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Em livro entrevista, Papa Francisco diz que homossexuais não podem ser sacerdotes e nem consagrados

Por: Bookeiro Publish Em: 01/12/2018

Em um trecho do livro “A força da Vocação - A Vida Consagrada Hoje”, do missionário espanhol Fernando Prado, o Papa Francisco afirma que os candidatos ao sacerdócio ou à vida consagrada, precisam ter boa formação, além de maturidade humana e afetiva, e que um homossexual não pode ser consagrado, enquanto os formadores devem ser mais “exigentes” neste ponto. “A questão da homossexualidade é uma questão muito séria que se deve discernir adequadamente desde o começo com os candidatos, se for o caso. Temos de ser exigentes”, cita ele na obra. O livro é o fruto de um encontro do Papa Francisco com o missionário no mês de agosto deste ano, e será lançado internacionalmente nesta segunda-feira, dia 3 de dezembro, em pelo menos 10 idiomas. No Brasil a obra está sendo publicada pela Paulinas.

Na entrevista cedida a Prado, diretor editorial das “Publicaciones Claretianas”, de Madri, o Papa relata que está preocupado com a presença de pessoas com tendência homossexual no clero e na vida consagrada: “É algo que me preocupa, porque talvez em um momento não se enfocou bem”. Sobre os candidatos ao sacerdócio ou à vida consagrada, Francisco diz que deve-se atentar muito na formação a maturidade humana e afetiva. “Temos que discernir com seriedade e ouvir também a voz da experiência que a Igreja tem. Quando não se cuida do discernimento em tudo isso, os problemas crescem”, cita.

“É uma realidade que não podemos negar. Na vida consagrada também não faltam casos. Um religioso me contava que, em visita canônica a uma das províncias de sua congregação, havia se surpreendido. Ele via que havia bons rapazes estudantes e que inclusive alguns religiosos já professos eram gays”, relatou. Mesmo que muitos achem normal e classifiquem como uma expressão de afeto, ele diz: “Isso é um erro. Não é só expressão de um afeto. Na vida sacerdotal esse tipo de afeto não tem lugar”. “Aos padres, religiosos e religiosas homossexuais, é preciso aconselhá-los a viver integramente o celibato”, informa. “É melhor que deixem o ministério antes do que viver uma vida dupla”, adverte.

“O Santo Padre fala das suas lembranças, compartilhando histórias concretas e reais que ele viveu e que servem para ilustrar as questões e os temas abordados. Sem dúvida, o Papa é um grande comunicador que responde inclusive a questões mais espinhosas com uma sabedoria, medida e claridade admiráveis”, afirma Fernando Prado. Segundo ele, a entrevista com Francisco aconteceu em um clima de liberdade, confiança e cordialidade.

O livro é composto por 120 páginas que, através de 60 perguntas de Fernando Prado ao Papa Francisco, contemplam a força da vocação e a missão dos consagrados, mas também outros temas de atualidade na vida da Igreja, como o clericalismo, a homossexualidade do clero e das pessoas consagradas, e a preocupação de Francisco pelo diálogo entre os jovens e idosos.

As afirmações do Líder da Igreja Católica não agradaram a comunidade LGBTI. Na imprensa internacional, as declarações do Papa não soou bem, e tidas como um desrespeito, ativistas veem na fala do religioso sinais de preconceito à comunidade homossexual.

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