do pântano, endemoniados e seres bestiais de todos os tipos, acometidos pelo Mal de Circe, que faz vir à tona o lado animal de cada um. É nesse dantesco cenário que vamos encontrar a personagem Liana, uma jovem zumbi em sua árdua jornada das trevas da ignorância para a luz do autoconhecimento. Nessa aventura, ela precisa enfrentar os monstros externos e internos, se quiser conquistar o prêmio de descobrir a sua verdadeira natureza e, assim, cumprir a sua missão. Tudo isso em meio a uma trama de assassinato, perseguição e muitas reviravoltas, que envolvem misteriosos seres interdimensionais e um asteroide em rota de colisão com a Terra. Uma história onde a fantasia é tão apavorante que chega a se confundir com a mais pura realidade.

A primeira ideia para o livro “Favela Gótica” surgiu quando o autor testemunhou um episódio de violência urbana, o que lhe fez refletir sobre a cena. “Fui testemunha de um episódio de violência urbana, e isso me fez refletir sobre quanta monstruosidade existe debaixo da superfície da sociedade. Então comecei a pensar no que aconteceria se esses monstros todos viessem à tona. E foi assim que nasceu o livro”, diz ele. “Favela Gótica” possui 276 páginas e está em pré-venda por R$ 25,00 no site da editora (https://www.verlidelas.com/).

Foto: Fabiola Campos
Fabio Shiva é músico, escritor e produtor cultural. Iniciou sua carreira musical com a banda Imago Mortis, com dois CDs lançados internacionalmente. É coautor e roteirista de “ANUNNAKI - Mensageiros do Vento”, primeira ópera rock em desenho animado produzida no Brasil. O longa de uma hora e meia de duração foi patrocinado pelo Edital de Música do Fundo de Cultura (SECULT-BA) e estreou no Cine Glauber Rocha em setembro de 2016. Disponibilizado em 28 episódios no YouTube, o filme já conta com mais de um milhão e meio de visualizações. Por esta obra Fabio Shiva foi indicado ao Prêmio Caymmi 2017 como melhor roteirista de videoclipe por “Abdução de Endubsar”. É fundador da “Oficina de Muita Música!”, projeto inovador que já beneficiou centenas de participantes com aulas gratuitas de violão, contrabaixo, xadrez e meditação, na Casa da Música (SECULT/BA), onde Fabio também coordena o Bahia Canta Paz, grupo que tem a proposta de celebrar e fomentar a fraternidade, a tolerância e o respeito à diversidade por meio do poder transformador e positivo da música.

Foi idealizador e produtor dos projetos de literatura: Pé de Poesia (que decorou as árvores de Salvador com poemas em 2016), Doce Poesia Doce (que distribuiu 10 mil “poesias doces” - poesias embalando balas doces - em 2017) e Poesia de Botão (em 2018, com a implantação de um jogo que ensina as crianças a rimar e fazer poesia em escolas municipais), todos patrocinados pela Fundação Gregório de Mattos (Prefeitura Municipal de Salvador). Fabio também é fundador do projeto P.U.L.A. (Passe Um Livro Adiante), atualmente sediado na Casa da Música (SECULTBA), que já fez circular milhares de livros gratuitamente pelo Brasil. Também sou palestrante sobre temas como Racismo, Consciência, Música e Espiritualidade em escolas públicas e eventos diversos, como o Seminário da Água em junho de 2017 no Instituto Histórico e Geográfico da Bahia (IGHB).

Publicou em 2013 o romance policial “O Sincronicídio”, pela Caligo Editora. Sua história infantil, “A Menininha Azul”, foi selecionada para a plataforma digital do Mapa da Palavra - BA. Em 2016 lançou dois livros pela Cogito Editora, um duplo de contos (“Isso Tudo É Muito Raro / Labirinto Circular”) e, como organizador, o coletivo sobre literatura “Escritores Perguntam, Escritores Respondem”. Participou de diversas coletâneas de poesias, contos e crônicas. Em agosto de 2018 lançou, como organizador, a antologia poética “Doce Poesia Doce”, pela Cogito Editora.

A vida na metrópole é descrita em 18 contos do escritor L. R. Guedes em “Como Ser Ninguém Na Cidade Grande”

O renomado nome da literatura nacional, Luiz Roberto Guedes, lança seu mais novo trabalho. “Como Ser Ninguém Na Cidade Grande” é um livro que está sendo publicado pela Editora Penalux, sob o selo Contos, e traz uma seleção de 18 textos com os melhores contos do autor, escritos nos últimos vinte anos, cuja a maioria publicados anteriormente em livros, revistas e jornais literários, além de alguns inéditos. O livro conta com 172 páginas e o seu lançamento será nesta quarta-feira, 19 de setembro no Centro Cultural Al Janiah (Rua Rui Barbosa, 269 - Bela Vista), às 19 horas, em São Paulo/SP.

Para o escritor Roniwalter Jatobá, que assina a orelha do livro, essas dezoito narrativas propiciam uma multiplicidade de olhares sobre a cidade e seus viventes, refletindo “um testemunho do nosso tempo, numa prosa direta e repleta da condição humana”. A propósito, o escritor argentino Ricardo Piglia considera que “o êxito do artista é ser reconhecido pelos outros artistas”. A obra “Como Ser Ninguém Na Cidade Grande” está sob o preço de R$ 40,00 pela site da Penalux (https://bit.ly/2Nl2qej).

Grande João Vitorino. Parece que você nos mandou alguns originais nos últimos anos, não foi? É lamentável, meu caro, mas este país não lê, não valoriza o autor nacional. O que você trouxe aí? Morto sem chão? Qual é o assunto? Hum. Interessante. É compreensível, você lida com a realidade que conhece. O tema é sempre o grande problema de um livro, meu caro. That’s the trouble. Atualmente, ninguém quer ouvir falar desse tipo de regionalismo tardio: massacre de sem-terra, tribo dizimada, grilagem de terras, assassinato de missionário, matador de aluguel etc. O Brasil urbano está de costas pra esse Brasil do fundão. É pena, mas that’s it. A missão de um editor hoje é uma verdadeira cruzada. It’s really hard, my dear.

Foto: Maduca
Poeta, escritor, cronista, tradutor e também letrista (sob o nome de Paulo Flexa), Luiz Roberto Guedes é um criador que não se encerra num único nicho. Autor atuante no campo da literatura juvenil, com definido gosto pelo fantástico, vem publicando numerosos títulos, desde “Perdidos No Trem Fantasma”(1995), até “A Saga do Gato do Negro” (2016), tendo obras adotadas pelo PNBE (Plano Nacional Biblioteca na Escola), a exemplo de “Treze Noites de Terror” e “O Livro das Mákinas Malukas”.

A par de traduzir poetas e organizar antologias de conto e poesia, Guedes tem publicado sua obra adulta, a partir da novela histórica “O mamaluco voador” (Travessa dos Editores, 2006). Seus contos de “Alguém para amar no fim de semana” (Annablume, 2010), foram considerados pelo escritor Luiz Ruffato como “uma quase novela, de sabor pop”, devido às narrativas interligadas, protagonizadas por um Josué Peregrino, possível alter ego do autor.

A coletânea seguinte, “Miss Tattoo — uma quase novela” (Jovens Escribas, 2016), foi descrita pelo crítico Alfredo Monte como uma “taxonomia do tiozão”, que abrangeria desde “tipos descolados (que circulam pela noite), até tipos introspectivos, voltados nostalgicamente para os anos 80. Monte assinala: “É incrível a leveza da prosa de Guedes. Ele escreve como um autor policial norte-americano. Entretanto, é uma falsa leveza, ainda que o leitor ache tudo fluente, jocoso e mordaz. (...) É amargura no fundo do riso, é o ácido no suco da laranjeira ”. Esse estilo seco e despojado também foi observado pelo poeta, tradutor e editor Vanderley Mendonça: “Guedes é poeta e, impressionantemente, não usa o artifício poético em seus livros para criar imagens batidas e surradas buscando emoção fácil no leitor”.

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