Tal estilística pode parecer estranha para a maior parte das pessoas, mas não se engane, há uma enorme cultura em ascensão do universo do “bizarro” somado ao nonsense – sem sentido em tradução literal. Desde o tradicional britânico Monty Python até desenhos da infância noventista como Coragem, o Cão Covarde, elementos que causam estranhamento agradam e atraem centenas de pessoas, especialmente nos espaços geeks.
Se uma fuinha mística se instalando no cérebro de um usuário de metrô com a intenção de jogar uma conversa fora é algo que te instiga, você precisa conhecer o talento desse escritor. Domingues une as características do humor nonsense ao toque de brasilidade que inaugura novas possibilidades para a literatura nacional.
Com uma personalidade igualmente irreverente, o autor reforça “o formato de textos curtos o torna uma ótima opção para se ler na intimidade do banheiro”. Não é apenas o conteúdo, mas Douglas também compartilha o nome com uma das maiores referências do segmento, Douglas Adams, envolvido com o projeto de Monty Python e autor do famoso Guia dos Mochileiros da Galáxia.
A capa é uma obra à parte de autoria do quadrinista Victor Bello expoente dos quadrinhos undergrounds e responsável por obras como "Úlcera" Vortex (2017) e "O Alpinista" (2019). A versão do livro “Uma fuinha sobrenatural se instalou no meu cérebro e outros textos igualmente imbecis” está disponível na loja virtual da Amazon (https://www.amazon.com.br/dp/B08RG8JNRF/).
Capixaba radicado em São Paulo, Douglas Domingues é mestre e professor universitário na área da comunicação, além de aficionado por quadrinhos baratos, filmes ruins, música esquisita e coisa parecida. Leciona cinema, audiovisual e novas mídias no ensino superior privado. Contatos com o autor podem ser feitos por meio do e-mail duubhs@gmail.com.
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