O livro “O Estado da Arte em Cohousing”, de Alexandria Levitt e Charles Durrett, apresenta uma análise detalhada sobre a criação da comunidade Quimper Village, nos Estados Unidos, e se tornou referência internacional para quem busca compreender o modelo de coabitação voltado ao envelhecimento ativo. A obra foi publicada no Brasil pela Ages Editorial e conta com 206 páginas. A tradução é da professora e pesquisadora Eunice R. Henriques.
Publicado em 2020, “O Estado da Arte em Cohousing” apresenta a experiência de Alexandria Levitt e Charles Durrett na criação da Quimper Village, comunidade planejada em Port Townsend (Washington) para idosos. A obra mostra o cohousing como alternativa inovadora ao envelhecimento populacional, detalhando o processo de concepção, projeto e construção, com participação ativa dos futuros moradores. Mais que relato arquitetônico, funciona como estudo de caso sobre como design participativo e gestão coletiva podem gerar ambientes saudáveis, inclusivos e sustentáveis.
Levitt e Durrett defendem que o cohousing é uma resposta concreta à solidão e ao isolamento que frequentemente acompanham a velhice. Ao compartilhar espaços e responsabilidades, os moradores de Quimper Village criaram uma rede de apoio que fortalece vínculos sociais e promove qualidade de vida. O livro enfatiza que o modelo pode ser replicado em diferentes contextos, inclusive no Brasil, onde o tema começa a ganhar relevância.
A publicação não se limita a descrever um projeto específico: ela aponta caminhos para políticas públicas e iniciativas privadas que desejem investir em moradias colaborativas. O cohousing, segundo os autores, é uma tendência mundial que alia sustentabilidade, inclusão e bem-estar. Ao trazer a experiência norte-americana para o público lusófono, o livro amplia o debate sobre alternativas habitacionais e inspira arquitetos, urbanistas e gestores sociais.
“O Estado da Arte em Cohousing” é mais do que um relato; é um guia prático e reflexivo sobre como comunidades podem ser construídas de forma participativa e solidária. Alexandria Levitt e Charles Durrett oferecem não apenas lições aprendidas, mas também uma visão de futuro em que envelhecer significa viver em coletividade, com dignidade e autonomia. Trata-se de uma obra essencial para quem busca compreender os rumos da habitação contemporânea.
Alexandria Levitt é gerontologista (University of Southern California, MSc) e ativista comunitária no sul da Califórnia. Por meio do seu trabalho com adultos de mais idade, ela é testemunha do impacto do isolamento social e, por isto mesmo, acha que essa determinação dos norte-americanos em morarem sozinhos em suas casas, sem a ajuda de ninguém, de fato, não é benéfica. Apesar de isto ir contra esse nosso lado “destemido”, o nosso engajamento com outras pessoas está ligado a um futuro feliz e saudável. Há várias formas de se conseguir isso, mas Levitt considera que as comunidades-cohousing são a solução mais progressista e emocionante.
Charles Durrett é arquiteto, autor e defensor de um tipo de design acessível, socialmente responsável e sustentável, que muito tem contribuído para a construção de comunidades-cohousing. Já projetou mais de cinquenta dessas comunidades na América do Norte e assessorou outras tantas pelo mundo afora. Ele é o arquiteto-chefe da empresa “McCamant and Durrett Archi tects”, situada na cidade de Nevada, na Califórnia. Seu trabalho já foi divulgado em várias publicações, tais como: Time Magazine, New York Times, LA Times, San Francisco Chronicle, The Guardian, Architecture, Architectural Record, Wall Street Journal e The Economist, entre tantas outras.
Eunice R. Henriques fez M.A. e Ph.D. na University of North Carolina (Chapel Hill, NC, USA). Professora e pesquisadora do Depto. de Linguística Aplicada, UNICAMP (Campinas, SP). Desenvolveu inúmeros trabalhos de pesquisa, orientação de teses e publicações na área de ensino, aprendizagem e aquisição de línguas, com destaque para estes, em revistas internacionais: O Japonês em Situação de Pseudo-Imersão: O Uso dos Pronomes Pessoais (The Japanese Language in Total Pseudo-Immersion Situation: the Use of Personal Pronouns), Revista Internacional de Língua Portuguesa, N°s 5-6, 1991, 45-52; “Learning and Teaching Styles in Foreign and Second Language Education”, with Richard M. Felder, Foreign Language Annals, 28, n° 1, 1995, 21-31. Traduziu, além deste, outro livro de Charles Durrett: Happily Ever Aftering in Cohousing/ Felix(es) para sempre em cohousing: um guia para workshop.
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