O livro “Uma História de Ouro e Sangue” promove viagem no tempo e transporta o leitor aos fatos que marcaram a Revolução de 1932, por meio de uma narrativa atual e a reconstrução de cenário histórico, o leitor tem a oportunidade de refletir sobre um dos movimentos mais importantes do País. Com cerca de 120 páginas e ilustrações de Daniel Araujo, o livro está em média por R$ 53,00 na loja da editora (www.editoradobrasil.com.br/lojavirtual/).
A obra faz parte da coleção Histórias da História, da Editora do Brasil, e nele Manuel Filho cria um interessante enredo que recorda, de forma bastante clara, fatos e acontecimentos da Revolução Constitucionalista de 1932, um capítulo fundamental para a história do Brasil e de São Paulo. “O tema é absolutamente atual e envolve assuntos como cidadania, solidariedade e eventos bélicos. Praticamente, é um retrato de nosso mundo presente, no qual as pessoas estão buscando melhores condições de vida em todas as partes do planeta”, afirma o escritor.
“Uma História de Ouro e Sangue” se inicia com a narrativa sobre Afonsinho, um office-boy que obtém seu primeiro emprego em um tradicional escritório de advocacia, localizado no histórico edifício Ouro Para o Bem de São Paulo, região central da capital. O prédio antigo foi construído com o valor obtido pela campanha que buscava arrecadar ouro para financiar a Revolução de 1932, movimento que tinha como objetivo lutar por uma nova Constituição, promessa do então presidente Getúlio Vargas, que até então não se concretizara.
Em uma viagem ao tempo, o jovem vê-se subitamente arremessado de uma maneira lúdica aos episódios reais que antecederam a revolução dos paulistas. Ao passear pelos pontos históricos que fizeram parte do cenário do movimento, como Praça da Sé, Praça do Patriarca, Rua Direita, Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, Viaduto do Chá, Rua São Bento e Rua Líbero Badaró, o protagonista passa também a conviver com importantes personagens da revolução, como Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo (MMDC) e, outros tantos combatentes que não gravaram seus nomes nos livros de História, mas que em alguns casos entregaram a própria vida na defesa de uma causa que consideravam justa.
Para melhor reconstruir o ambiente da obra, o autor esteve presente em vários desses locais descritos no livro, incluindo o próprio edifício em que o protagonista vive grande parte de sua história. “Estive no museu da Revolução de 32, presenciei o desfile que ocorre todos os anos no Parque do Ibirapuera, li vários livros históricos sobre o assunto e fiz pesquisas no site da Biblioteca Nacional, em revistas e jornais originais da época. Também realizei entrevistas com pessoas que se lembravam dos eventos. Em seguida, deixei a imaginação funcionar e criei uma maneira lúdica de contar a história para os leitores”, descreve.
A ideia nasceu da curiosidade do autor sobre o assunto. Ele guarda recordações de seus tempos de infância, como do episódio no qual conheceu um senhor que afirmou ter avistado combatentes cruzando sua cidade, Mogi das Cruzes, em um trem. “Ele (senhor) recordou-se de ter acenado para os homens que se dirigiam para os combates que ocorreram no interior de São Paulo. Sempre é muito triste constatar que foi necessária uma guerra para se tratar questões que poderiam ter sido resolvidas diplomaticamente”, acredita.
Despertar a curiosidade por meio da literatura, envolvendo a aprendizagem ao contar episódios reais da história é o principal objetivo do livro. Os fatos descritos e a ambientação bem construída fazem com que o leitor sinta-se como personagem principal da obra, parte integrante de tão importante acontecimento.
Manuel Filho é escritor, ator, compositor e cantor. Redige para a TV, rádio e teatro. Trabalhou na extinta Rede Mulher, TV Record e TV Senac. Integra o projeto Literatura Viva, do Sesi, desde 2011. Possui mais de 30 livros publicados por diversas editoras, como Escala Educacional, Melhoramentos, Paulus, Saraiva, entre outras. Pela Editora do Brasil, possui mais três livros publicados, entre eles “Vento forte, de sul e norte” e “Sensor: o Game”, que integrou o catálogo oficial da CBL na feira do livro em Frankfurt. Recebeu o prêmio Jabuti (2008), o Selo de Acervo Básico da FNLIJ (2011), foi finalista do Prêmio Açorianos de Literatura (2013), além de ter sido selecionado para o PNBE (2014) e para outros prêmios.
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