As poesias presentes no livro “Salada Poética”, do autor mineiro Alan Roger, tratam de assuntos pertinentes à nutrição e a cultura alimentar. A obra reúne poucas páginas (cerca de 24), foi publicada pela Juizforana Gráfica e Editora e foi ilustrada por Gabriela Lemos. O lançamento oficial do livro está agendado para esta sexta-feira, dia 16 de junho, na casa de cultura de Itamogi – MG, cidade natal da ilustradora. Outro lançamento está previsto para o segundo semestre deste ano, em Juiz de Fora – MG, com o local ainda a ser definido.
“Salada Poética” é um livro de poesia com foco em tópicos da nutrição e na cultura alimentar. Tendo como ideia principal trabalhar a Educação Alimentar e Nutricional (EAN) de maneira mais lúdica, através da linguagem poética, fazendo uso das figuras de linguagens, ritmo, métrica e tantos outros artifícios utilizados nesse gênero de escrita para atrair e envolver o leitor e/ou ouvinte. As poesias trazem o intuito de promover, conscientizar e gerar discussão sobre a nutrição e tudo que a envolve.
Alan Roger utilizou o livro como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), e após ter apresentado, alguns professores sugeriram que o mesmo fosse publicado, por se tratar de algo diferente e inovador na Nutrição. O autor arrecadou o dinheiro trabalhando e por meio de empréstimos, pode, em pouco tempo após sua graduação, publicá-lo. A obra custa R$ 25,00 e pode ser encomendado pelo e-mail alsongz@hotmail.com, via telefone pelo número (32) 988185697 ou através dos perfis do autor (@al.rogers) e da ilustradora (@gabiarl) no Instagram.
A obra tem como público-alvo a porção infanto-juvenil da população, visto que a maior dificuldade da EAN não se encontra em adquirir novos hábitos, mas sim, mudar e/ou abandonar hábitos de longa data. Ao educar as crianças, a próxima geração, fazemos um investimento à longo prazo. As ações das mesmas podem ter impactos em seus familiares e cuidadores e principalmente nos seus respectivos descendentes.
Alan Roger tem 26 anos, é nascido, criado e residente em Juiz de Fora - MG. Formado em Nutrição pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), iniciou o curso de gastronomia pelo Centro de Ensino Superior (CES), entretanto não concluiu, ainda assim, flerta com a gastronomia e já trabalhou como auxiliar de cozinha e cozinheiro. Atualmente trabalha como nutricionista, sua profissão de formação.
Gabriela Lemos nasceu em 1996 na pequena cidade de Itamogi - MG. Viu desde pequena que a arte é um instrumento de mudança. Atualmente faz graduação em Artes pela UFJF e tenta a cada pincelada a transformar o mundo.
“O livro surgiu de maneira deveras simplista. Basicamente ao cursar a faculdade de Nutrição eu não era um bom aluno, bem mediano, para ser sincero, e parte disso eu atribuo a minha inabilidade para lidar com um curso que visava o lado clínico da nutrição em detrimento de outras linhas de pensamento, que também o constituíam. Outro fator para que contribuia para minha mediocridade em notas, foi perceber no decorrer do curso que eu era basicamente um cara de humanas na área de saúde”, diz o autor. “O desânimo era constante em minha graduação e isso impactava em minhas notas. Pensei em abandonar o curso “n” vezes, contudo não vislumbrava o que poderia fazer fora da Nutrição. E sendo eu um dos poucos da minha família a conseguir ingressar em um curso superior tinha grande receio de meus familiares não compreenderem o que se passava comigo, devido a isso, persisti”, conclui ele.
Alan já cultivava certo apreço pela poesia, o que o fez optar por seguir essa linha após cursar uma disciplina chamada Educação Alimentar e Nutricional (EAN), a qual permitia abordagens mais humanizadas e variadas. E também ao conhecer um trabalho da nutricionista Tânia Bicalho, denominado “Música Popular Nutricional - MPN”, no qual ela utilizava a música para ensinar sobre a Nutrição. E como ele não sabia cantar, optou pela via mais segura, no seu caso, escrever poesias.
“Eu tinha uma namorada no decorrer do curso, e a presença dela também foi primordial para que eu permanecesse nele. Basicamente eu me sentia um tanto quanto idiota perto dela, pois tinha ingressado na faculdade um ano depois de mim, e já havia me alcançado na graduação devido ao meu atraso. Logo a ideia surgiu como uma válvula de escape, uma saída para que eu pudesse me destacar, ser bom em algo, ser diferente. E para agradá-la, queria mostrar que eu também podia ser mais, ser inteligente, que era digno. Basicamente eu queria aparecer, como eu disse, simplista, ingênuo e sincero. Hoje me sinto feliz por ter perseverado, pois nos últimos períodos da graduação cursei matérias que visavam a porção mais social da Nutrição e nesse momento comecei a me encontrar no curso”, revela Alan Roger.
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