Aos 18 anos, a jovem amazonense Maria Luiza Brasil de Medeiros é a prova viva de uma história cheia de superações, que envolve doença, dificuldades financeiras e muito amor pela escrita. Natural de Itacoatiara-AM, a jovem, com a ajuda de amigos, familiares e professores da escola, lança seu primeiro livro com os textos que produziu ao longo de vários anos. A obra “Pensamentos de Mim, Você e Todos Nós” é uma publicação da Editora Sejamos Luz e será lançada nesta sexta-feira (16) em Iranduba-AM.
Com cerca de 46 páginas, o livro custa R$ 10,00 e será apresentado na Escola Estadual Isaías Vasconcelos a partir das 15 horas. A obra foi escrita durante a permanência na escola onde Maria Luiza estudava integralmente, e os professores, principalmente Jan Martinot (Geografia), o qual sempre a corrigia em suas dificuldades com pontos e vírgulas, foi um exemplo de motivação para que ela não desistisse do projeto após ter o celular roubado, onde haviam mais de 300 textos salvos.
“Pensamentos de Mim, Você e Todos Nós” é um livro que surgiu a partir de um problema enfrentado por Maria Luiza. No final de 2013, para não entrar em depressão por conta de um problema de saúde, aonde teve que parar de fazer muitas coisas que fazia antes, ela começou a escrever e até maio de 2014, já havia organizado mais de 300 textos. Chegando a escrever de 4 a 6 textos por dia. E no local que estivesse, quando vinha à inspiração, ela escrevia tudo em seu celular, o qual fora roubado depois, levando-a a uma segunda depressão. A rapidez e a agilidade da autora em escrever fez com que ele estivesse com o texto do livro pronto em menos de seis meses.
Maria Luiza Brasil de Medeiros é amazonense natural de Itacoatiara, mas mudou-se para Iranduba – AM, quando ainda criança. Hoje tem 18 anos de idade e esta o segundo ano do Ensino Médio. Estudou na Escola de Tempo Integral - ETTI (Maria Izabel Desterro e Silva) nos seus primeiros anos de estruturação. E no ano de sua fundação, ela teve a oportunidade de conhecer o professor de Geografia Jan Martinot, que incomodado pelo alvoroço causado pelos alunos ao discutirem sobre o trabalho dela como uma iniciante escritora, chamou-os a atenção. Foi quando ela mostrou a ele o celular com os seus escritos, parabenizando-a ao final da leitura. Que por sinal, deixou-a muito feliz.
Acompanhada do mesmo professor (Jan Martinot), a jovem esteve algumas vezes na Universidade Federal do Amazonas (UFAM) na tentativa de conseguir publicar o seu livro. Mas não obteve êxito, fazendo com que ela deixasse os textos de lado. Porém, em agosto 2016, ela voltou a escrever e teve uma ideia: vender doces na escola para conseguir dinheiro e pagar uma editora para publicar sua obra.
“Eu não tinha o conhecimento com a leitura como tenho hoje e, através de amigos descobri a escrita e depois daí não parei mais...”, diz a autora. “Por enquanto, lançarei o livro apenas em Iranduba e na capital Manaus. Mas ainda quero lança-lo nacionalmente em São Paulo ou no Rio de Janeiro, e participar de uma bienal”, conclui ela. “Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta continuarei a escrever”, sua frase de inspiração, de Clarice Lispector.
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