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Segredos da ditadura militar são revelados em novo livro do historiador Paulo Cesar Gomes

Lançado recentemente em São Paulo, a obra “Liberdade Vigiada - As Relações Entre A Ditadura Militar Brasileira e O Governo Francês: Do Golpe À Anistia” é o mais novo livro do escritor e historiador Paulo Cesar Gomes. O livro foi produzido com base em documentos sigilosos consultados tanto no Brasil, quanto na França, e nele são analisados conteúdos de uma série de papéis sigilosos, nacionais e estrangeiros, conhecidos como os “documentos secretos da ditadura”, revelando fatos até então desconhecidos sobre o regime ditatorial. A edição é da Editora Record com 560 páginas e encontra-se disponível nas principais livrarias físicas e online do país. O autor estará, em novo evento sobre o livro, na Livraria Taverna em Porto Alegre (RS), no próximo dia 17 de agosto.

A França sempre teve sua imagem externa tradicionalmente vinculada à de uma terra de asilo, tendo sido o país em que os exilados brasileiros se concentraram em maior número a partir de 1973. Ao mesmo tempo, as autoridades francesas […] buscaram não se pronunciar sobre a conjuntura política brasileira, com o intuito de manter a regularidade de suas relações com nosso país. Da mesma forma, durante muito tempo, prevaleceu a versão segundo a qual a diplomacia brasileira não se envolveu nas arbitrariedades perpetradas pela ditadura militar [...]. Todavia, em 2011, com a Lei de Acesso à Informação, o acervo documental do período finalmente pôde ser consultado [...]. O historiador Paulo César Gomes aceitou o desafio e mergulhou no mundo até então secreto do Itamaraty e dos diversos órgãos ligados ao Serviço Nacional de Informações (SNI). Em “Liberdade Vigiada”, ele apresenta o resultado de sua pesquisa, que se materializa nesta obra sólida, baseada em evidências e articulada em termos analíticos e teóricos, escrita com grande elegância narrativa.

Logo depois da publicação do seu primeiro livro, Paulo Cesar Gomes sentiu a necessidade de pesquisar outras temáticas, embora dentro do período da ditadura militar brasileira. Quando os arquivos ligados aos órgãos de segurança e informações do Ministério das Relações Exteriores começaram a ser liberados para a consulta pública, ele foi consultá-los. O que o deixou bastante surpreso com a riqueza do acervo. “Minha ideia inicial era analisar a maneira como o governo brasileiro monitorou os exilados brasileiros que foram para a França naquele período, já que Paris foi a capital europeia que acolheu o maior número de brasileiros que buscavam escapar de perseguições políticas que vinham sofrendo no Brasil. No entanto, ao me aprofundar na análise dos documentos, decidi fazer um trabalho mais amplo de história das Relações Internacionais no período, embora não tenha deixado de lado a questão dos exilados”, revela.

A intenção central do livro é buscar compreender de que maneira a existência de um regime ditatorial no Brasil afetou as relações franco-brasileiras. “Lembrando que a França construiu para si a imagem de berço da democracia e, também, de uma terra de acolhimento de refugiados políticos. Minha descoberta mais significativa foi observar que a França, embora tenha recebido muitos brasileiros, nunca pronunciou publicamente qualquer crítica às violações aos direitos humanos que vinham sendo praticados no Brasil. A mesma afirmação não pode ser feita acerca da imprensa francesa, que denunciou constante a ditadura brasileira”, frisa o autor.

Paulo Cesar Gomes mora no Rio de Janeiro. É historiador e sua formação acadêmica (graduação, mestrado e doutorado) ocorreu inteiramente na UFRJ, embora tenha nascido em Brasília (DF). Atuou como pesquisador da Comissão Nacional da Verdade e, em seguida, criou um site de divulgação do conhecimento histórico chamado História da Ditadura (www.historiadaditadura.com.br). Logo após a defesa de sua tese de doutorado, atuou como professor substituto de História do Brasil Republicano na UFF.

Possui dois livros publicados. O primeiro, intitulado “Os Bispos Católicos e A Ditadura Militar Brasileira: A Visão da Espionagem”, foi publicado em 2014 pela editora Record; e o segundo, “Liberdade Vigiada”. “As Relações Entre A Ditadura Militar Brasileira e O Governo Francês: Do Golpe À Anistia”, acaba de ser publicado pela mesma editora. “Tenho divido minhas atividades acadêmicas em duas frentes: os estudos relativos à ditadura militar e a produção de conhecimento para um público mais amplo, a chamada História Pública”, revela Paulo Cesar. O escritor é também curador do Clube Da Vinci, o clube de livros por assinatura da livraria Leonardo da Vinci, no Rio de Janeiro.

Em seu primeiro, “Os Bispos Católicos e A Ditadura Militar Brasileira: A Visão da Espionagem”, o autor traz o resultado da pesquisa desenvolvida no seu mestrado. Na obra, o objetivo foi analisar de que forma os órgãos repressivos da ditadura buscaram impedir as denúncias dos bispos chamados “progressistas” contra o governo brasileiro tanto em território nacional como no exterior. Os governantes brasileiros buscaram a todo custo impedir as atividades oposicionistas desses bispos. No entanto, seu poder de repressão contra eles era muito limitado, já que sua posição na hierarquia da Igreja acabava protegendo-os, impedindo com que fossem tratados da mesma maneira que os outros oposicionistas.

“Sonata Em Auschwitz”: da lista dos mais vendidos para turnê de lançamentos pelo Brasil

Recém-lançado em janeiro em Portugal e em março em Curitiba/PR, o romance “Sonata Em Auschwitz” (Editora Record, 2017) é o mais novo livro publicado da autora brasileira Luize Valente. A obra, que reúne 369 páginas e já esteve na nossa lista dos mais vendidos em 2017 (reveja), traz a jovem Amália investigando o passado a cerca do seu avô, tido como morto antes do fim da Segunda Guerra, mas que possivelmente está vivo e residindo no Brasil. E a jovem buscará todas as pistas possíveis para desvendar o mistério. O próximo lançamento da obra será no dia 20 de março em Brasília/DF. Depois, a autora segue em turnê por outras capitais do país.

Um bebê nascido nas barracas de Auschwitz-Birkenau, em setembro de 1944 e uma sonata composta por um jovem oficial alemão, na mesma data, também em Auschwitz. Essas duas histórias se cruzam e se completam em “Sonata Em Auschwitz”. Décadas depois, Amália, jovem portuguesa, começa a levantar o véu de um passado nazista da família a partir de uma partitura que lhe é revelada por sua bisavó alemã. A dúvida de que o avô, dado como morto antes do fim da Segunda Guerra, possa estar vivo no Rio de Janeiro, a leva a atravessar o oceano e a conhecer Adele e Enoch, judeus sobreviventes do Holocausto.

A ascensão do nazismo na Alemanha, culminando na fatídica Noite dos Cristais, a saga dos judeus húngaros da Transilvânia, os guetos na Hungria e Romênia, os trens para Auschwitz, os mistérios acontecidos no campo de extermínio da Polônia e o pós-guerra numa casa cheia de segredos num lago de Potsdam oferecem os trilhos que Amália percorrerá para montar o quebra-cabeça. O livro já até ganhou uma sonata exclusiva, composta pelo maestro Antonio Simão, sobrinho de Luize, e pode ser ouvida no site da autora. A obra está à venda na maioria das redes de livrarias físicas e virtuais do Brasil. 

Motivada pela necessidade de escrever algo sobre o período do Holocausto, a ideia da autora sobre o livro veio a partir da história verídica contada por uma sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, a qual ela conheceu no Rio de Janeiro. “Ela chegou grávida de cinco meses em Auschwitz, em 1944, e lá teve o bebê que lhe foi tirado dos braços, imediatamente após o nascimento, por um soldado alemão, e levado para a morte. Eu pensei: e se este soldado tivesse optado por salvar esta criança? Daí nasceu Sonata Em Auschwitz”, diz Luize.

Luize Mendes Pinheiro Valente é uma escritora e documentarista brasileira nascida no Rio de Janeiro, de ascendência portuguesa e alemã. É formada em Jornalismo e pós-graduada em Literatura Brasileira pela PUC/RJ. Como jornalista, atuou por mais de 20 anos na televisão cobrindo assuntos internacionais, na GloboNews, na TV Globo, na Bandeirantes e no GNT. Estreou na literatura com o romance “O Segredo do Oratório” (Editora Record, 2012), lançado também na Holanda em 2013. Nesse mesmo ano, foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura. Seu segundo romance, “Uma Praça em Antuérpia” (Editora Record, 2015), foi lançado no mesmo ano em Portugal. Em 2016, escreveu a peça “O Mundo Indecifrável”, em fase de pré-produção.

Em 2017, os direitos de adaptação para o cinema e televisão da peça “Uma Praça Em Antuérpia” e do livro “O Segredo do Oratório” foram adquiridos pelos diretores Breno Silveira (Conspiração Filmes) e Paula Fiúza (documentário “Sobral”). É autora, com Elaine Eiger, do livro “Israel Rotas e Raízes” (2000) e dos documentários “Caminhos da Memória - A Trajetória dos Judeus em Portugal” (2002) e “A Estrela Oculta do Sertão” (2005), prêmio de Melhor Documentário no Festival Internacional de Cinema Judaico de São Paulo. Ambos exibidos em vários festivais internacionais e na televisão, constituem importantes inventários do Judaísmo no mundo.

O livro “Sonata Em Auschwitz” já teve lançamentos com presença da autora em São Paulo/SP, em novembro de 2017, Curitiba/PR, em março de deste ano, e terá novo lançamento agendado para Brasília/DF no próximo dia 20 de março na Livraria Visconde, a partir das 17 horas. Em Portugal, foi lançado em janeiro deste ano pela editora portuguesa Saída de Emergência, e ficou em 2º lugar geral na lista dos mais vendidos de ficção (Livrarias Bertrand, maior rede do país), logo após o lançamento. No Brasil, a autora estará na Flipoços 2018, em maio, em Campinas/SP, em junho, e em Recife/PE, João Pessoa/PB, Belo Horizonte/MG, Porto Alegre/RS e Florianópolis/SC, sem data ainda prevista.

Para contato e saber mais sobre a autora e suas obras, basta seguir os links do site (www.luizevalente.com) Facebook (www.fb.com/luizevalenteescritora) Instagram (instagram.com/luizevalente) e Twitter (www.twitter.com/luizevalente), ou pelo e-mail luize@luizevalente.com.

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