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Conheça "Diário da Vertigem” da poeta Marilia Kubota

Por: J. B. Novare Em: 18/07/2017

Marilia Kubota é poeta paranaense autora do livro “Diário da Vertigem” (Editora Patuá, 2016, 90 páginas), seu quarto livro publicado, e que está à venda em algumas livrarias e pela internet (clique aqui) por R$ 35,00. O livro foi lançado no Museu Guido Viaro, em Curitiba - PR, no final de 2016, e na Livraria Patua, em São Paulo - SP, no mês de março.

O livro não é exatamente um diário na definição clássica do gênero, segundo aponta o crítico Martim Palácio Gamboa, que assina o prefácio. O diário como registro cotidiano dá lugar a uma miscelânea que contém  os discursos erudito, popular e massivo, aproximando-se da linguagem vertiginosa dos videoclipes. Usando registros vários, como o confessionalismo, fragmentos da narrativa jornalística, a enumeração, a repetição anafórica, a autora instala uma pulsão, um ritmo sem pausa, que manifesta certo desatino que margeia o incompreensível ou ilegível. “Vários destes poemas operam refrações, figurações enviesadas por reflexos equívocos, incertos, inacabados mas envoltos na  espiral (na dobra) do contínuo”, comenta o crítico. 

De acordo com a poeta, o livro não apresentou uma gênese específica, ou projeto definido para que viesse a surgir. "O título encaminha o que está em seu interior: a forma do diário, que abriga escritos íntimos em forma de poesia. A vertigem refere-se ao processo de criação, ou seja, não há exatamente um projeto, uma unidade temática. São sensações, questionamentos críticos, respostas às discussões ou conversas, elaborações. Um labirinto, onde perder-se também é encontrar-se".

Marilia Kubota nasceu em Paranaguá (PR) em 1964, e mora em Curitiba – PR desde 1989. É mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal do Paraná, com a dissertação “As Narrativas Japonesas de Valêncio Xavier - O Mistério Da Prostituta Japonesa & Mimi-Nashi-Oichi”. Tem quatro livros de poesia publicados: “Diário da Vertigem” (2016, Patuá), “Micropolis” (Lumme, 2014), um livro de haicai, “Esperando as Bárbaras” (Blanche, 2012), um livro com poemas metalinguísticos e sobre mulheres, e “Selva de Sentidos” (Águaforte Edições, 2008), um livro artesanal com formas experimentais.

Organizou duas antologias: “Blasfêmeas: Mulheres de Palavra” (Casa Verde, 2016), que reúne poemas de 64 autoras brasileiras contemporâneas, e “Retratos Japoneses no Brasil – Literatura Mestiça” (Annablume, 2010), coletânea de ficção e autores brasileiro-asiáticos. Participou de 13 antologias de poesia e ficção, no Brasil, Portugal, Argentina, França e Turquia. Integrou seis exposições de artes em São Paulo, Curitiba, Salvador, Rio de Janeiro e em sua cidade natal, Paranaguá.

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