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Maternidade é tema do primeiro livro da brasileira Awarani Araising

Por: Bookeiro Publish Em: 01/10/2019

O impulso destemido que traz à luz um novo ser é o tema principal da obra “Parto da Vida”, da autora brasileira Awarani Araising. Com lançamento agendado para o dia 4 de outubro, no Chiado Clube Literário, em Lisboa (Portugal), o livro é um diálogo libertador que revela sentimentos ocultos por padrões hereditários, mudanças físicas e estados alterados pela potência de uma gestação. Sob o selo Chiado Books, a obra é direcionada a mães, grávidas e demais interessados, que poderão aprofundar-se no tema a partir de 18 cerimônias/meditações, e as etapas dos nove meses da gravidez e outros nove após o parto.

A publicação é, portanto, um mapa de navegação para todas as mulheres, e narra os primeiros passos dentro da maternidade, como uma escolha consciente e não uma função imposta de obrigações e deveres. O livro relata, ainda, de forma poética e com humor e leveza, a metamorfose que é “ser mãe”.

Estreia da autora, “Parto da Vida” apresenta ao leitor o compartilhar desta experiência, mas não sob a perspectiva de uma mãe de primeira viagem, de modo a evitar os clichês costumeiros que norteiam a maioria dos livros desse segmento. Em vez disso, traz um conjunto de reflexões propiciadas pelo rico empirismo de uma mulher que, aos 36 anos, em pleno processo de ascensão profissional em três segmentos de sua atuação (dramaturga/direção teatral, atriz e curandeira), decide se tornar mãe.

“E, ainda na praxe de um pensamento superficial do ser humano ante suas relações, lanço a questão: e ser mãe aos quase quarenta anos talvez fosse uma incitação ainda mais alarmante para uma mulher arraigada em um mundo agenciado por tradições patriarcais e falocêntricas, no desde sempre e ainda tão vigentes? Talvez sim. Mas driblar adversidades e, principalmente, os poréns e os acasos aos quais a vida nos instiga parece constituir um dos eixos norteadores da narrativa-vida”, afirma a autora.

Provida de um acentuado tom confessional, a obra agrega um delicado olhar sobre a conjunção materna, a partir de uma macroperspectiva sobre a maternidade à luz da condição humana contemporânea: gerar um ser humano dentro da conjuntura atual pode ser uma tarefa desafiadora.

O saber feminino é deflagrado no livro com o expressar de suas transformações emocionais e mentais. Aponta, assim, a própria maternidade como um caminho espiritual de cura e perdão. Por meio de questionamentos existenciais e filosóficos, pontos de vista e ensinamentos sobre o feminino, a mulher narradora estabelece um diálogo nove meses dentro, com o feto no ventre, e nove meses fora, com a criança já em seus braços. Vivenciando cerimônias xamânicas para equilibrar e liberar aspectos mais temerosos e sombrios que surgem no decorrer de sua jornada, estabelece um universo particular e arrebatador para se tornar não apenas mãe ou mulher, ou qualquer papel que sobrepuje seu espírito, mas sim quem é em sua essência. Sobre o processo de escrita, a autora diz que foi “como parir outro filho”.

“Parto da Vida” de parir e parto de partir. Vida e morte dançam juntas. Deixando escorrer na escrita as pulsações, fases dessa mulher que está aprendendo a ser ela mesma. Em poesia, cerimônias, crônicas da vida diária, metamorfose que dá voz ao terrível e sublime movimento em gerar outra vida dentro de si mesma. No lançamento da obra, dia 4 de outubro, será a partir das 17h30mim, no Chiado Clube Literário (Rua de Cascais, 57 - Alcântara). A entrada é aberta a todos os interessados.

Awarani Araising - Joy to the Human Soul é o nome de medicina da diretora, atriz, escritora e terapeuta xamânica Daniela Duarte. No conceito do Caminho Vermelho concernente à lenda viva dos Cabelos Trançados, receber um nome de medicina é um novo batizado, e significa um renascimento, a missão acerca do que devemos nos transformar na Terra. Iniciada nos estudos aprofundados da cultura ameríndia por Sylvie Shining Woman (The Council of the Elders of the Twisted Hair People), Awarani peregrinou por diversos países da Europa e da América Latina, pesquisando ritos e curas ancestrais. Iniciada no Conselho das Anciãs das Treze Luas, é continuadora legítima dessa egrégora por meio do Sisterhood 13 Luas, sistema de transmissão de saberes criado e difundido por ela, e realiza diversas vivências de arte e equilíbrio com o Sagrado Feminino. Formada pela Escola de Arte Dramática EAD-ECA USP, atuou em importantes montagens e dirigiu outras. Seus ensinamentos são fortemente influenciados pelo Xamanismo e por técnicas nativas de cura dentro da arte. Desenvolve importante pesquisa sobre canções populares e nativas dos povos originários das Américas, tema de um de seus próximos livros, Cantos Sagrados & Ritos Ancestrais (no prelo). Site da autora: www.awaraniritosancestrais.com.

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