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A Festa de Mulundús de 1923, de Firmino Teixeira do Amaral: Um retrato poético de devoção e alegria popular

A obra “A Festa de S. Raymundo Nonato dos Mulundús de 1923”, de Firmino Teixeira do Amaral, é um livro de cordel de 1924 publicado pela anti...

Resenha: Pedra, papel, tesoura - Alice Feeney


Livro: Pedra, papel, tesoura
Autora: Alice Feeney
Editora: Darkside Books
Ano: 2024
Páginas: 288
Gênero: Suspense
Classificação: 4/5 estrelas
Comprar: Ir para loja

Sobre a autora: Alice Feeney é autora e jornalista best-seller do New York Times. Seu romance de estreia, “Sometimes I Lie”, foi um best-seller internacional traduzido para mais de vinte idioma e esta sendo transformada em uma série de TV, estrelada por Sarah Michelle Geller. “His e Hers” também está sendo adaptado para o cinema, pela Feckle Films, de Jessica Chastain. Alice foi jornalista da BBC durante quinze anos.

Resumo: Adam é um famoso roteirista casado com Amélia, uma mulher bondosa e que trabalha em um abrigo para cães. O casal está há 10 anos juntos, tendo um começo de relacionamento difícil, onde o sonho de Adam em ser roteirista reconhecido era apenas uma mera ilusão. Mesmo depois de conseguir todo sucesso em sua carreira e sempre ter o apoio de sua esposa, o casamento não parecia estar bem. Amélia ganha uma viagem para um lugar lindo, frio e silencioso, e decide que irá usar este prêmio para recuperar os laços com seu marido e tentar salvar seu casamento. Mas o lugar para onde estão indo não é bem como imaginavam; os dias e noites serão estranhos e assustadores. O ambiente irá revelar segredos e o matrimônio será posto à prova.

Opinião: “Pedra, papel, tesoura” é um livro bem elaborado, com capítulos bem distribuídos e uma linguagem bem desenvolvida. O enredo é envolvente e o suspense te prende até a última página. A historia é assustadora, cheia de plot e te deixa com agonia para saber os próximos passos dos personagens.

“A cura pelos caminhos da poesia”, de Sidroniosa Pinheiro, propõe jornada de autoconhecimento e resiliência


O livro “A cura pelos caminhos da poesia”, da escritora Sidroniosa Pinheiro, reúne versos sensíveis e reflexivos, e propõe uma jornada de autoconhecimento e superação por meio da arte poética. A obra é uma edição da Editora Vecchio e foi lançada em novembro de 2024 na Casa da Poesia, em Petrolina (PE). O evento contou com a presença de leitores, artistas locais e admiradores da autora.

“A cura pelos caminhos da poesia é um encontro sobre o olhar poético, convidando-nos a uma reforma íntima às novas posturas diante da vida equivocada, que estamos todos a viver. Faz-se urgente uma reforma de pensar e agir para nos transformar. Sem pretensão alguma, mas apenas com uma vontade enorme de me ver, ver você e o mundo melhor, é que pelos caminhos da poesia, escrevi este livro abraçando a esperança de que chegue para os leitores esta sede de vida de nos transformar, para que de verdade, a vida nos retribua com dias cheios de paz”, escreve a autora na contracapa do livro.

Neste novo trabalho, a poeta traz uma coletânea de poemas que abordam temas como dor, esperança, fé e resiliência. A autora acredita que a poesia pode ser um instrumento terapêutico, capaz de tocar o íntimo do leitor e promover curas emocionais. O livro se destaca não apenas pelo conteúdo lírico, mas também pelo projeto gráfico, que valoriza a estética e a sensibilidade do texto. Alguns poemas são acompanhados por ilustrações sutis que dialogam com os sentimentos evocados nas palavras.

Sidroniosa Pinheiro, também conhecida como Sitapoeta, possui pós-graduação em Andragogia Pedagógica e Terapeuta Holística. Também é estudante de autoconhecimento há trinta e nove anos. Tem vários livros publicados e participação em quatro antologias. Amante da arte e da cultura, busca fazer de cada dia uma celebração em ler e escrever e compartilhar em versos muitas de suas ações poéticas.

Resenha: A Empregada - Freida Mcfadden


Livro: A Empregada
Autora: Freida Mcfadden
Ano: 2023
Páginas: 304
Gênero: Ficção Inglesa
Editora: Arqueiro
Classificação: 5/5 estrelas
Comprar: Clique aqui

Sobre a autora: Freida Mcfadden é uma médica especialista em lesões cerebrais, com mais de 20 livros publicados, entre suspenses psicológicos e romances médicos. Com a empregada, que já vendeu 3 milhões de exemplares e teve os direitos negociados em 36 países, Freida chegou ao topo da lista de mais vendidos. Mora com a família e seu gato preto em uma casa de três andares centenária, cujos degraus ranger a cada passo e onde ninguém ouve se você gritar. A não ser, talvez, que grite muito, muito alto. 

Resumo: Millie é uma mulher que está passando por uma fase difícil; depois de ter saído da prisão não consegue  emprego em nenhum lugar e sem dinheiro começa a morar no seu próprio carro. Passa por várias entrevistas de emprego sem esperança de conseguir algum trabalho. Em um certo dia recebe uma ligação inesperada com resposta de uma de suas entrevistas. Foi contratada para trabalhar na casa da família Winchester; sabendo que teria um emprego e que poderia morar na casa da família, começou   sentir que sua vida estava melhorando. Millie faz um excelente trabalho como empregada, mas começa a perceber que sua patroa Nina Winchester começa a mudar seu comportamento com ela, fazendo Millie desconfiar e descobrir segredos da família para qual trabalha. Ao longo da história a empregada acaba se envolvendo em uma trama perigosa.

Opinião: A história é bem elaborada; a construção do enredo é perfeita e hipnotizante, todos os capítulos te prende e não deixam você parar de ler até descobrir o final. Mas por mais que leia e faça várias suposições, o fim da história é tão impressionante que além de te chocar, te deixa surpresa por não conseguir descobrir antes.

“Segredos da Fênix” renasce em edição bilíngue e celebra o erotismo poético do espanhol Saturnino Valladares


Nesta última quinta-feira (28) o Salão de Eventos da Valer Teatro, em Manaus, foi palco para o lançamento da segunda edição do livro “Segredos da Fênix”, do poeta espanhol Saturnino Valladares. A obra, publicada pela Editora Valer, chega em versão bilíngue (espanhol-português) e conta com tradução do escritor amazonense Zemaria Pinto. O evento de lançamento contou com a presença de amantes da poesia e da literatura erótica.

A fênix, ave mitológica que renasce das próprias cinzas, é o símbolo central da obra. Valladares utiliza essa figura como metáfora do erotismo, explorando o ciclo amoroso como uma experiência contínua de renascimento. Em seus poemas, o encontro entre corpos e almas transcende o tempo, confundindo início e fim em uma espiral de desejo e transformação. A proposta lírica do autor convida o leitor a enxergar o amor como um rito de passagem, onde cada clímax é uma nova alvorada.

Segundo Neiza Teixeira, coordenadora editorial da Valer, a tradução de Zemaria Pinto preserva a força poética e o erotismo sutil do original. A edição é enriquecida com estudos críticos de Tenório Telles e Celso Medina, que aprofundam as camadas simbólicas e intertextuais da obra. A capa, criada por Otoni Mesquita, dialoga visualmente com a poética da transfiguração amorosa, enquanto Claudio Rodríguez Fer presta uma homenagem ao autor com um texto germinal e proteico.

O poeta e ensaísta Tenório Telles destaca que esta nova edição representa o renascimento da obra, tal qual a ave vermelha que lhe dá nome. Para ele, Zemaria Pinto imprime à tradução os sabores, os cheiros e os mitos da Amazônia, tornando Valladares um “poeta daqui”, irmão de verbo e de paisagem. Já Zemaria, que também assina a orelha do livro, vê na fênix uma alegoria das transições da vida, embora ressalte que o foco da obra está no erotismo como fio condutor da lírica.


Saturnino Valladares é doutor em Literatura Espanhola pela Universidade de Santiago de Compostela e professor da Universidade Federal do Amazonas. Possui cinco livros de poesias publicados: “Las almendras amargas”, “Cenizas”, “Secretos del Fénix”, “Los días azules” e “Vaga-lumes ao meio-dia”. Possui presença em diversas antologias internacionais, além de ter se destacado como tradutor e curador da coleção “Cima del canto”, que introduz poetas espanhóis contemporâneos ao público brasileiro. Sua atuação literária tem sido fundamental para o intercâmbio cultural entre Brasil e Espanha. Pela Editora Valer publicou, em edição bilíngue, os livros de poemas “Segredos da Fênix” (2017; 2 ed., 2025) e “Vaga-lumes ao meio-dia” (2020; 2.ª ed., 2023).


Zemaria Pinto, por sua vez, é um dos nomes mais prolíficos da literatura amazonense. Com 29 livros publicados em diversos gêneros, incluindo poesia, teatro e literatura infantojuvenil, ele também é dramaturgo, ensaísta e membro da Academia Amazonense de Letras, ocupando a cadeira 27. Além disso, é graduado em Economia, especialista em Literatura Brasileira e mestre em Estudos Literários, todos pela UFAM. Também é membro do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas, onde inaugurou a cadeira 59. Sua tradução de “Segredos da Fênix” reafirma seu compromisso com a literatura como ponte entre mundos e vozes

A Festa de Mulundús de 1923, de Firmino Teixeira do Amaral: Um retrato poético de devoção e alegria popular


A obra “A Festa de S. Raymundo Nonato dos Mulundús de 1923”, de Firmino Teixeira do Amaral, é um livro de cordel de 1924 publicado pela antiga Typogravura Teixeira, de São Luís (MA). A obra é uma testemunha da celebração religiosa e cultural, que marcou o imaginário popular do interior maranhense. Com versos rimados e linguagem coloquial, o autor narra com entusiasmo os acontecimentos da festa de São Raimundo Nonato dos Mulundús do ano de 1923, exaltando a fé dos romeiros, a fartura econômica e a efervescência social que transformou a comunidade Mulundús em um verdadeiro polo de encontro entre tradição e modernidade.

Mais do que uma simples crônica festiva, o cordel revela os contrastes e as nuances da vida sertaneja: o sertanejo abastado que chega com comboios de produtos, o matuto que busca a bênção e a donzela, os botequins e bailes que rivalizam com a igreja. Na obra, Firmino constrói um mosaico de vozes e experiências que eterniza a festa como um momento de comunhão, prosperidade e identidade regional. Preservado pela Biblioteca de Obras Raras Átila Almeida (Universidade Estadual da Paraíba - UEPB), em Campina Grande, o cordel é, ao mesmo tempo, um documento histórico e uma celebração poética da alma nordestina.
 
Firmino Teixeira do Amaral (1896–1926) foi um poeta e jornalista piauiense, nascido em Bezerro Morto. Trabalhou como seringueiro e tipógrafo em Belém do Pará. Destacou-se na Editora Guajarina, criando o gênero "trava-língua" e escrevendo sobre a cultura nordestina. Sua obra mais famosa é "A Peleja de Cego Aderaldo com Zé Pretinho do Tucum", adaptada para música por Nara Leão e João do Vale, em 1964. Firmino faleceu jovem, aos 30 anos, deixando um legado importante na poesia popular brasileira.
 
Confira o cordel completo na íntegra:
 
Salve! 22 de Agosto
Gloria dos Mulundús
Data que começa a festa
Que a todo mundo sedúz
Lá S. Raymundo Nonato
Recebe o romeiro grato
Que sua promessa condúz.

Salve! dacta referida
Vinte e dois do mez de Agosto
Bate nos peitos dizendo
Velhos caducos sem gosto
Para mim só S. Raymundo
Uma festa que todo mundo
Quanto mais vai mais tem gosto.

Esta gloriosa festa
Escrevo a terceira vez
De S. Raymundo Nonato
Do anno de vinte tres
Apesar de não ter ido
Não me sahiu do sentido
O vinte e dois desse mez.

Um dos piratas me disse
Tudo que passou-se alli
Eu como já conheço
Fiz pontuação aqui
Como tenho os olhos abertos
O mundo é dos mais espertos
Cada qual puxa pra si.

No anno passado a festa
Teve um grande movimento
De cinema e botequins
Bailes, hoteis e cazamento
O algodão deu dinheiro
Couro de bode e carneiro
Todo pato tinha o vento.
 
Quem nunca viu dez mil réis
Brincou com nota de cem
O jogador arrumou-se
O ambulante tambem
Botou bucha o joalheiro
O pato tendo dinheiro
O pirata tombem tem.

Um afanador me disse
Muluudús foi rio de mina
Porem como em vinte e tres
Nunca vi tanta menina
Muitos nem foram á egreja
Bebendo vinho e cerveja
No baile do ponta-fina.

Com a alta do algodão
E a do côco babassú
Todo pato criou penna
E vestiu todo urubú
Se tinha sonho verdadeiro
Com o fogo do dinheiro,
Cazou-se no Mulundú.

Ai! se Deus fizesse um anno
Dois ou tres de mez de Agosto
Alli não se vê tristeza
Tudo vadeia com gosto
Dinheiro alli não tem dono
Nem a mocidade somno
Nem namorado desgosto.

Tudo alli tem com bondade
Café bom, dôce e o queijo
Dono de hotel se arranja
Botequins faz seu manejo
Barbeiro alli bota bucha
Rapariga dansa e luxa
A custa do sertanejo.

Quem assistiu vinte tres
Dirá melhor do que eu
O ponta-fina alimpou-se
Nos ricos bailes que deu
Quem foi lá repare e note
Nem se falIa no Themoteo
Parece que já morreu.

Se Themotheo era um dos dunga
Da secção de brincadeira
Era o homem mais fallado
Alli daquella ribeira
Me disseram em Therezina
Que o baile do ponta-fina
Já lhe cortou a carreira.

Me disse uma rapariga
Que um mez inteiro chorou
Com penna do ponta-fina
E dum chodó que deixou
E jurou por esta luz
Eu só vou a Mulundús
Pela paixão que ficou.

Outra me disse a verdade
Fallou no bom portuguez
Nos Muluudús nunca teve
Festa como em vinte tres
Rapariga botou manto
Duzentos, duzentos e tanto
A mais ratuina fez.

Assim foi muito occorrida
De toda parte veio gente
Uns para pagar promessa
Outros a festa somente
Tudo al1i parece irmão
Uma completa união
Tudo risonho e contente.
 
Vem de cem legoas distante
O sertanejo abastado
Com grande comboio de fumo
Corona, sella e calçado
Requeijão e rapadura
Tudo alli tem com fartura
Tudo alli é felizardo.

De toda parte veio gente
Suas promessas pagar
Outras para conhecerem
Que a tempo ouvia falar
Quem vae a primeira vez
Vai uma duas ou tres
Ou nunca mais perderá.

Vem lá do centro da matta
A trigueirinha batuta
Que para pagar promessa
Passou o anuo na lucta
Gorda faceira e Iustroza
Faces lindas côr de rosa
Que nem parece matuta.

Vem o matuto roceiro
Num bom cavallo de sella
Com um rifle a tiracol
Um cinturão com fivella
Mas antes de se benzer
Primeiro vai conhecer
A rifinha da donzela.

Outros quando vão chegando
Primeiro vão á igreja
Para beijar o santo altar
Que a muito tempo deseja
Vindo de longa viagem
Rendendo grande homenagem
Ao santo que se festeja.

Quem nunca assistiu a festa
Tem desejo e vontade
De conhecer Mulundús
Festa rica sem bondade
Pelo boato que vejo
Todo mundo tem desejo
De conhecer a verdade.

A festa de S. Raymundo
Fica central e distante
Mais apezar disso tudo
E' rica bella e galante
Gabada por todo mundo
A festa de S. Raymundo
E' a mais interessante.

E' a festa mais fallada
Do Estado de S. Luiz
E' o santo mais milagroso
Assim todo mundo diz
E' dizer de todo mundo
Quem se pega com S. Raymundo
Pode-se julgar feliz.

Série “Dias Perfeitos” estreia no Globoplay com suspense psicológico e elenco de peso

Foto: Lorena Zschaber (Reprodução/Globoplay)

A aguardada adaptação do livro “Dias Perfeitos”, de Raphael Montes, chega ao Globoplay nesta quinta-feira, 14 de agosto, prometendo prender o público com uma trama sombria e provocadora. A série, dividida em oito episódios, acompanha a obsessiva relação entre Téo (Jaffar Bambirra) e Clarice (Julia Dalavia). Após ser rejeitado, Téo decide sequestrar Clarice e embarca com ela em uma viagem pelas paisagens do Rio de Janeiro, acreditando que, com o tempo, ela corresponderá aos seus sentimentos.

Além dos protagonistas, o elenco reúne nomes como Debora Bloch, Fabiula Nascimento, Julianna Gerais, Elzio Vieira, Felipe Camargo e Giovanni Venturini. A série dá destaque a personagens secundários como Laura (Julianna Gerais), melhor amiga de Clarice e militante feminista, e Breno (Elzio Vieira), violinista envolvido com a protagonista. Helena (Fabiula Nascimento), mãe de Clarice, é uma advogada elitista que enxerga Téo como o genro ideal, enquanto Patrícia (Debora Bloch), mãe de Téo, vive uma relação doentia com o filho.

A adaptação traz diferenças significativas em relação ao romance original. A principal delas é a inclusão do ponto de vista de Clarice, oferecendo ao público uma narrativa mais equilibrada e profunda. Téo, que no livro é retratado como um homem comum, aparece na série com traços mais evidentes de psicopatia e um histórico criminal ampliado. Além disso, o final da série é inédito, funcionando como uma “faixa bônus” que complementa a obra literária.

Autor do best-seller lançado em 2014, Raphael Montes se emocionou ao assistir aos primeiros episódios da série. “Fiquei tão emocionado. Eu era um moleque de 23 anos quando escrevi esse livro. Foi o primeiro que estourou e me permitiu virar escritor”, revelou durante entrevista ao gshow. Nascido no Rio de Janeiro, Montes é conhecido por suas tramas de suspense e terror, com obras como “Suicidas” (2012), “O Vilarejo” (2015), “Bom Dia, Verônica” (2016) e “Jantar Secreto” (2016). Com a adaptação de Dias Perfeitos, ele reafirma sua presença no audiovisual brasileiro, agora como criador de uma das séries mais aguardadas do ano.

Resenha: Torto Arado - Itamar Vieira Junior

Livro: Torto Arado
Autora: Itamar Vieira Junior
Ano: 2019
Páginas: 262
Gênero: Romance
Editora: Todavia
Classificação: 4/5 estrelas
Comprar: Clique aqui
 
Sobre o autor: Vencedor dos prêmios Leya, Oceanos e Jabuti, Itamar Vieira Junior nasceu em Salvador, na Bahia, em 1979. É geógrafo e doutor em estudos étnicos e africanos pela UFBA. Seu romance Torto Arado é um dos maiores sucessos - de público e crítica - da literatura brasileira nas últimas décadas, tendo sido traduzido em mais de vinte países, com futura adaptação para o audiovisual.
 
Resumo: Na época em que proprietários de terra sediam espaços para pessoas menos favorecidas morarem, em troca de trabalho em suas lavouras, sem remuneração ou qualquer benefício, além de um canto para morar e um pequeno pedaço de quintal para cultivar seus legumes e verduras. Nesse enredo Zeca Chapéu Grande e Salustiana Nicolau cuidavam de sua família mantendo os ensinamentos,  cultura e religião de seu povo. Suas filhas crescem juntas, compartilhando seus sonhos e desejos. Em um dia, bisbilhotando as coisas de sua avó, acaba acontecendo um acidente que marcam suas vidas; Bibiana e Belonísia ficam cada vez mais conectadas, e ao longo de suas jornadas terão que enfrentar suas escolhas, conflitos, injustiças e lutarão juntas para conseguir aquilo que sempre foi de seu povo.
 
Opinião: O livro tem uma narrativa muito cativante, mostra a realidade de uma forma clara e escrita modesta. Descendentes de escravos em busca de conquistar um espaço que sempre foi seu, a paixão por sua religião, o respeito por sua cultura; é uma história que todos deveriam ler/ouvir. Seus capítulos são distribuídos de forma que o leitor não consegue parar de ler e a escrita simples remete muito bem a realidade humilde que é retratada no livro.

Literatura e memória: Em podcast, Saulo Barreto faz um mergulho na arte de escrever e na pesquisa histórica


Durante entrevista em podcat do canal Hipertexto, o poeta e filósofo Rogério Rocha promoveu um bate-papo enriquecedor com o escritor e pesquisador Saulo Barreto. A conversa leva os ouvintes a uma viagem pelo fascinante mundo dos livros, literatura e do processo criativo, citando obras e autores como George Orwell, Franz Kafka, Machado de Assis, Murilo Rubião, Isaac Asimov e muitos outros, compartilhando suas experiências como leitor e escritor, além de falar sobre a dedicação à pesquisa histórica que moldou sua carreira literária.

Com um olhar profundo e apaixonado sobre a literatura, Saulo Barreto destaca seus projetos e a importância da memória cultural da literatura em geral. O episódio se torna ainda mais interessante com a apresentação do seu mais recente trabalho, “Diários de Josué Montello: as urdiduras da criação romanesca e a busca da fluidez do eterno inacabado”. A obra revisita a vida e o legado do renomado escritor maranhense Josué Montello, trazendo à tona nuances e detalhes que ajudam a entender sua contribuição para a literatura brasileira. Link da obra na Amazon:  https://a.co/d/9XooAxp.

Ao longo da conversa, os ouvintes são convidados a refletir sobre a influência de Montello na literatura contemporânea e a importância de revisitar suas histórias que moldaram nossa cultura. Com insights poderosos e uma prosa envolvente, Saulo Barreto oferece uma perspectiva única sobre a interseção entre literatura e memória histórica.


Saulo fala ainda, sobre sua dedicação à escrita e como a leitura moldou sua visão de mundo. Ele reflete sobre os desafios e as alegrias de ser um autor contemporâneo, além de discutir a importância da pesquisa na construção de suas narrativas. A conversa é um convite para que os ouvintes conheçam não apenas o escritor, mas também o homem por trás das palavras, que busca sempre conectar passado e presente em suas obras. Por fim, falou ainda de seu próximo projeto, o livro de contos “As Quatro Estações”, com lançamento previsto para o próximo semestre.
 

O poeta Rogério Rocha também falou de seu último lançamento o livro “Frágeis Artefatos: Poemas sobre a beleza e a fragilidade das conexões na modernidade.” Link da obra “Frágeis Artefatos” na Amazon: https://a.co/d/ffjemMc.

Confira esse bate-papo inspirador e se deixe envolver pelo universo literário repleto de descobertas. Acesse e inscreva-se no Canal Hipertexto, e mergulhe nessa fascinante conversa, que destaca as belezas e os desafios da arte do ofício de escrever. Acompanhe a entrevista na íntegra pelo link https://youtu.be/z3IZb7KYLPQ?si=hjsGMsf3Tfnc8DdP.

Livro “Santas Sem Igreja”, estreia de Jadir Souza, revela a fé em Maria e Augustinha, em Juazeiro (BA)


O jornalista Jadir Souza lançou em outubro do ano passado seu primeiro livro, intitulado “Santas Sem Igreja: a devoção à Maria e Augustinha no interior da Bahia”. O evento, com sessão de autógrafos, aconteceu no dia 31 de outubro, no Centro de Cultura João Gilberto, em Juazeiro (BA). A obra, que resulta de cinco anos de pesquisa, narra as histórias de fé em torno das irmãs Maria e Augustinha, conhecidas como “Santas Caririzeiras”, mesmo sem o reconhecimento oficial da Igreja Católica.

O livro, publicado pela Editora Vecchio, apresenta relatos de fiéis que, todos os anos no dia 2 de novembro, se reúnem na capela dedicada às irmãs no povoado Poções, em Juazeiro. O povo credita à elas diversos fatos considerados milagrosos. Mesmo sem o reconhecimento da Igreja Católica, a festa em homenagem às Santas reúne centenas de sertanejos de várias cidades da região.

“Santas Sem Igreja” tenta reconstruir os passos que trouxeram as irmãs Maria e Augustinha do Ceará até à Bahia, e narra histórias impressionantes de fé e devoção, como a de um homem que arrastou uma cruz de 20 quilos por mais de 70 quilômetros em agradecimento a uma benção alcançada através das Santas. 

A publicação do livro foi possível graças ao apoio da Lei Paulo Gustavo - Bahia, que visa apoiar o setor cultural no estado. Os exemplares da obra foram doados a escolas, universidades e bibliotecas da região, ampliando o acesso das comunidades locais à história das Santas.

O autor já expressou em eventos e entrevistas sua satisfação em poder compartilhar essas histórias tão importantes para a comunidade de Juazeiro. E enfatizou que a obra não busca uma verdade única, mas sim registrar a fé das pessoas em Maria e Augustinha, quais ainda são desconhecidas por muitos.


Jadir Souza é o pseudônimo de Jadnaelson da Silva Souza, nascido em Juazeiro (BA) no dia 11 de julho de 1990. É formado em Comunicação Social/Jornalismo pela Uneb (2013) e possui o título de Mestre em Educação pela mesma instituição (2023).  Além disso, possui Especialização em Assessoria de Comunicação pela Facape (2015). Já atuou como fiscal agropecuário na Adagro (2008-2013), na TV Grande Rio, afiliada à Rede Globo (2013-2016), e como jornalista na UFRN (2016-2019) e no IFPE (2019-2020). Atualmente, é jornalista no Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IFSertãoPE).

Dan Brown anuncia novo thriller, “The Secret of Secrets”, com lançamento previsto para setembro de 2025


Dan Brown, o renomado autor de “O Código Da Vinci”, anunciou recentemente seu próximo thriller, “The Secret of Secrets”, que será lançado no próximo dia 9 de setembro deste ano. O novo romance promete ser o mais ambicioso e intrincado de Brown até hoje, trazendo de volta o protagonista Robert Langdon, o simbologista de Harvard.

Em “The Secret of Secrets”, a trama começa em Praga (República Checa), onde Langdon planeja assistir a uma palestra de sua namorada, a cientista noética Katherine Solomon. No entanto, o evento se transforma em uma cena de assassinato, e Katherine desaparece junto com seu manuscrito. Langdon se vê perseguido por uma organização poderosa e um assassino implacável, enquanto tenta desvendar os segredos por trás do desaparecimento da sua companheira.

O romance leva Langdon em uma jornada frenética por Londres e Nova York, onde ele descobre uma verdade chocante sobre um projeto secreto que pode mudar para sempre a forma como entendemos a mente humana. Brown, conhecido por sua pesquisa meticulosa, escolheu Praga por sua rica história de misticismo e ocultismo, tornando-a o cenário perfeito para este thriller.

Em declarações, Brown afirmou que “The Secret of Secrets” é o livro mais divertido e desafiador que ele já escreveu, e que a exploração dos mistérios da mente humana é um tema irresistivelmente atraente para ele. Os editores da obra planejam lança-la em pelo menos 12 países, incluindo Espanha, Turquia, Finlândia e República Tcheca.

Com elementos clássicos de seus livros, como códigos, arte, história, religião e ciência de ponta, “The Secret of Secrets” promete ser mais um sucesso global para Dan Brown. No Brasil, a obra será lançada pela Editora Sextante, sob o selo Arqueiro.

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