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“Diário de Tremembé”, livro censurado pela justiça, voltou aos holofotes após ser citado em série do Prime Video


A série “Tremembé”, lançada pelo Prime Video em outubro deste ano, provocou uma onda de interesse por obras que retratam os bastidores da Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, conhecida como o “presídio dos famosos”. Entre elas, destaca-se o polêmico livro “Diário de Tremembé – O Presídio dos Famosos”, escrito pelo ex-prefeito e jornalista Acir Filló. A obra, banida pela Justiça em 2019, voltou à tona ao ser mencionada na trama, que mistura fatos reais e ficção para retratar a rotina de detentos célebres.


O livro de Filló foi escrito durante o período em que ele esteve preso por fraudes e desvio de recursos públicos. Nele, o autor relata conversas e episódios envolvendo figuras como Alexandre Nardoni, Cristian Cravinhos, Roger Abdelmassih e Suzane von Richthofen. As declarações atribuídas aos presos, como a negação de culpa por Nardoni e justificativas de Abdelmassih, foram consideradas pela Justiça como violações à privacidade e sem comprovação documental, o que motivou sua proibição.


Apesar da censura, o interesse pelo livro disparou após a estreia da série. Trechos da obra começaram a circular na internet, e o público passou a buscar formas alternativas de acesso. Paralelamente, o livro "Tremembé", de Ullisses Campbell, que também inspirou a produção audiovisual, subiu no ranking dos mais vendidos da Amazon, evidenciando o apetite do público por narrativas sobre o sistema prisional e seus personagens controversos.


A repercussão reacendeu o debate sobre os limites entre liberdade de expressão e o direito à privacidade. Enquanto defensores da obra alegam que ela oferece um olhar jornalístico sobre figuras públicas condenadas, críticos apontam que a exposição de falas não autorizadas pode causar danos irreparáveis. A Justiça paulista reafirma que a proibição não configura censura, mas sim uma medida de proteção à imagem dos detentos.

A presença do livro na série funciona como um elemento provocador, convidando o espectador a refletir sobre o que é documentado e o que é dramatizado. Mesmo fora de circulação oficial, "Diário de Tremembé" continua influenciando o imaginário coletivo e alimentando discussões sobre ética, memória e os bastidores de um dos presídios mais midiáticos do Brasil.

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