O romance de estreia do autor Maurício Rosa, “Doce Sofia”, traz uma jovem professora reconstruindo sua vida profissional e conjugal após um acidente, que a deixa paraplégica e dependente de uma cadeira de rodas. O livro tem como tema principal do seu enredo, a deficiência física, e paralelo a isso, aborda temas como discriminação e os paradigmas que jovens enfrentam no mercado de trabalho. Lançado em novembro de 2017 na cidade de São Sepé/RS, a obra possui 340 páginas e foi publicada pela Editora Multifoco, sob o selo Desfechos Romances, já vendeu centenas de exemplares e já está com nova tiragem.
“Doce Sofia” trata sobre uma jovem professora de Língua Portuguesa que tem uma vida toda planejada. Planos, metas e sonhos. Ela está morando com seu futuro esposo e, antes de casarem, ela propõe um teste de convívio de um ano. Porém, a Sofia, sofre um acidente e fica paraplégica. Com isso, o teste fica mais complexo ainda. Fora a deficiência, o estado julga, por ela ser deficiente, que Sofia não pode dar aula sentada numa cadeira de rodas. Então, em meio a um caos pessoal, ela sentada numa cadeira de rodas, vai fazer de tudo para reconstruir sua vida conjugal e recuperar seu emprego. O livro tem duas partes e cada uma delas possui uma “Sofia”. Pré-acidente, pós-acidente, virada de personalidade, adaptação ao mundo dos deficientes, e a vida conjugal com Adam, seu namorado.
No enredo, Sofia, a protagonista, trabalha em uma escola pública na qual leciona Língua Portuguesa para alunos do ensino fundamental. Adam, namorado dela, trabalha em uma emissora de TV como cinegrafista. Porém, após sofrer um acidente e ficar paraplégica, Sofia faz com que a vida de todos mude, principalmente a de Adam. Será preciso muita calma, paciência e submissão aos novos aprendizados. O livro reflete várias questões, principalmente o preconceito e o fato de as pessoas desistirem de suas vidas por causa de empecilhos do destino. Sofia mostra o contrário, ela prefere derrubar o muro do que dar a volta na sua cadeira e ficar o resto da vida se lamentando.
“Eu estava desenvolvendo um conto, mas estava com 50 páginas e, sinceramente, páginas bem ruins. Eu queria escrever um livro, mas que tivesse uma ideia original. Na época estavam lançando o filme 50 Tons de Cinza e estava saindo um monte de livros de fantasia. Eu não queria entrar naquela barca, queria algo original. Então, numa bela tarde, meados de 2015, eu fui a uma loja e observei um cadeirante que não conseguia sair do local, pois não existia acesso. E ninguém ajudava o rapaz, após prestar a solidariedade, eu decidi falar sobre deficiência física. Nasceu ali uma ideia original e um tema amplo que me forneceu muitos materiais para elaborar um bom texto”, revela o autor.
Maurício Rosa de Souza reside na cidade de São Sepé, interior do Rio Grande do Sul, cerca de 200 km da capital gaúcha. Em 2012 formou-se em Física, pela Universidade Federal de Santa Maria. Também neste mesmo ano, teve um projeto musical que fazia uma homenagem a banda AC/DC. Esse projeto durou de 2010 à 2012 e rendeu mais de quarenta apresentações, entrevistas e muita visibilidade. Na época Maurício lia bastante, mas não pensava em escrever, apenas tocava e bebia muito. Depois do projeto, nunca mais envolveu-se com música.
No primeiro semestre de 2013, Maurício Rosa mudou-se para São José dos Campos/SP, para fazer mestrado em Geofísica Espacial no INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Porém, em 2014 decidiu que não queria uma vida de pesquisador, mas sim uma vida na docência e paralelo a isso, desenvolver o que mais ama nessa vida: escrever. Acabou descobrindo o amor pela escrita após abandonar a música e desenvolver seu próprio mundo, pois sempre teve problemas para desenvolver algo em grupo, e a literatura lhe dá isso: privacidade.
O autor começou a escrever o seu primeiro romance em agosto de 2015 e finalizou ele em março de 2016. Foram sete meses de muita leitura e escrita. “Eu não fazia ideia de como escrever um livro, então tive que ler muito para me articular melhor e assim escrever algo contundente e que não fosse banal”, diz. Assim, nasceu o livro “Doce Sofia”, com a ideia de um conto, mas que de repente, já estava com 50 páginas. Abandonar a música e a pesquisa, para Maurício foram mudanças drásticas, mas que agora lhe mostram que valeram muito à pena. “Tenho certeza que fiz a escolha certa. Atualmente, sou professor de Matemática e Física em um curso preparatório (Grécia Cursos) para escolas técnicas e de nível médio e para concursos públicos de todos os níveis”, diz ele
Maurício prepara sua segunda publicação, e está com o seu terceiro livro, “A Tese de Anita”, já pronto. E pretende dedicar o restante do ano a um romance de época que se passa durante o período da Revolução Farroupilha. Com o título já definido, “Uma História de Preto”, o livro foca na escravidão, religião africanista e as heranças desse período para os dias de hoje. O seu livro “Doce Sofia” custa R$ 50,00 e está à venda pela loja online da editora (https://goo.gl/J6VDtC).
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