“Vale do Buratti - História e Vida” é um livro biográfico sobre a comunidade Vale do Buratti, localizada entre os municípios de Bento Gonçalves e Pinto Bandeira, no Rio Grande do Sul. A obra foi organizada pelos autores Nelson Piletti e Claudino Piletti, com fotografias de Luciano André Lemos, e conta com 257 páginas, onde os autores trazem, como narrativa, um retorno aos lugares, que implica uma devolução aos tempos da infância e adolescência, vivências dos que permaneceram e daqueles que se mudaram de lá. O livro terá o primeiro lançamento no dia 20 deste mês na Comunidade Buratti.
O livro, que retorna à história do Vale, é composto de quatro partes: História - os imigrantes e seus descendentes; Vida - aspectos do cotidiano buratense; Biografias - buratenses em diversos campos; e Memórias - um mosaico de experiências. A obra não traz somente recordações da infância, como também sonhos, sobretudo da nova geração de buratenses, presentes no livro. Além de recordações e sonhos, é feito de informações e de reflexões. Suas famílias, trabalho, alimentação, educação, lazer, religião, etc. Suas reflexões trazem aspectos sociais, econômicos, educacionais, culturais, ambientais, políticos e religiosos.
Haverá dois momentos de lançamento do livro. O primeiro, na comunidade do Vale do Buratti (Linha Buratti Bento Gonçalves) no dia 20 de janeiro, às 20 horas. O outro será no dia 23 do mesmo mês, na Dom Quixote Livraria & Cafeteria (Rua General Osório, 581, Sala 103 - Centro) em Bento Gonçalves/RS, a partir das 19 horas. A entrada para ambos os eventos será livre, e os autores convidam para os lançamentos, todos que gostam de história e procuram compreender as dificuldades enfrentadas por uma comunidade.
O projeto surgiu quando os organizadores e escritores Luciano André Lemos, e Nelson e Claudino Piletti, em um encontro em Florianópolis/SC, resolveram escrever sobre a história e vida do Vale do Buratti. As facilidades vieram por relações muito próximas com o lugar: Os Piletti por serem nascidos na localidade e Luciano André Lemos por fazer seus experimentos de professor na Escola Luciana de Abreu, que lá funciona. “A ideia de escrever sobre o Vale do Buratti (na qual é uma comunidade esquecida pelos governos municipais, falo isso pelo fato de ficar na divisa de dois municípios) é devido aos seus anos de esquecimentos”, cita Lemos.
Filho de José Piletti e Domingas Josefina Rizzardo, Claudino Piletti nasceu no dia 18 de julho de 1942, no Vale do Buratti, município de Bento Gonçalves/RS. Após concluir a 4ª série no Colégio Aparecida, na sua cidade natal, ingressou, em 1954, no Seminário Nossa Senhora Aparecida de Caxias do Sul, onde concluiu a 5ª série, o Ginasial e o Colegial (1954-1961). Em 1962 ingressou no Seminário Imaculada Conceição de Viamão, onde concluiu os cursos de Filosofia e Pedagogia. E, além disso, cursou 3 anos de Teologia. Na época, ao participar e vencer o “Concurso de Ensaios Filosóficos”, promovido pela Secretaria de Educação e Cultura do Rio Grande do Sul, teve seu ensaio “A Razão Vital e Histórica Em Ortega Y Gasset” publicado pelo Instituto Estadual do Livro (IEL), em 1968. Graças a este prêmio recebeu bolsa de estudos do Instituto de Cultura Hispânica para curso de um ano em Madrid. Lá, além da filosofia, dedicou-se aos estudos de psicologia. Após o curso (1969-1970), trabalhou por alguns meses na Alemanha e viajou por diversos países europeus.
Nelson Piletti, também filho de José Piletti e Domingas Josefina Rizzardo, nasceu em 18 de agosto de 1945. Após concluir o 1° ano do Primário na Escola Luciana de Abreu do Buratti (1953), cursou o 2º, 3º e 4º anos no Colégio Aparecida de Bento Gonçalves (1954-1956), o 5º no Seminário São José de Nova Prata (1957), o Ginasial e o Colegial no Seminário Nossa Senhora Aparecida de Caxias do Sul (1958-1964), e os 3 primeiros anos de Filosofia no Seminário Imaculada Conceição de Viamão (1965- 1967), tendo concluído o curso na Universidade de Caxias do Sul (UCS) em 1968.
Migrando para São Paulo em outubro de 1970, ao mesmo tempo em que lecionou em escolas de ensino fundamental, médio e superior, graduou-se em Jornalismo e Pedagogia. Fez Mestrado, Doutorado e Livre-Docência na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), onde se tomou professor de Psicologia da Educação e Introdução aos Estudos de Educação, nos cursos de Licenciatura, e de História da Educação Brasileira, nos cursos de Mestrado e Doutorado.
Luciano André Lemos é de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. É professor aposentado, Especialista em Cooperativismo pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), possui Graduação em Licenciatura em Ciências pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), e defendeu sua monografia com o título “O Paradoxo da Autogestão Com A Heterogestão do Estado: Um estudo de caso na Cooperativa Têxtil Galópolis – Cootegal”. Publicou o artigo “A Vez do Capital Social?”, pela Revista Eletrônica Espaço Acadêmico (Online), e em 2017, “Um Abreviar Sociológico” e “Jovem Educadora do Século XIX”, este último conjuntamente com Luciana de Abreu Piletti, também pela mesma revista.
O autor é o responsável pelo capítulo “Os Possíveis Paradoxos Da Autogestão: Um Estudo De Caso Na Cooperativa Têxtil Galópolis – COOTEGAL)”, do livro “A Economia E O Turismo Compartilhando Soluções”, publicado pela EDUCS (Editora da Universidade de Caxias do Sul) em 2017. Possui vários artigos publicados no jornal Voz de Ibiúna (São Paulo) e 2015 e 2016. Além de apresentações de trabalhos e palestras, e exposição de Artes Visuais. Atualmente, Lemos está desenvolvendo um livro sobre a família Lemos, a partir dos seus bisavôs Pedro Lemos e Amélia Veger.
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